10/12/2024
Desde bebês, os seres humanos aprendem através da imitação. Observando nossos pares, aprendemos a imitar gestos e sons, sempre aumentando nosso repertório de comunicação.
Em crianças dentro do espectro autista, o desenvolvimento social ocorre da mesma forma, porém é dificultado pela falta de interesse e intenção comunicativa.
Os problemas de comunicação limitam o relacionamento da criança com os pais e outros familiares, dificultando ainda mais seu desenvolvimento.
Neste aspecto, temos um dos primeiros pontos a serem trabalhados: estimular o contato visual. É importante que os pais (ou outras pessoas que convivam com a criança) trabalhem sua atenção, toquem em seu braço para que ela perceba a intenção de comunicar, chamem-lhe pelo nome e estejam certos de que ela está atenta antes de começar a falar.
Solicite a atenção da criança diversas vezes durante o dia. Ensine-a a notar quando alguém sai ou chega, mostre as mudanças que acontecem no ambiente. Peça também a outras pessoas que nunca a ignorem, só porque ela não responde. Ela precisa compreender desde cedo que será solicitada e que deve responder a essas solicitações.
Quando a criança estiver “dominando” o contato visual, devemos passar ao passo seguinte que é a imitação.
É necessário ensiná-las desde as noções mais básicas, como cumprimentar e reconhecer as expressões faciais, até as mais complexas, como o desenvolvimento da empatia (que cá entre nós, pouquíssimos seres humanos dominam, né?).
São os pais que geralmente passam a maior parte do tempo com as crianças. Logo, há muito em que podem (e devem) contribuir para o seu desenvolvimento. E as brincadeiras são a melhor forma de aprender!
Há muito para praticar, não é mesmo? Comece agora!
Por Amanda Puly