Gente de Verdade

Gente de Verdade A vida é um sopro, que a vivas intensamente com verdade, serenidade e empatia. Sem distrações!🌟🤍

PARTILHA DO DIASe tudo o que vai volta, que eu possa devolver ao mundo a versão mais refinada de mim. À vida, não lhe pe...
27/08/2025

PARTILHA DO DIA

Se tudo o que vai volta, que eu possa devolver ao mundo a versão mais refinada de mim. À vida, não lhe peço dádivas, apenas justiça: que me conceda estritamente o que eu, com as minhas próprias mãos e intenções, tiver semeado. Nada mais. Nada menos. Apenas o que for meu por direito, conquistado pela poeira da estrada e pela verdade dos meus passos. E isso, por si só, será uma abundância.

Desejo o mesmo, de forma clara e serena, para toda a alma que cruzar o meu caminho: que cada um receba, na medida exata, o reflexo do que entregou. Que colha os frutos das sementes que escolheu plantar. Que encontre nos outros a bondade ou a frieza que o próprio espalhou.

Que saiba honrar as consequências, abraçar a sabedoria escondida em cada tropeço e, na quietude, encontrar o rumo para evoluir. Uns permanecerão perto, porque o coração assim o dita. Outros afastar-se-ão, porque a vida tem os seus próprios e misteriosos métodos para equilibrar as distâncias, para aproximar apenas o que é verdadeiro e necessário. E está bem. Tudo está exactamente como deve estar.

Porque, no fim de tudo, cada experiência é uma lição silenciosa. Cada encontro é um espelho que nos devolve quem somos. E cada escolha, cada uma, é uma semente, deliberadamente lançada ao solo do amanhã, da qual inevitavelmente nascerá o nosso futuro.

Pensa nisso e até amanhã ♥️

Isabel Rodrigues Valente

Não consigo calar-me perante isto!! Tentei, mais o meu coração não aguenta💔.Morreu um forcado de 22 anos. Manuel Trindad...
26/08/2025

Não consigo calar-me perante isto!! Tentei, mais o meu coração não aguenta💔.

Morreu um forcado de 22 anos. Manuel Trindade. Um nome que agora ecoa, não pelo rugir da arena ou pelo aplauso da multidão, mas pelo silêncio ensurdecedor de uma vida interrompida. Um jovem bom. Um jovem gentil. Um jovem apaixonado. Um jovem cheio de sonhos. Partiu enquanto fazia o que amava, enraizado na tradição que o viu nascer, na cultura que moldou a sua identidade. E perante este vazio, uma pergunta paira no ar, o que se ouve?
Não se ouvem apenas os soluços de uma família desfeita. Ouve-se a gritaria vil, o ruído obsceno de uma horda digital que perdeu por completo a noção do que é ser humano. Do que é ter DIGNIDADE.

Sim, podemos não gostar de touradas. Podemos discutir, podemos criticar, podemos repelir a violência sobre os animais. Isso é legítimo. Mas o que não é legítimo, o que é profundamente doentio e moralmente abortivo, é colocar a vida de um animal acima da vida de um homem bom.
É celebrar, implicitamente, a morte de um filho, de um amigo, de um jovem de 22 anos, com comentários de uma frieza e crueldade que gelam o sangue. Onde foi parar a nossa humanidade? Para que ponto retrocedemos enquanto sociedade quando a morte de um ser humano bom é recebida com mais indiferença e menos solidariedade, do que a de um touro (ou outro animal qualquer)?

Esta gente que vomita ódio nas redes sociais, armada de um moralismo selectivo e de uma falsa superioridade ética, é a mesma que depois se senta à mesa e corta um bife. É a mesma que consome, sem questionar, a indústria da carne, onde os animais que defende com tanta veemência terminam a sua vida de forma anónima e industrial, sem glória, sem tradição, apenas com o frio do aço e o cheiro do sangue. Onde está a sua coerência? Onde está o seu protesto por esses animais? A sua compaixão é conveniente, é mediática, é uma performance hipócrita para ganhar likes numa qualquer rede social. Choram lágrimas de crocodilo por um touro na arena, mas fecham os olhos ao assassinato brutal de seres humanos em guerras, genocídios, femenicídios, etc etc etc!
É mais fácil ser virtuoso com a vida dos outros, com as tradições dos outros, com as tragédias dos outros.

