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Querubim Quanto mais aprendo maior é a minha percepção que ainda nada sei

Especialmente para você:Anton Wilhelm AmoEle nasceu em 1703 em Awukena, Gana; e morreu por volta de 1759 na fortaleza de...
08/11/2025

Especialmente para você:

Anton Wilhelm Amo

Ele nasceu em 1703 em Awukena, Gana; e morreu por volta de 1759 na fortaleza de Chama, Gana. Filósofo e professor que se mudou para a Europa desde criança, ganhando reconhecimento nas universidades de Halle e Jena na Alemanha. Ele é o primeiro africano subsaariano conhecido a se formar em uma universidade europeia. Seus estudos médicos desempenham um papel importante em seu pensamento filosófico posterior. Seu doutorado em filosofia foi obtido em 1734 em Wittenbergen; a tese que desenvolve é a favor de um materialismo da pessoa e se opõe amplamente ao dualismo cartesiano.

Filósofo e educador africano, que cresceu na Alemanha e lecionou em várias universidades antes de retornar à sua terra natal, Gana. Amo foi o filósofo africano mais importante da Europa no século XVIII. Por seu próprio exemplo, Amo rompeu o preconceito racial e promoveu os valores da humanidade.

𝑯𝒊𝒔𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒂 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝑨́𝒇𝒓𝒊𝒄𝒂 𝑽–𝑽𝑰𝑰 𝑨𝒍𝒃𝒆𝒓𝒕 𝑨𝒅𝒖 𝑩𝒐𝒂𝒉𝒆𝒏 𝑹𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐𝒓𝒂𝒍 𝒆 𝒈𝒆𝒐𝒈𝒓𝒂́𝒇𝒊𝒄𝒂 (1880–1935))Entre 1880 e 1910 ocorreu ...
30/09/2025

𝑯𝒊𝒔𝒕𝒐́𝒓𝒊𝒂 𝑮𝒆𝒓𝒂𝒍 𝒅𝒂 𝑨́𝒇𝒓𝒊𝒄𝒂 𝑽–𝑽𝑰𝑰
𝑨𝒍𝒃𝒆𝒓𝒕 𝑨𝒅𝒖 𝑩𝒐𝒂𝒉𝒆𝒏

𝑹𝒖𝒑𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐𝒓𝒂𝒍 𝒆 𝒈𝒆𝒐𝒈𝒓𝒂́𝒇𝒊𝒄𝒂 (1880–1935))

Entre 1880 e 1910 ocorreu uma mudança rápida e dramática: a conquista e ocupação de praticamente todo o continente africano pelas potências europeias.

Após 1910 domina a fase de consolidação e exploração do sistema colonial.

Em 1880 a presença europeia era restrita a zonas costeiras e algumas colônias (Argélia para a França; faixas costeiras portuguesas; sul da África com dominação mais consolidada).

Em torno de 1914, exceto Etiópia e Libéria, a África estava quase totalmente dividida em colônias europeias, territórios muitas vezes muito maiores e artificialmente desenhados em relação às antigas formações políticas africanas.

𝑫𝒊𝒎𝒆𝒏𝒔𝒂̃𝒐 𝑷𝒐𝒍𝒊́𝒕𝒊𝒄𝒂 𝒆 𝑪𝒖𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂𝒍 𝒅𝒐

A colonização não foi só perda de soberania política, mas um assalto a valores culturais, crenças e modos de vida. Cita-se Ferhat ‘Abbas: para os colonizadores era empreitada militar/administrativa; para os colonizados era revolução que transtornava todo um mundo de significados.

O choque forçava povos e nações a se adaptar ou sucumbir, gerando desequilíbrio moral e material e risco de desintegração social.

𝑨𝒕𝒊𝒕𝒖𝒅𝒆 𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒇𝒓𝒊𝒄𝒂𝒏𝒂𝒔

Autoridades e dirigentes africanos, em sua esmagadora maioria, foram hostis à mudança e lutaram para preservar soberania e o status quo.

