25/03/2025
"O Homem de Ferro? Não, Mas Quase!"
Um australiano de 40 anos acaba de entrar para a história da medicina como o primeiro paciente no mundo a receber alta hospitalar com um coração artificial de titânio. O dispositivo futurista, chamado BiVACOR, manteve o homem vivo por 105 dias enquanto ele aguardava um transplante de coração. A cirurgia foi realizada em novembro de 2024 no Hospital St. Vincent's, em Sydney, e, surpreendentemente, o paciente deixou o hospital em fevereiro de 2025, ainda com o coração metálico batendo firme no peito.
O BiVACOR é um coração artificial completo, projetado para substituir ambos os ventrículos do órgão humano. Com tecnologia de levitação magnética, ele usa um rotor suspenso por ímãs para bombear o sangue, sem atrito com superfícies sólidas, o que reduz o desgaste e aumenta a durabilidade do equipamento. Em outras palavras, é um motorzinho de Fórmula 1 para o sistema circulatório. O único detalhe? Precisa recarregar a bateria de tempos em tempos – mas até os celulares têm essa necessidade.
Criado pelo bioengenheiro australiano Daniel Timms, o BiVACOR nasceu de uma experiência pessoal: a perda de seu pai para uma doença cardíaca. Inicialmente projetado como uma solução temporária para pacientes à espera de um transplante, o dispositivo agora acena para um futuro em que corações biológicos podem ser opcionalmente substituídos por versões metálicas de alto desempenho.
A insuficiência cardíaca afeta milhões de pessoas no mundo todo, e a escassez de doadores continua sendo um problema crítico. Por isso, o sucesso deste caso não apenas abre portas para novos te**es, mas também traz esperança para quem precisa de uma alternativa durável e eficaz. E quem sabe? No futuro, talvez seja possível escolher entre um coração humano ou um modelo esportivo de titânio.