O Manuel não era um criminoso. Era um jovem que praticava um desporto de risco, uma tradição culturalmente enraizada, consciente do perigo que enfrentava. Tal como o alpinista que escala uma montanha, o piloto que corre num circuito, ou qualquer outro que desafia os limites em nome da sua paixão. A sua morte é uma tragédia. Ponto final. E perante uma tragédia, o mínimo que se exige é um pingo de respeito, um fragmento de empatia, um segundo de silêncio em vez de um grito de ódio.

O que se passou com a líder do PAN e seguidores é a antítese disso. É a manifestação de uma misantropia disfarçada de amor animal.
É a celebração perversa de uma morte humana. É o fundo do poço. E quem assim age, quem tem a desfaçatez de escarrar na memória de um morto e na dor dos seus pais, não merece ser ouvido. Merece o nosso desprezo absoluto. Merece o repúdio de uma sociedade que ainda acredita, ou quero acreditar que ainda acredita, que a vida humana tem um valor intrínseco e inegociável.

Aos pais do Manuel, à sua família e amigos, não lhes devolvemos o que perderam.
Nada lhes devolverá o seu mundo.
Resta-nos oferecer o que esta gentalha lhes negou: respeito. Condolências sinceras. E a coragem de lhes dizer, em uníssono, que a vida do vosso filho importou. Importa. E importará infinitamente mais do que o ruído cobarde de quem esconde a sua pequenez atrás de um ecrã.

Descansa em paz, Manuel Trindade.
A tua memória não será manchada pela insensatez alheia.🤍

Isabel Rodrigues Valente

PARTILHA DO DIANão fiques onde te toleram.A tolerância é um campo árido. É o pão duro da convivência, o copo de água mor...
22/08/2025

PARTILHA DO DIA

Não fiques onde te toleram.

A tolerância é um campo árido. É o pão duro da convivência, o copo de água morna que mata a sede, mas não alimenta a alma.
É o "podes f**ar" dito com um suspiro.
É o espaço que ocupas sem eco, uma sombra que se move à mercê de uma luz que não é sua.

F**a onde te amam.

O amor não é uma obrigação. É uma celebração. É o solo onde as tuas raízes não precisam de pedir licença para se enterrarem fundo e beberem a água da vida. Onde a tua flor mais estranha e singular não é apenas aceite, é aguardada, é admirada, é regada. Onde a tua ausência é um buraco,
e a tua presença, um preenchimento.
O amor é a casa com as portas abertas e uma chama acesa na lareira, sempre.
É o único lugar onde o ar que respiras te devolve a respiração, mais limpa, mais forte, mais tua.

E acima de tudo… não fiques onde não te deixam SER.

Onde te cortam as asas e depois apontam para o chão, dizendo que nunca soubeste voar. Onde te sussurram, ou gritam, que és "demais". Demais intenso. Demais quieto. Demais sonhador. Demais real.
Onde te pedem para te encolheres, para caberes numa moldura que não foi feita para a tua pintura. Onde a tua verdade é um incómodo e a tua luz, uma ofensa.

Isso não é um lugar. É uma prisão sem grades.

A vida é demasiado curta e preciosa para ser vivida na periferia de corações alheios.
Para ser um móvel num canto, a acumular pó de indiferença.

Arranca-te desse chão que não te sustenta.
Custa. Doí. Rasga.
Mas do outro lado está a liberdade de respirares com ambos os pulmões.
De dançares sem música.
De existires sem desculpas.

Procura o teu lugar. O teu povo. O teu amor.
Onde seres tu não é um acto de rebeldia, mas sim de naturalidade.

É aí que pertences.♥️

Isabel Rodrigues Valente

PARTILHA DO DIA(13 agosto 2025)O medo é uma gaiola onde a vida encolhe.Ouvem-se vozes dentro da nossa própria cabeça, a ...
13/08/2025

PARTILHA DO DIA
(13 agosto 2025)

O medo é uma gaiola onde a vida encolhe.

Ouvem-se vozes dentro da nossa própria cabeça, a sussurrar precauções como mantras sagrados. "Cuidado", "Não arrisques", "Protege-te".
Vestem o medo com as roupas falsas da prudência. Enganam.

Repito, para mim e para ti: O medo não evita a morte.
A morte chega. Descalça, implacável, indiferente aos nossos tremores. Não se negocia com ela. Não se adia com cautelas. É o único encontro marcado que não falha.

