04/02/2025
Somos crianças a vida inteira, a precisar de beijos, abraços, muito afeto e mimos
Reflexão
"Nós, humanos, apresentamos-nos como a espécie mais forte emocional e mentalmente, resiliente, resistente a privações e contrariedades da vida. Mas no fundo, nós não somos nada disso, somos a espécie mais frágil, débil, somos toda a vida uma criança que precisa de ser mimada e apaparicada. Todo aquele que não receber frequentemente estímulos positivos, que lhe causem alegria, felicidade e autoestima, está condenado a enlouquecer ou a morrer jovem, não alcançando a terceira idade. Quem só receber estímulos negativos, desgostos, desgraças, más notícias, contrariedades, está condenado a morrer ou f**ar demente. Nós somos tão frágeis emocionalmente que, como um carro precisa de bom combustível para funcionar, não resistimos se não tivermos frequentemente motivos para sorrir. O carro, se receber combustível de má qualidade, cheio de impurezas, deixa de carburar e avaria. Assim, somos nós, crianças a vida inteira, a precisar de beijos, abraços, muito afeto e mimos. Quem ousa isolar-se, furtar-se ao contacto social, terá um fim de vida triste. E há mil e um casos que podemos apontar, de pessoas do meio artístico, literário e não só, que ousaram isolar-se ao contacto social, e o resultado foi o suicídio e a morte precoce. Mas basta abrirmos os jornais e observar a necrologia. Faleceu fulano tal, 48 anos, 50 anos, 54 anos, solteiro(solitário. Reparem na quantidade de suicídios que existentes em jovens destas idades, solteiros, sem família e solitários, muitos a viver sozinhos, acabrunhados e tristes. Reparem naqueles que vivem na rua, os sem-abrigo, a quem a vida foi madrasta, raramente recebem estimulo positivos. Vaguearam pelas ruas como mortos vivos, porque a sua vida foi desprovida de afeto, amor, carinhos. Também estes condenados a morrer cedo e ter um fim triste. Porque, resumindo, aquilo que nos motiva e faz levantar da cama todos os dias, é precisamente o amor e sentirmos-nos felizes e fortes emocionalmente, capazes de enfrentar mais um dia de trabalho e alguma contrariedade que surja. Caso contrário,(e há tantos casos que ilustram isso), entregamos a nossa vida à cama e não nos levantamos. porque não temos motivação e estamos em sofrimento e angústia". O meu pai costumava contar casos de pessoas que conheceu que tiveram tantos desgostos que "arrumaram à cama", nunca mais se ergueram e arrebitaram, nunca mais se levantaram, a não ser para serem enterrados. "
PM