04/05/2025                                                                            
                                    
                                                                            
                                            📖ANGOLA REAL | Que governo temos, afinal? Um governo que atira o seu povo para a miséria, enquanto diz, nos discursos, que está a trabalhar para o bem-estar de todos. A verdade é outra: quem devia cuidar das riquezas de Angola demonstra todos os dias que não está preparado para essa missão e talvez nem queira cumprir esse papel.
A economia saiu do controlo. Os dados não mentem. Em 2010, um s**o de arroz custava 2.500 kwanzas. Hoje, em 2025, custa 26.500. Um aumento de 960%. A fuba de milho saltou de 1.800 para 17.500. O feijão, de 200 para 2.000 kwanzas. Tudo multiplicou quase por dez - menos o salário do povo.
O açúcar, o óleo, a massa alimentar… tudo encareceu. E o que dizer da cesta básica? Em 2024, custava cerca de 289 mil kwanzas para alimentar uma família de seis pessoas. Enquanto isso, há trabalhadores a receberem menos de 40 mil kwanzas por mês. Como é que se vive assim? Como é que se cria filhos, paga transporte, escola, saúde, com este salário miserável?
Angola é um país rico em petróleo, diamantes, terras férteis e juventude disposta a trabalhar. Mas é também um país onde as decisões económicas são tomadas por poucos e quase sempre a favor desses poucos. Os alimentos sobem, os combustíveis sobem, a vida sobe e o povo desce. Desce na dignidade, desce na qualidade de vida, desce na esperança.
Não se trata apenas de estatísticas. Trata-se de um sofrimento real de famílias que hoje têm que escolher entre comer ou mandar os filhos à escola. De pais e mães que saem cedo de casa e voltam com quase nada, porque o salário já não cobre nem metade do básico.
Este é o resultado de más políticas, má gestão e, acima de tudo, de um governo que não escuta, não sente e não age com responsabilidade. Um governo que prometeu cuidar, mas que só tem deixado feridas abertas.
           
By:  PRESIDENTE DA UNITA, Adalberto Costa Junior