05/07/2025
🔥𝟏𝟎 𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨𝐫𝐞𝐬 𝐦ú𝐬𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐝𝐨𝐬 𝐈𝐫𝐨𝐧 𝐌𝐚𝐢𝐝𝐞𝐧🔥
Os Iron Maiden estão de regresso a Portugal. Altura para fazermos uma listagem das músicas mais espetaculares da banda que marcou a era de New Wave Of British Heavy Metal.
Para esta lista, escolhemos as melhores das melhores. Não foi fácil escolher apenas 10 em mais de 160 músicas, espalhadas em 17 albúns. No resultado final, muitos clássicos foram preteridos. Esta lista não possui temas mais conhecidos como “Number of the Beast”, “Run to the hills”, “The Trooper”, “Aces High”, “2 Minutes to Midnight”, “Wasted Years”, “The Evil That Men Do” ou até mesmo “Fear of the Dark”. São todas boas músicas, algumas delas mesmo excelentes, mas não material de Top 10.
𝟏𝟎- 𝐏𝐡𝐚𝐧𝐭𝐨𝐦 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐎𝐩𝐞𝐫𝐚
“Phantom of the Opera” é a épica do primeiro álbum dos Iron Maiden, que tem o mesmo nome da banda. Localizado mesmo a meio do primeiro disco, tem uma posição algo estranha na ordem, mas não deixa por isso de ser a melhor música do album e das melhores músicas que os Iron Maiden fizeram.
Bruce Dickinson ainda não era vocalista dos Maiden (ainda estava nos Samson), quem ocupava o lugar do microfone era Paul Di’Anno, um senhor que mais tinha imagem de vocalista de punk do que metal. Até o seu próprio estilo era de punk. Estranhamente, ajudava a dar uma identidade única aos Iron Maiden, contudo, nesta música, o lado punk desaparece.
O curioso é que, embora “Phantom of the Opera” fosse diferente àquilo que os Iron Maiden geralmente tocavam, tornou-se um prefácio para aquilo que a banda iria tornar-se mais tarde. Era uma espécie de “Hallowed be thy Name” antes sequer de “Hallowed be thy Name” surgir. Esta música podia ter f**ado numa posição mais elevada, não fosse a produção pobre do álbum.
Ao vivo, esta música é consideravelmente melhor.
𝟗- 𝐀𝐥𝐞𝐱𝐚𝐧𝐝𝐞𝐫 𝐭𝐡𝐞 𝐆𝐫𝐞𝐚𝐭
Um dos temas mais utilizados pelos Iron Maiden é História. Em praticamente cada álbum, há pelo menos uma música que cobre um específico período histórico. Chegamos ao sexto álbum dos Iron Maiden, Somewhere in Time, e a música histórica é aquela que fecha o álbum, “Alexander the Great”. Ironicamente, a música começa com Filipe da Macedónia a dizer “My Son, ask for thyself another kingdom, For that which I leave is too small for thee”. Curioso, considerando que Filipe da Macedónia provavelmente morreu a mando do seu próprio filho… Alexandre, o Grande.
Não há muito a dizer sobre o conteúdo lírico da música em si. Basicamente acompanha a história de Alexandre, o Grande. Com um erro, pois Alexandre o Grande foi a Índia com o seu exército, ao contrário do que a letra sugere. Contudo, é apenas um pequeno erro no que é uma excelente música.
𝟖- 𝐖𝐡𝐞𝐧 𝐭𝐡𝐞 𝐖𝐢𝐥𝐝 𝐖𝐢𝐧𝐝 𝐁𝐥𝐨𝐰𝐬
Mais uma música que fecha um álbum nesta lista. Surpreendente? Não. Vão haver mais. “When the Wild Wind Blows” é a última música do álbum “The Final Frontier”, fechando-o da melhor maneira possível.
