Portugal na Guerra do Biafra

Portugal na Guerra do Biafra 🔥

13/09/2025

Há uns anos, esta mesma ideia de tornar mais conhecida a intervenção de Portugal na Guerra do Biafra, foi travada por ignorantes restrições do Facebook, perante uma foto real de uma criança vítima de fome. Foi censurada.
Agora tive um texto alvo de igual estupidez e tenho estado a tentar encontrar uma forma diferente de divulgar este tema, ao mesmo tempo que vou recuperando do desânimo que isto provoca.
Espero que compreendam.

A004Actualmente a Nigéria continua a ser notícia e não pelas melhores razões, mas isso não é o tema desta abordagem, emb...
08/09/2025

A004
Actualmente a Nigéria continua a ser notícia e não pelas melhores razões, mas isso não é o tema desta abordagem, embora seja necessário fazer algumas menções para se enquadrarem os acontecimentos.

Em 1967, Portugal estava a comemorar os 50 anos das Aparições de Fátima, na Guiné Portuguesa, um Fiat G-91 tinha sido atingido por fogo antiaéreo do PAIGC, a Norte de Bissau, em Angola os Flechas tinham começado a operar, tornando ainda mais difícil a luta do MPLA e da Unita e em Moçambique a Frelimo tinha criado um Destacamento Feminino com Josina Machel.

Foi neste mesmo tempo que na Nigéria, os Igbo - cristãos do Sul, iniciaram a sua luta de libertação e independência contra o Norte muçulmano, num conflito medonho de que resultaram entre 1 a 3 milhões de vítimas, (conforme os historiadores), sendo muitas causadas pela fome, que foi usada como arma.

Esta antiga colónia inglesa era independente desde 1960, tendo vivido em constante conflito, depois da saída dos britânicos, por razões fáceis de entender: a Nigéria foi uma “invenção” inglesa que agrupou inconciliáveis reinos, povos, culturas e credos, sob o eficaz controlo da ordem, da bandeira e da língua, pelo que, findos estes, só poderia haver lutas.

O mesmo aconteceu com outros países que conhecemos, de fronteiras desenhadas em mapas e sem atenderem às diferenças entre as regiões e povos abrangidos.

Este gigante africano com mais de 200 milhões de habitantes, tem cerca de 500 grupos étnicos e uma clara separação entre o Norte muçulmano e o Sul cristão já se verificava no tempo dos ingleses.

A003Os “Connie” de S.Tomé já apresentados, não foram os únicos Super Constellation abandonados pelo mundo. Conhecem-se m...
08/09/2025

A003
Os “Connie” de S.Tomé já apresentados, não foram os únicos Super Constellation abandonados pelo mundo. Conhecem-se mais dois igualmente envolvidos na Guerra do Biafra.
Em Faro ficou o CS-TLA, o primeiro adquirido pela TAP e, curiosamente, o primeiro avião da companhia a ser adquirido novo, no fabricante, em 1955.
Foi neste avião que Salazar fez o seu primeiro e único voo, tendo comentado, à chegada ao Porto, que não gostara e a verdade é que não voltou a aventurar-se pelo ar.
O Vasco da Gama, nome de baptismo deste primeiro Connie, voou até 1967 e foi vendido à International Aerodyne Incorporated, tendo começado a voar na ponte aérea do Biafra, muitas vezes a partir de Faro. Ainda teve um novo registo em nome da Phoenix Air Transport e acabou abandonado em Faro, em Novembro de 1969.
Em Malta ficou um outro Connie ex-TAP, apreendido pelas autoridades, durante uma escala. Voava com uma matrícula falsa da Mauritânia e o manifesto de carga, apenas mencionava pneus.
Todos acabaram em sucata, depois de uma fase intermédia em que “serviram” como bar ou restaurante.

A002Piratas do ar desviam um Super Constellation da TAP.O Lockheed Constellation foi um avião que marcou a sua época, qu...
06/09/2025

A002
Piratas do ar desviam um Super Constellation da TAP.

O Lockheed Constellation foi um avião que marcou a sua época, quer pelas suas características, quer pelo seu envolvimento em situações que conhecemos.
Tinha 3 empenagens verticais, o que o distinguia de todos os outros e foi o primeiro a ser utilizado como Air Force One pelo Presidente Eisenhower.
A TAP iniciou a Rota de África com este modelo e foi um Super Constellation que sofreu o primeiro assalto pirata sobre Lisboa, por opositores ao regime.
E nesta história de Portugal na Guerra do Biafra, o Super Constellation aparece como grande protagonista no apoio ao Biafra.

A001Era uma vezÉ habitual começarem assim as histórias, mas esta narrativa tem vários inícios, em diferentes locais e ou...
06/09/2025

A001
Era uma vez
É habitual começarem assim as histórias, mas esta narrativa tem vários inícios, em diferentes locais e outras tantas datas e a sua apresentação não será cronológica, mas ao sabor dos impulsos da já fraca memória.
Será uma forma de registarmos o que vimos e soubemos do envolvimento de Portugal na Guerra do Biafra.
No princípio deste século, quem chegasse a S.Tomé para umas férias no então designado “paraíso tropical”, era acolhido por várias impressões marcantes e até emoções.
O calor e a elevada humidade relativa acolhiam-nos logo à saída da porta do avião, quase impedindo respirar, a que se seguia a entrada nas instalações de um antiquado aeroporto, em que a falta de condições mínimas, apenas era colmatada pela simpatia insuperável dos funcionários.
Mas a estranha emoção estava reservada no exterior, num terreno adjacente onde repousavam os restos de 2 Super Constellation e 1 DC-3, tudo em muito mau estado, mas onde era possível ler as matrículas CF-NAL e CF-NAM nos Super Constellation, que logo evidenciavam o aparente mistério de não haver nenhum país com CF como prefixo aeronáutico de nacionalidade. No DC-3 não havia indícios de matrícula.
Com ligações a questões aeronáuticas ou conhecendo alguma história do Super Constellation, qualquer um ficaria com vontade de mergulhar naquele assunto e foi o que aconteceu.

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