
16/09/2025
Saudações a todo mundo que se deparar com a minha história.
Em anônimo, por favor!
Sou a Yasmine, tenho 25 anos, sou finalista do ensino superior e faço algumas vendas para suprir as minhas necessidades básicas.
O que me leva a escrever é o seguinte:
Há tempos conheci um jovem no Facebook, de 30 anos, licenciado e trabalhador. Ele enviou-me mensagem, começamos a conversar e, posteriormente, pediu o meu WhatsApp. Passamos a falar mais por lá. Ele se apresentou dizendo que era solteiro, sem filhos, natural de Benguela, mas que mora em Luanda já há 4 anos, por causa do trabalho. Vive sozinho, pois toda a família está em Benguela.
Dias atrás, pediu para nos conhecermos pessoalmente. Como não sou de sair, pedi que ele fosse primeiro ao meu bairro para eu saber quem ele era. Só assim aceitaria o passeio. Ele veio ao meu bairro e, em seguida, fomos passear num shopping. Conversamos, sorrimos e percebi que tinha boas intenções comigo. Ele mostrou-se um homem de boa índole, educado, cristão e simpático. Isso foi num domingo.
O segundo encontro também foi num domingo, porque de segunda a sábado ele trabalha, e eu também fico ocupada com as minhas atividades. Novamente fomos a um shopping, conversamos normalmente e, dessa vez, ele perguntou se eu aceitava ser sua namorada. Eu disse que era algo muito recente e não queria tomar decisões precipitadas para depois decepcioná-lo. Reconheci que ele parecia um homem sério, e eu também sou séria, mas preferia conhecê-lo melhor. Disse ainda que podia ficar tranquilo, porque eu não estava a brincar com ele.
Ele respondeu que tudo bem, e afirmou: “Se tu me aceitares, serás a mulher mais feliz.” Eu apenas disse: “Assim seja.”
Só que, dias depois, fiquei doente e senti-me chateada porque ele não se mostrou tão atencioso. Ele até ligou uma vez durante a semana para saber como eu estava, prometeu voltar a ligar mais tarde, mas não o fez. Só voltou a ligar no sábado, convidando-me para sair. Nesse dia, eu tinha atividade na igreja, e recusei o convite. Ele disse que estava com muitas saudades, mas combinamos para outro dia.
Passaram-se mais dois dias sem contato, e eu decidi ligar-lhe. Saudei-o e depois expus o meu descontentamento: disse que não queria apenas alguém que me levasse para sair ao fim de semana, mas também alguém que me desse atenção nos outros dias. Ele perguntou se era isso que eu achava dele. Eu disse que não exatamente, mas que era a impressão que ele estava a dar. Ele justificou dizendo que, da última vez, como eu estava doente e não respondi tão animada, preferiu manter-se em silêncio. Eu expliquei que, quando estou doente, realmente não tenho ânimo para falar muito, mas que iria melhorar. Ele aceitou, e desligou o telefone.
Pouco depois, liguei novamente, preocupada em ter passado má impressão. Perguntei se ele estava chateado, ele disse que não. Então questionei: “Se não estavas, por que desligaste logo depois de atender a minha chamada?” Ele respondeu a rir que desligou porque eu já não tinha mais nada para falar. Eu apenas disse: “Está bem”, e desliguei.
Depois disso, enviei-lhe mensagens no WhatsApp e não obtive resposta. Achei estranho, porque ele não costuma ficar sem responder. Cheguei a pensar que me tinha bloqueado. Mandei SMS normal perguntando se ele não queria conversar, que não insistiria se fosse esse o caso. Ele também não respondeu.
Mais tarde, notei que ele estava ativo no Facebook, mas ainda assim ignorava as minhas mensagens. Então mandei-lhe uma última mensagem, dizendo que estava preocupada e que, se ele não quisesse falar, pelo menos desse um sinal. Finalmente, ele respondeu:
“Eu estou bem, apenas a seguir o meu caminho, tal como concluíste.”
Fiquei sem chão. Respondi dizendo:
“Não tomes uma decisão precipitada. Atende o telefone e deixa-me explicar. Em nenhum momento eu concluí isso. Só quis chamar-te à razão, porque não quero ser apenas a mulher dos passeios. Se fiz mal, desculpa. Mas se achaste que eu concluí algo, por que não me disseste? Ignorar, não atender chamadas e não responder mensagens é comportamento positivo?”
Insisti pedindo para, ao menos, conversarmos pessoalmente antes de qualquer decisão. Mas até agora ele não respondeu nada. Liguei pela última vez, e ele não atendeu.
A minha dúvida:
Pessoal, quero conselho da vossa parte. Será que estou errada?
Deixo assim e já não falo mais nada?
Obrigada.