Exemplos citados: a recusa de Prempeh I (Ashanti) à "proteção" britânica em 1891; a resposta do Moro Naba Wogobo (rei dos Mossi) em 1895, que rejeita a intervenção francesa e expulsa o oficial.

Essas respostas evidenciam que muitos líderes africanos não aceitaram passivamente o colonialismo; houve protesto, recusa e resistência política e material.

𝑷𝒆𝒓𝒔𝒑𝒆𝒄𝒕𝒊𝒗𝒂 𝒇𝒊𝒍𝒐𝒔𝒐́𝒇𝒊𝒄𝒂, 𝒂𝒏𝒂́𝒍𝒊𝒔𝒆 𝒄𝒐𝒏𝒄𝒆𝒊𝒕𝒖𝒂𝒍 𝒆 𝑰𝒎𝒑𝒍𝒊𝒄𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐

𝑪𝒐𝒍𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍𝒊𝒔𝒎𝒐 𝒄𝒐𝒎𝒐 𝒓𝒆𝒗𝒐𝒍𝒖𝒄̧𝒂̃𝒐 𝒂𝒏𝒕𝒓𝒐𝒑𝒐𝒍𝒐́𝒈𝒊𝒄𝒂

O texto convida a ver o colonialismo não apenas como ato territorial, mas como ruptura epistemológica e axiológica: altera quem detém o poder de nomear, educar, legislar e definir o real. Assim, trata-se de uma revolução cultural que reconfigura mundos de sentido (linguagens, religiões, relações sociais).

Filosoficamente, isso toca em problemas de legitimação do poder (Weberiano) e de imperialismo epistemológico: imposição de categorias estrangeiras sobre formas locais de vida.

𝑺𝒐𝒃𝒆𝒓𝒂𝒏𝒊𝒂, 𝒂𝒈𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒆 𝒅𝒊𝒈𝒏𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒍𝒊́𝒕𝒊𝒄𝒂

A resistência de líderes africanos mostra uma reivindicação explícita de agência e autonomia. Do ponto de vista ético-político, negar essa agência é cometer uma injustiça que tem consequências práticas (guerra, expropriação) e simbólicas (deslegitimação das instituições locais).

O conflito revela uma tensão entre duas legitimidades: a dos regimes coloniais (força, direito positivo imposto) e a das instituições locais (legitimidade histórica, cultural e moral).

𝑫𝒆𝒔𝒆𝒒𝒖𝒊𝒍𝒊́𝒃𝒓𝒊𝒐 𝒎𝒐𝒓𝒂𝒍 𝒆 “𝒆𝒔𝒕𝒆𝒓𝒊𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆” 𝒔𝒐𝒄𝒊𝒂𝒍

A expressão de Boahen sobre “desequilíbrio moral e material” convoca reflexões sobre justiça distributiva, reparação histórica e os efeitos intergeracionais do colonialismo, não apenas expropriação de terras, mas destruição de arranjos sociais produtivos que davam sentido às vidas coletivas.

Filosoficamente, conecta-se com debates sobre responsabilidade coletiva, memória e culpa histórica, quem deve reparar? Como reconstruir instituições legitimadas localmente?

𝑪𝒐𝒍𝒐𝒏𝒊𝒂𝒍𝒊𝒔𝒎𝒐 𝒆 𝒊𝒅𝒆𝒏𝒕𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆

A imposição de novos limites territoriais e de uma ordem administrativa muitas vezes sem relação com as estruturas locais produz uma crise identitária e política: novos territórios, novos sujeitos, e uma correspondência entre espaço político e identidade severamente alterada.

Levanta questões sobre a reconstrução de narrativas nacionais pós-coloniais e sobre o papel da história (historiografia) em restabelecer continuidade ou reimaginar o passado.

