
20/04/2025
🛑 GUNOSCO DIZ QUE, OS DIRECTORES, PRODUTORES E ACTORES AINDA NÃO SÃO CAPAZES DE TER BONS PROJECTOS PORQUE NÃO SABEM O QUE QUEREM.
António Frederico Kiangebeni Mbuta ou simplesmente Gunosco “Uma personagem que adquiri na minha religião - The Way International - (O caminho), mas agora, sou pentecostal”. Adaptou o referido pseudônimo em 2005, Gunosco é Realizador, Editor e Director de Fotografias.
Em entrevista à MONOVISTA, revelou que o nome Gunosco advém do facto de considerar-se uma pessoa extraordinária por chegar até onde chegou, sem que alguém o tenha ensinado, por isso, reconheceu o nome como marca em 2016.
A entrada de Gunosco ao mundo da sétima arte, não foi tão fácil. Gunosco teve de parar a sua universidade de Informática em 2009, por falta de dinheiro, fez formação de “AudioVisual” durante um ano e começou a trabalhar em diversos projectos. Entrou no mundo do jornalismo, através de - José Cola - inicialmente como fotógrafo repórter de desporto, na sequência em 2017, abriu o seu próprio jornal com 10 colaboradores. Em 2018 começou a formação em Cinema e TV no “Cinecours”na França, mas não terminou por falta de dinheiro. Por fim, trabalhou com o profeta Eliseu Agostinho, mais tarde, por ocasião de um vídeo gospel que queria fazer, carecendo de um Drone, falou com “TekaSala”, ele pilotou. Passou a ir no estúdio dele, ganhou o gosto pelo cinema, e grudou até hoje.
Gunosco já trabalhou com muitos colegas, mas teve mais química com Levis Albano, Mawete Paciência, Érica Chissapa e Iracelma Cabral.
Gunosco considera sua maior produção a coordenação, e realização do funeral do “Dr. Jonas Savimbi”, no Lupitanga-Bié, “A Bienal de Luanda”, onde foi o responsável pela transmissão internacional.
Por agora, o seu objectivo no ramo é trazer algo novo no mercado nacional, sem depender das pessoas de fora. “Neste momento estou a estudar “Produção Virtual em 3D VFX” na França, para poder melhorar a produção Nacional”
Gunosco disse que a sua base começou no Congo, todavia tem como referência o Ronny Mabuika e Peter Clarence.
Nos últimos anos, Gunosco procura superar as instabilidades que a sua última produção, feita em Portugal causa na sua vida e na vida da sua família. “Será sempre um dos projetos que nunca vou esquecer ao longo da minha carreira”.
Realçou que a outra maior dificuldade é falta de seriedade nos projectos cinematográficos, Gunosco disse que os Directores, Produtores e Actores, ainda são capazes de ter bons projectos por não saber o que querem, incluindo-se na mesma narrativa. “Temos bons técnicos, bons actores que podem dar resultados excelentes a nível internacional, não conseguimos por falta de entrega, responsabilidade, falta de apoios institucionais. Temos produtoras que têm bons projectos, mas que são engavetados por falta de condições para realizar”
O seu último trabalho foi o filme “O Emigrante”, realizado em Portugal, foi o
produtor executivo, Editor e o Director de fotografia.
E a sua frase predileta é: “Nunca me esqueço de onde venho porque sou fruto da resiliência”.
Texto - Maldino Ö Trïcio