A música é inspirada no filme animado “When the Wind Blows” de 1986, o próprio adaptado do livro com o mesmo nome de Raymond Briggs. A história original é sobre um casal de idosos que se prepara para uma guerra termonuclear – cada um dos dois à sua própria maneira. Jim, o marido, constrói um abrigo; enquanto Hilga, a mulher, prepara um chá. Depois da explosão nuclear ter destruído tudo à sua volta, eles reflectem no seu passado e perguntam-se sobre o seu futuro, isto enquanto eles se expõem à radiação que eventualmente os mata.
No caso da música, no entanto, é um pouco diferente. O casal prepara-se para o apocalypse da mesma maneira, mas ambos entram em negação quando se descobre que afinal é só um terramoto. Este, que os assusta tanto que acabam por tomar veneno. Irónico, tendo em conta o quanto se prepararam para a sua sobrevivência.
𝟕- 𝐁𝐫𝐢𝐠𝐡𝐭𝐞𝐫 𝐭𝐡𝐚𝐧 𝐚 𝐓𝐡𝐨𝐮𝐬𝐚𝐧𝐝 𝐒𝐮𝐧𝐬
“I am become death, the destroyer of worlds” J. Robert Oppenheimer
Esta épica do álbum “A Matter of Life and Death” reflecte sobre o início da era atómica, a criação científ**a por detrás do Manhattan Project, que decorreu entre 1942 e 1945. Afinal de contas, o que poderia ser mais brilhante que milhares de sóis, senão uma estrela muito maior… ou uma explosão nuclear?
𝟔- 𝐑𝐢𝐦𝐞 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐀𝐧𝐜𝐢𝐞𝐧𝐭 𝐌𝐚𝐫𝐢𝐧𝐞𝐫
Considerado tipicamente um candidato sério a número 1, “Rime of the Ancient Mariner” aparece no sexto lugar da nossa lista. É baseada no famoso poema de Samuel Taylor Coleridge, com o mesmo nome da música.
“Rime of the Ancient Mariner” é uma história sobre um marinheiro que mata um albatroz, um pássaro de bom ómen, e é forçado a pagar pelo seu crime. Eventualmente, após a morte dos seus companheiros, ele acaba por ter o perdão de Deus.
A música final do álbum “Powerslave” é um dos melhores fechos alguma vez produzido pelos Iron Maiden.
𝟓- 𝐏𝐨𝐰𝐞𝐫𝐬𝐥𝐚𝐯𝐞
Poderá ser surpreendente ter esta música à frente de “Rime of the Ancient Mariner”, mas a verdade é que no álbum homónimo, este é o clímax do disco. É sobre um Faraó Egípcio às portas da morte a lamentar os limites do seu poder.
Para todo o poder que possuía como Faraó, sendo considerado filho de Deus, e portanto, também Deus, na sua hora final, era apenas humano e não passava de um escravo perante o poder da Morte.
Esta música fornece as bases do que são os Iron Maiden musicalmente: é uma música poderosa, com um instrumental brilhante, e vocais fantásticas. E, com isto, o álbum “Powerslave” é o único a ter duas músicas no nosso Top 10.
𝟒- 𝐄𝐦𝐩𝐢𝐫𝐞 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐂𝐥𝐨𝐮𝐝𝐬
“Empire of the Clouds” é a última música do mais recente álbum dos Iron Maiden, “The Book of Souls”. É uma épica de 18 minutos e portanto, a música mais longa que os Iron Maiden já lançaram.
A letra é sobre o dirigível R101, a maior máquina aérea alguma vez construída pelo Homem na altura. Acabou por se despenhar na França, naquela que era a sua primeira viagem fora da Reino Unido no dia 5 de Outubro de 1930, matando 48 dos 54 passageiros.
A música começa com um piano, algo estranho para uma banda como os Iron Maiden, e vai crescendo com a entrada dos outros instrumentos aos poucos, acabando por atingir o seu clímax com a tempestade que destrói o dirigível.
