08/10/2025
𝐄𝐱𝐩𝐨𝐫𝐭𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐚𝐟𝐞́ 𝐫𝐞𝐠𝐢𝐬𝐭𝐚 𝐪𝐮𝐞𝐝𝐚 𝐝𝐚 𝐀𝐦𝐞́𝐫𝐢𝐜𝐚 𝐝𝐨 𝐒𝐮𝐥 𝐞 𝐨 𝐜𝐫𝐞𝐬𝐜𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐀́𝐬𝐢𝐚
𝘈𝑠 𝑒𝘹𝑝𝘰𝑟𝘵𝑎𝘤̧𝑜̃𝘦𝑠 𝑔𝘭𝑜𝘣𝑎𝘪𝑠 𝑑𝘦 𝘤𝑎𝘧𝑒́ 𝑐𝘢𝑖́𝘳𝑎𝘮 1,6%, 𝘢𝑡𝘪𝑛𝘨𝑖𝘯𝑑𝘰 11,42 𝘮𝑖𝘭ℎ𝘰̃𝑒𝘴 𝘥𝑒 𝑠𝘢𝑐𝘢𝑠, 𝘦𝑚 𝐽𝘶𝑙𝘩𝑜 𝑑𝘦 2025. 𝘈 𝘈𝑚𝘦́𝑟𝘪𝑐𝘢 𝘥𝑜 𝑆𝘶𝑙, 𝘦𝑛𝘧𝑟𝘦𝑛𝘵𝑎𝘯𝑑𝘰 𝘴𝑢𝘢 𝘯𝑜𝘯𝑎 𝑟𝘦𝑡𝘳𝑎𝘤̧𝑎̃𝘰 𝘤𝑜𝘯𝑠𝘦𝑐𝘶𝑡𝘪𝑣𝘢, 𝑣𝘪𝑢 𝑠𝘶𝑎𝘴 𝘦𝑥𝘱𝑜𝘳𝑡𝘢𝑐̧𝘰̃𝑒𝘴 𝘥𝑒𝘴𝑝𝘦𝑛𝘤𝑎𝘳𝑒𝘮, 𝑒𝘯𝑞𝘶𝑎𝘯𝑡𝘰 𝘢 𝘈́𝑠𝘪𝑎 𝑒 𝑎 𝑂𝘤𝑒𝘢𝑛𝘪𝑎, 𝘪𝑚𝘱𝑢𝘭𝑠𝘪𝑜𝘯𝑎𝘥𝑎𝘴 𝘱𝑜𝘳 𝘶𝑚 𝑑𝘦𝑠𝘦𝑚𝘱𝑒𝘯ℎ𝘰 𝘳𝑜𝘣𝑢𝘴𝑡𝘰 𝘥𝑜 𝑉𝘪𝑒𝘵𝑛𝘢𝑚𝘦, 𝑎𝘱𝑟𝘦𝑠𝘦𝑛𝘵𝑎𝘳𝑎𝘮 𝘤𝑟𝘦𝑠𝘤𝑖𝘮𝑒𝘯𝑡𝘰 𝘳𝑒𝘭𝑒𝘷𝑎𝘯𝑡𝘦.
As exportações de todas as formas de café continuaram a apresentar um desempenho negativo em Julho de 2025, com uma queda de 1,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 11,42 milhões de sacas. Este é o quinto mês consecutivo de declínio no ano cafeeiro actual, com as exportações acumuladas até agora somando 115,61 milhões de sacas, uma leve diminuição em relação a 115,94 milhões de sacas no mesmo período de 2024.
A América do Sul foi a principal responsável pela recente queda nas exportações, com uma diminuição alarmante de 18,5%, passando de 5,4 milhões de sacas em Julho de 2024 para apenas 4,4 milhões de sacas. A participação da região nas exportações globais caiu para 38,5%, em comparação com 46,5% no ano anterior. Este cenário representa o nono mês consecutivo de retração para a América do Sul, marcando uma mudança considerável após 16 meses de crescimento contínuo.
O Brasil, maior produtor e exportador de café da região, viu suas exportações despencarem 28,6%, caindo para 2,73 milhões de sacas. Esta queda é atribuída a um efeito base, pois no ano cafeeiro de 2023/24, o Brasil alcançou recordes históricos de exportação, com 50,1 milhões de sacas. A diminuição actual é, em parte, resultado da normalização do mercado após uma forte alta devido a problemas de abastecimento no Vietname, que já foram resolvidos.
Neste sentido, a logística deficiente no porto de Santos, principal ponto de exportação do Brasil, complicou ainda mais a situação, agravando a desaceleração nas remessas.
Por outro lado, as exportações de café da Ásia e Oceania apresentaram um crescimento notável de 22,7%, aumentando para 3,34 milhões de sacas em Julho de 2025. O Vietname liderou este crescimento, com um aumento de 29,4%, atingindo 1,7 milhão de sacas. Este crescimento é especialmente expressivo quando se considera que as exportações de Julho de 2024 foram as mais baixas desde 2010.
A Indonésia também se destacou, com suas exportações subindo 20,4%, totalizando 960 mil de sacas. A boa colheita neste ano cafeeiro aumentou a oferta exportável, contribuindo para o desempenho positivo da região. Com um aumento acumulado de 53% nas exportações ao longo do ano, a Indonésia continua a se afirmar como um player relevante no mercado global de café.
A África, por sua vez, observou suas exportações crescerem 4,4% em Julho de 2025, alcançando 2,05 milhões de sacas. Uganda foi o principal motor deste crescimento, com um impressionante aumento de 51,4% nas exportações, totalizando 1,01 milhão de sacas. Esta expansão é atribuída a uma boa colheita e ao fortalecimento da demanda internacional.
A Etiópia também contribuiu para o crescimento regional, com exportações de 810 mil sacas, um aumento de 12,5% em relação ao ano anterior. No entanto, a queda nas exportações de países como Côte d’Ivoire e Quénia, que diminuíram 59,9% e 40,5%, respectivamente, representou um desafio considerável para o crescimento total da região.
As exportações de café do México e da América Central também mostraram um desempenho positivo, com um aumento de 7,2% em Julho de 2025, totalizando 1,63 milhão de sacas. Honduras e Nicarágua foram os principais responsáveis por este crescimento, com remessas subindo 19,1%, totalizando 780 mil sacas. Este aumento é um sinal de recuperação após as dificuldades enfrentadas no ano cafeeiro de 2023/24.
As perspectivas de produção para o ano cafeeiro de 2024/25 são promissoras, com estimativas de 2,69 milhões de sacas para a Nicarágua e 5,45 milhões para Honduras. Estes números são encorajadores, considerando que ambos os países normalmente exportam uma alta percentagem de sua produção.