
24/08/2025
NO REINO, CANTAR NÃO É PROFISSÃO É MINISTÉRIO. E MINISTÉRIO SÓ É LEGÍTIMO QUANDO NASCE DA CRUZ
Ministério não é palco, é cruz. E nem todo 'levita' que canta é servo, alguns só aprenderam a usar o nome de Deus como marketing
Em tempos de visibilidade, likes e palcos, é necessário fazer uma distinção clara e muitas vezes desconfortável: nem todo mundo que canta sobre Deus, canta para Deus.
A música cristã cresceu. Hoje ela está nas plataformas digitais, nos programas de TV, nas rádios seculares e nos maiores palcos do país. Isso, por si só, é uma porta poderosa que Deus pode usar para alcançar vidas. Mas com a expansão, veio também um perigo silencioso: a mistura entre chamado e carreira, entre ministério e mercado.
Muitos hoje carregam no repertório o nome de Jesus, mas não carregam a cruz. Falam de luz, mas não andam na luz. Cantam sobre milagres, mas vivem longe da obediência. Suas músicas podem até emocionar, mas não edif**am. Podem atrair multidões, mas não transformam corações. Por quê? Porque não nascem de uma vida no altar, nascem de um estúdio, de uma estratégia, de um plano de marketing.
Há diferença entre cantar sobre Deus e cantar para Deus.
O primeiro pode ser feito por qualquer pessoa com talento. O segundo exige relacionamento. Exige temor. Exige arrependimento. Exige nova vida.
O verdadeiro ministro de louvor não é aquele que tem a melhor voz, mas aquele que tem uma vida rendida. Ele entende que seu lugar principal não é o palco, mas o secreto. Ele sabe que a canção é só uma ferramenta; o alvo é a glória de Deus e a edif**ação da Igreja.
Jesus alertou claramente em Mateus 15:8: Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.
E ainda em João 4:23, Ele declarou que o Pai está procurando adoradores que o adorem em espírito e em verdade
Ou seja, Deus não está à procura de talentos, ele está à procura de verdadeiros adoradores.
Infelizmente, vemos hoje muitos que se autodenominam levitas, mas vivem como celebridades. Confundem aplauso com aprovação divina. Usam o nome de Deus como rótulo, mas não vivem a Palavra como fundamento. A música cristã, sem vida cristã, vira entretenimento religioso e isso não muda ninguém.
Por isso, é urgente que a Igreja volte a valorizar mais o caráter do que a performance. Que levitas voltem a ser homens e mulheres do altar, não apenas dos palcos. Que pastores e líderes avaliem não apenas o talento, mas o testemunho. Que o povo de Deus tenha discernimento, ou seja o espírito por trás das canções, e não apenas o ritmo ou a emoção que elas geram.
Que todo aquele que se levanta para cantar em nome de Deus, tenha primeiro se prostrado diante d’Ele. Que antes da voz afinada, exista um coração quebrantado. Porque, no fim, mais importante do que ser ouvido por multidões, é ser reconhecido por Jesus.
Lembram desta passagem: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (Mateus 7:23)
Que essa não seja a sentença final de quem usou a música, mas não viveu a mensagem.
Obs: A imagem é do grande rapper gospel, Tcha8uinda Tchaboy, o texto não é exclusivamente para ele, mas para todos nós que pertencemos na classe de artistas, cantores ou levitas. Props ao grande, Tchaboy, tem feito um belo trabalho.