𝟑- 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐧𝐭𝐡 𝐒𝐨𝐧 𝐨𝐟 𝐚 𝐒𝐞𝐯𝐞𝐧𝐭𝐡 𝐒𝐨𝐧
E chegamos ao Top 3! “Seventh Son of a Seventh Son” é um dos melhores álbuns que os Iron Maiden já fizeram, senão mesmo o melhor, e nada é melhor que a épica situada mesmo no meio da história, a música com o mesmo nome do álbum.
Faz bastante mais sentido a sua posição do que “Phantom of the Opera”, pois o álbum “Seventh Son of a Seventh Son” é uma ópera e conta uma história.
Musicalmente, temos o heavy metal típico dos Iron Maiden dos anos 80 acompanhada por um coro. Após o segundo refrão, a música entra na segunda secção, uma parte mais calma, onde Bruce Dickinson entoa as seguintes palavras:
“Today is born the seventh one,
Born of woman, the seventh son,
And he, in turn, of the seventh son,
He has the power to heal,
He has the gift of the second sight
He is the chosen one
So it shall be written,
So it shall be done…”
A partir daí, a música entra num crescendo até eventualmente culminar na sua terceira fase: uma onda louca repleta de solos até um fim glorioso e ao mesmo tempo sinistro.
𝟐- 𝐇𝐚𝐥𝐥𝐨𝐰𝐞𝐝 𝐛𝐞 𝐭𝐡𝐲 𝐍𝐚𝐦𝐞
O sino toca, a guitarra entra. O prisioneiro espera a sua hora de morte. A épica do “Number of the Beast” é um ícone, não só dos Iron Maiden, mas também do heavy metal. “Run to the Hills” pode ter dado a glória, “Number of the Beast” pode ter dado a fama, mas “Hallowed be thy Name” deu a imortalidade a esta banda.
A derradeira obra-prima do heavy metal é só rivalizada por “Master of Puppets” dos Metallica e “War Pigs” dos Black Sabbath.
“Hallowed be thy Name” é a história de um prisioneiro prestes a ser executado. Afirmando ao início não ter medo da morte e que estará num sítio melhor, à medida que a hora se aproxima, as lágrimas começam a cair dos seus olhos, as palavras não lhe saem, e ele começa a perguntar-se se Deus realmente existe, se Este permite-lhe a morte.
Esta música É os Iron Maiden, a sua verdadeira encarnação musical. E no entanto, não é a número 1 nesta lista. Mas porquê? Durante anos a fio, esta obra-prima dignificou a banda como a maior delas todas. Mas, uma música permanece esquecida…
𝟏- 𝐏𝐚𝐬𝐜𝐡𝐞𝐧𝐝𝐚𝐥𝐞
A 1ª Guerra Mundial foi o primeiro conflito militar a utilizar armamento moderno. Infelizmente, a doutrina militar não tinha avançado ao mesmo passo que o armamento, e o resultado foi baixas e mortes aos milhões. Esta guerra foi responsável por batalhas que custaram imensas vidas para ambos os lados.
Uma destas foi a 3ª batalha de Ypres, também conhecida como a Batalha de Passchendaele, que foi a 3ª batalha mais sangrenta desta guerra, apenas atrás das mais famosas Somme e Verdun. A batalha até começou bem para os britânicos… e depois começou a chover.
A música leva-nos à história de um soldado a viver tal batalha, e são oito minutos excelentes. Entre tantas e outras músicas com uma mensagem anti-guerra, esta música destaca-se, por ser das poucas que dá os detalhes vivos de como era a guerra nas trincheiras.
Uma falha comum das músicas mais longas dos Iron Maiden é que tendem a arrastar-se um pouco. Mas “Paschendale” é uma clara excepção. A música sente-se sempre fresca e agressiva, como deve ser, pois afinal, estamos numa batalha. Nos nossos olhos, é a melhor música alguma vez feita pelos Iron Maiden.
E tu? Quais achas serem as melhores músicas dos Iron Maiden?