Mas o medo? Ah, o medo evita outra coisa. Algo muito mais terrível do que o fim.
O medo evita a Vida.

É ele que ergue as paredes invisíveis onde o desejo se esmaga. É ele que paralisa o músculo quando o salto é necessário.
É ele que sussurra "amanhã" quando o hoje grita por ser vivido. É ele que nos faz trair o impulso mais selvagem que nos habita, o apelo mais fundo que ecoa em nós.

O medo rouba. Minuto a minuto, oportunidade a oportunidade, beijo a beijo, verdade a verdade. Deixa-nos intactos, talvez. Mas vazios. Preservados na casca, corroídos por dentro pelo receio de sentir com plenitude tudo o que nos pertence.

Nesta foto, há uma verdade escrita no meu rosto pelo vento e pelo sol:
a quietude não é rendição. É a calma que antecede a coragem. A vida não pede licença para existir, para bater, para nos levar.
Fingir que domamos o caos com as mãos trémulas é a maior mentira que contamos ao espelho.

Recusa a gaiola!
Desarruma o medo. Que ele te encontre VIVO, não apenas a respirar.
Com a alma marcada pela luz e pela liberdade, não apenas guardada na sombra.

Sabes uma coisa?
A única morte que realmente dói é a da vida que se atraiçoa. Todos os dias.

Até amanhã ♥️

Isabel Rodrigues Valente

Bom dia gente de verdade!! 🌞 Acordei no paraíso rodeada de palmeiras a sussurrar segredos ao vento, passarinhos a cantar...
13/08/2025

Bom dia gente de verdade!! 🌞

Acordei no paraíso rodeada de palmeiras a sussurrar segredos ao vento, passarinhos a cantar e o sol já (super) quente a chamar por mim 🌴😊.

Nestes momentos, sinto o coração cheio de gratidão. Por cada raio de luz, por cada sorriso partilhado, por esta paz que aquece a alma. E penso em vocês que me acompanham com tanto carinho há tantos anos.

Que este dia vos traga a mesma serenidade que sinto agora. Que encontrem beleza nos pequenos gestos, calor nas conexões verdadeiras, e mil motivos para sorrir sem medo. ❤️

Afinal, a vida é feita destes instantes: simples, autênticos, cheios de encanto.

E agora pergunto-vos: O que vos traz paz à alma hoje? Contem-me tudo!😉
Gosto de me partilhar mas gosto mais ainda das vossas partilhas👇

Com todo o meu carinho,
Isabel Rodrigues Valente🙏😘😘

🤍
11/08/2025

🤍

Anas al-Sharif não é “mais um” na lista de mortos de Gaza.
Tinha 28 anos. Palestiniano, nascido e criado em Gaza, trabalhou praticamente toda a vida adulta a documentar o que via, com uma câmara na mão e a verdade como objetivo.
Correspondente da Al Jazeera Arabic, fez parte da equipa que ganhou o Pulitzer de Serviço Público em 2024 pelo trabalho sobre o sofrimento da população de Gaza. Anas não tinha blindagem política, não tinha segurança privada, não tinha patrocínio de governo nenhum tinha apenas um colete com a palavra “PRESS” e a coragem de estar onde a maioria não teria coragem de f**ar.
Foi morto a 10 de agosto de 2025, num ataque israelita que atingiu uma tenda de jornalistas junto ao Hospital Al-Shifa. A renda dessa tenda está cravejada de buracos de projéteis. Dói ver aquele pano. Não sei se Anas tinha ainda família, mas podia ser meu filho. Podia ser filho de uma de vocês.
O único crime que cometeu foi a sua profissão: informar.
Israel alega que ele era “membro do Hamas”. Não apresentou provas. A comunidade internacional vê outra coisa: mais um jornalista silenciado, mais um olhar sobre Gaza apagado.
E esta lógica não se limita a jornalistas. Para Israel e segundo o próprio embaixador israelita em Portugal todos os que não pensam como eles são do Hamas. Ao ponto de acusar Portugal de ser “terrorista” por mostrar solidariedade com palestinianos. Porque para eles, não há distinção entre o Hamas e os mais de dois milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza.
Fiquei profundamente triste com esta notícia. E acredito que Israel, ao agir desta forma, não está apenas a ferir palestinianos está a prejudicar os próprios israelitas. Num mundo onde se generaliza por raça e nacionalidade, este tipo de ações só alimenta o risco de um aumento perigoso de condutas antissemítas em larga escala.
E se isso acontecer, haverá um responsável claro:
Benjamin Netanyahu.
A história registará o nome de quem decidiu que silenciar jornalistas e matar inocentes era uma estratégia aceitável. E registará também as consequências desse caminho.
Porque um país que tem medo da verdade… tem muito a esconder.
E a morte de Anas al-Sharif é mais uma prova disso.

