28/10/2025
Guarda municipal de Pinhais e esposa viram réus por injúria racial em caso ocorrido em Curitiba
O guarda municipal Gilson Luiz Sampaio Cordeiro, que atua em Pinhais, e a esposa dele, Sílvia Regina Mendes, se tornaram réus por injúria racial após supostamente ofenderem a vizinha Édna Aparecida de Jesus com insultos racistas durante uma discussão em um condomínio de Curitiba, no bairro Santa Cândida. O caso aconteceu em maio de 2024, e a denúncia do Ministério Público do Paraná (MPPR) foi aceita pela Justiça na última sexta-feira (24).
Conforme divulgado pelo Banda B, o casal teria chamado a vizinha de “macaca”, “negra fedida” e “cabelo de pichaim” durante uma briga entre moradores. Segundo a denúncia, Gilson teria se referido à vítima dizendo “a nega passando”. A Promotoria denunciou os dois com base no artigo 140 do Código Penal, que trata da injúria racial — crime equiparado ao racismo e imprescritível.
A vítima relatou que o episódio causou forte abalo emocional, obrigando-a a mudar de casa por medo e desgaste psicológico. “Estou mais tranquila agora que eles viraram réus. Espero que a Justiça seja feita, porque foi muito humilhante. Eles não me davam paz”, afirmou Édna ao Banda B.
O advogado da vítima declarou que espera uma resposta célere e efetiva do Judiciário, ressaltando que Édna precisou deixar a residência onde havia acabado de se mudar em razão das ofensas e ameaças.
Em depoimento à Polícia Civil, Gilson Cordeiro negou as acusações, afirmando que não teve contato com a vizinha no dia dos fatos e que o caso seria fruto de um mal-entendido. “Eu não faço ideia do porquê estão me acusando disso. Se forem ver as câmeras do condomínio, eu não apareço em nenhum momento”, disse o guarda municipal.
Entretanto, segundo o Banda B, em um áudio obtido pela reportagem, o servidor aparece discutindo com a esposa sobre o uso de expressões racistas, afirmando: “Pra mim, negro é vagabundo. […] Procure qualquer neguinho e para de me encher o saco”.
A Prefeitura de Pinhais foi procurada pelo Banda B para comentar o caso, mas ainda não se manifestou.
Em nota, o advogado Aldo Paim Horta, que representa Gilson e Sílvia, disse que o casal recebe a denúncia “com sere