30/07/2025
🚨e Se Fosse Contigo?"
Fecha os olhos…
Respira fundo…
Agora imagina.
Imagina uma multidão invadindo uma embaixada. Gritos, correria, fogo.
Tudo sendo destruído, queimado, levado.
E entre os papéis que viram cinzas... estava ali o teu processo de visto.
O bilhete daquela viagem tão esperada. O passaporte que guardava teus sonhos.
Imagina teus próprios sonhos sendo consumidos pelo fogo.
Não é só papel… é o teu futuro, a tua esperança… desaparecendo diante dos teus olhos.
Dói, não dói?
Agora imagina a loja do teu pai.
Aquela pequena boutique, aquele supermercado humilde que com tanto sacrifício sustenta a tua casa.
Vandalizado. Saqueado. Tudo jogado ao chão por mãos que não conhecem o suor do trabalho.
Como você se sentiria?
E se fosse a empresa onde ele trabalha?
O lugar de onde vem o pão de cada dia, os estudos dos filhos, o remédio da mãe.
Reduzido a nada.
Você choraria. Você sentiria revolta.
Então por que achas justo quando é com o outro?
Imagina agora a lojinha da tua mãe.
Aquele pequeno negócio que ela construiu com coragem, com fé, com noites sem dormir.
Agora destruída. Roubada.
Pisoteada por quem não conhece a palavra respeito.
Dói mais quando a dor tem nome.
Dói mais quando a perda tem rosto.
E se as feridas do teu irmão não te comovem… então talvez a tua alma precise mais de cura do que a dele.
Acorda, meu irmão. Acorda, minha irmã.
Olha bem o que fizemos com o que é nosso.
Rasgamos, quebramos, queimamos.
E ainda há quem diga:
“Foi a fome...”
“Foi a má governação…”
Não.
Você só diz isso porque não foi a tua casa.
Porque não foi o teu pai que chorou, a tua mãe que perdeu tudo.
Você só fala isso porque a dor ainda não te bateu à porta.
Chega.
Chega de destruir o que pertence a todos nós.
Chega de machucar quem não tem culpa.
Já perdemos demais. Já nos ferimos demais.
E você, que levou arroz roubado pra casa...
Você já parou pra pensar se isso vai te alimentar ou te envergonhar?
Você consegue encostar a cabeça no travesseiro sabendo que aquilo não é teu?
Consegues assistir televisão com teu filho, sabendo que ela foi arrancada à força de alguém?
Será que a tua consciência ficou muda?
Ou você apenas escolheu não ouvir?
Um pai que rouba. Uma mãe que mente.
Que tipo de espelho é esse que ofereces ao teu filho?
E os jovens?
Que futuro estão a plantar quando constroem sua revolta sobre ruínas?
Nunca aja por impulso.
Porque o mundo pode esquecer… mas tua consciência não vai.
E os olhos do teu filho — ah, esses nunca deixam de ver.
Eles vão lembrar da pessoa que você escolheu ser…
Mesmo quando você esquecer quem era.
Se é justiça que queremos, ela nunca virá com violência.
Se é mudança que buscamos, ela começa dentro de cada um de nós.
Pensa. Sente. Levanta. E faz diferente.