PARTILHA DO DIA(11 agosto 2025)Aqui estou. Neste recanto português, lindo, mágico, que devia ser apenas silêncio e cor, ...
11/08/2025

PARTILHA DO DIA
(11 agosto 2025)

Aqui estou. Neste recanto português, lindo, mágico, que devia ser apenas silêncio e cor, no primeiro dia de férias. Trouxe as malas, fatos de banho, livros... e trouxe, inevitávelmente, o turbilhão, porque esse sou eu.
Há anos não me sentia tão esgotada.
Uma exaustão que são os ossos, uma tristeza que é nevoeiro. E o trabalho?
Pois, o trabalho. Porque quando a empresa é nossa, as férias são miragem.
Todos partem, os líderes f**am.
Ou melhor: o corpo parte, a mente f**a. Presa no escritório invisível que carrego entre as têmporas.

E nem seria preciso o trabalho. A minha mente, companhia mais antiga e mais feroz, tem turbulência própria. Imparável.
Será traço? Doença? Talvez seja apenas... eu. A Isabel.
Aceito. E sigo. Mudar de lugar acalma os olhos, mas a cabeça vem na bagagem de mão. E é aqui, entre esta vista deslumbrante e o ruído interno, que trabalho a solo na minha grande obra: encontrar paz. Desapegar. Respirar fundo quando tudo cá dentro grita "anda!".

Porque continuo a ser. Mulher. Profissional. E, sobretudo, MÃE. Este papel, sagrado e devorador, é o que mais me expõe à náusea quando a sensação de fracasso vem à tona da pele e da alma. Ser suficiente? Nunca me sinto. Aspiro à perfeição? Como mãe... sim. Desesperadamente. Quis tanto acertar. Queria ser porto seguro, mapa infalível.
Mas os anos voaram, as minhas estrelas já são jovens mulheres, e o eco dos meus erros – passados, presentes – é uma sinfonia constante nos meus ouvidos. Errei tanto. Erro tanto. E lidar com esta verdade crua, sem almanaques, sem manuais, é a solidão mais funda.
A jornada é minha, e às vezes sinto-me náufraga no próprio barco que construí.
Elas estão bem? Vão estar? São felizes? O que posso fazer mais?
As frases que ruminam o meu cérebro diariamente. Aqui, em casa, no fim do mundo.

Profissionalmente?
Os últimos meses foram um terramoto. Deitaram por terra toda a minha autoestima. A que se julgava granito, revelou-se areia. Não impus limites durante anos. Disse "sim" quando a alma já rangia "não". E o corpo, sábio e cansado, começou a gritar. Bem alto. O resultado? A doença… Esta sensação perene de estar “aquém”. Aquém do que é preciso para continuar a ser boa, orgulhosa, forte. Aquém da líder que um dia fui.

E eis-me. Primeiro dia. Neste pequeno paraíso de beleza brutal. Sozinha. Com a paisagem a desafiar a tempestade cá dentro. Com tarefas por terminar (sempre elas). E com o coração pesado, a interrogar-me: onde falhei e falho como Mulher? Profissional? Filha? Amiga? Onde falho como mãe?
Elas foram almoçar com o pai, rir na piscina, tentar desfrutar. E eu devia estar lá. Será o trabalho apenas a desculpa perfumada para a solidão que o meu coração, exausto, pede? Talvez... Talvez... Um refúgio involuntário da própria vida que tanto amo e que tanto me consome.

Mas hoje... hoje tento. Tento f**ar calma. Respirar. Fundo. Devagar.
Repito, como um mantra frágil:
Nem tudo precisa acertar-se agora.
A vida não é perfeita, mas é feita de ciclos. Belos, dolorosos, imprescindíveis.
O que é meu, talvez me encontre. O que não é, talvez se afaste.
E eu... não posso fugir de mim. Não há ilusões que valham. A viagem é para dentro.

E gostava, oh como gostava, de acreditar plenamente que quem planta com amor não teme a colheita. Mas confesso: tenho medo. Todos os dias. Medo de não ter plantado o suficiente, ou da maneira certa. Medo da geada inesperada. Medo que a colheita reflita apenas os meus tropeções.

Estou em retirada autistica meus amigos.
A fugir do ruído do mundo para tentar ouvir o silêncio cá dentro. Mas mesmo na retirada, partilho e partilho-me. Porque talvez a vossa tempestade ecoe na minha, e saber que não navegamos sós... já é uma réstia de SOL.

Agora vou respirar fundo. Olhar a paisagem. Aceitar que hoje, aqui, estou assim. Frágil. Pensativa. Cansada e “bichinho do mato”. Mas viva. E nestes gestos simples, há uma revolução silenciosa.
Há esperança.

Com amor (e um suspiro, agora menos pesado)!
Isabel Rodrigues Valente 🌻

Até sempre Gladiador🤍
07/08/2025

Até sempre Gladiador🤍

[o silêncio do Jorge]

o caixão no meio do relvado
onde antes os aplausos,
as bandeiras,
os gritos embriagados de cerveja
e de paixão

agora há um caixão
e silêncio

onde o Jorge gritou golo
há uma madeira fechada
que não devolve a bola
nem o tempo

ninguém lhe grita,
ninguém lhe chama bicho,
ninguém o manda recuar
ou pressionar

está tudo quieto,
o futebol pede desculpa:
sabe que não vale p***a nenhuma
quando quem joga
não pode jogar mais

os colegas vestem fato,
os velhos da bancada choram:
são outra vez os putos que eram
quando ele chegou

mas ele já não chega

foi-se embora com as pernas dobradas
por um adversário que nunca vimos
nem veremos:
o tempo, o coração,
a p**a da vida
e a sua respectiva morte

as chuteiras estão lá
penduradas numa memória:
dois cães sem dono
à porta de casa, na espera
infinita de quem não vem

o estádio ouve-se
a si próprio

nunca o conheci e
sinto que me falta alguém
que sabia bater no peito
e mostrar que ainda há alma
no jogo

o Jorge era dos que morrem
com a camisola vestida

agora é só silêncio e
o eco de um nome
gritado por vozes que nunca mais
vão ser as mesmas

adeus, Jorge.

o teu estádio está de luto.
o teu grito continua
a correr na linha lateral

PARTILHA DO DIASorri.Abre a porta desse sorriso que guardas.  Deixa-o inundar o quarto, a rua, o céu cinzento.  Não o es...
05/08/2025

PARTILHA DO DIA

Sorri.
Abre a porta desse sorriso que guardas.
Deixa-o inundar o quarto, a rua, o céu cinzento.
Não o escondas.
És tu. Pura. Sem disfarces.

Sorri.
Até os teus olhos se fecharem com a luz.
Até o teu peito aquecer como uma lareira acesa.
Até a vida, dura, doída, mas bela
tremer um pouco dentro de ti.
Esse brilho?
É a tua coragem a respirar.

Sorri. Isto confunde os outros.
Eles que só esperam inverno, chuva, escuridão.

Olham para ti, a sorrir assim, despida de armaduras, e não compreendem.
Procuram a mágoa escondida, o cansaço, as lágrimas.
Encontram apenas um pássaro livre a cantar no meio da tempestade.
E isso assusta.
E isso liberta.

Sorri sempre.
Porque este sorriso não é fuga.
É trincheira.
É como dizes ao mundo:
“Aqui estou. Inteira. Apesar de tudo."
É a bandeira mais simples e mais alta.
É a tua revolução silenciosa.

Sorri.
Até o silêncio f**ar cheio de música.
Até a escuridão pedir um pouco da tua luz.
Deixa-os confusos.
Deixa-os a pensar em como pode alguém sorrir assim, de forma verdadeira e desarmada, neste mundo tão feio e sem esperança.

Sorri.
Porque este sorriso não é resposta.
É pergunta:
“E se a alegria for também um ato de resistência?"
É o teu nome escrito com leveza no ar pesado.
É a âncora.
A bússola que te traz sempre ao porto:
tu mesma!

Isto!
Este sorriso que não pede licença.
Este sorriso que é casa, mesmo quando a casa treme.
Este sorriso que é semente que teima em florir no asfalto.
És tu. Inteira!
♥️

Isabel Rodrigues Valente

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Lisbon

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