𝑳𝒆𝒊𝒕𝒖𝒓𝒂𝒔 𝒄𝒓𝒊́𝒕𝒊𝒄𝒂𝒔 𝒆 𝒑𝒊𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒂𝒑𝒓𝒐𝒇𝒖𝒏𝒅𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐

Historiografia e ponto de vista: o texto sublinha a necessidade de estudar mais profundamente as atitudes africanas, não apenas relatos europeus. Filosoficamente, isso exige ouvir fontes locais, analisar discursos e práticas, e problematizar a autoridade historiográfica.

Resistência verso acomodação: nem todas as respostas africanas foram uniformes, havia resistência ativa, alianças táticas, negociações e, também, casos de cooperação por motivos estratégicos. Uma leitura filosófica atenta distinguirá práticas morais situadas das respostas políticas.

Continuidades e rupturas: após 1910 vem a consolidação do sistema colonial, estudar as formas de adaptação (instituições híbridas, elites colaboracionistas ou transformadas) ajuda a entender os traços do pós-colonial contemporâneo.

𝑪𝒐𝒏𝒄𝒍𝒖𝒔𝒂̃𝒐

Boahen mostra o colonialismo como um evento transformador em escala continental: um processo rápido e violento (1880–1910) seguido por décadas de consolidação. Historicamente, significou perda massiva de soberania e a construção de fronteiras e administrações alheias às realidades locais.

Filosoficamente, é um fenômeno que provoca questionamentos profundos sobre legitimidade do poder, agência, justiça histórica, identidade e epistemologia, e exige que historiadores e filósofos prestem atenção às vozes africanas para entender não apenas o que foi perdido, mas as lógicas internas da resistência e da adaptação.

Acha que filosofia é só teoria abstrata? Pense de novo.Um estudo massivo com mais de 600.000 graduados revelou que estud...
29/08/2025

Acha que filosofia é só teoria abstrata? Pense de novo.
Um estudo massivo com mais de 600.000 graduados revelou que estudantes de filosofia desenvolvem as habilidades de pensamento mais afiadas de todas.

📊 Publicado no Journal of the American Philosophical Association (2025), a pesquisa mostra que alunos que se formam em filosofia superam consistentemente seus colegas em raciocínio verbal, resolução lógica de problemas e reflexão crítica — mesmo após ajustar pelas habilidades iniciais.

Mais ainda: estudantes de filosofia relataram maior curiosidade, mente aberta e autorreflexão intelectual ao concluírem o curso. Em outras palavras, a filosofia não apenas atrai grandes pensadores — ela os ajuda a se tornar grandes pensadores.

Em um momento em que a IA está remodelando o futuro do trabalho e a confiança pública no ensino superior está em declínio, o estudo destaca uma verdade crucial: a capacidade de questionar pressupostos, lidar com ambiguidades e pensar criticamente é mais valiosa do que nunca.

Longe de ser “impraticável”, a filosofia fornece aos estudantes habilidades essenciais para a liderança, inovação e até para a própria democracia. Ela não ensina o que pensar, mas como pensar.

Fonte: Vazquez, M., & Prinzing, M. (2025). Journal of the American Philosophical Association, August 21, 2025.

O que é a Matrix?Keanu Reeves diz que a Matrix é um Universo Holográfico que nos projetam, aqueles que nos desejam contr...
16/08/2025

O que é a Matrix?

Keanu Reeves diz que a Matrix é um Universo Holográfico que nos projetam, aqueles que nos desejam controlar. A humanidade foi reprimida e controlada desta forma por milênios.

Nós acreditamos que é real, mas na verdade é apenas um filme reproduzido na Consciência coletiva, que se apresenta como realidade.

Keanu Reeves não está sozinho em acreditar que a humanidade vive em uma Matrix há milhares de anos.
Algumas das pessoas mais ricas e influentes do mundo estão convencidas de que vivemos em uma simulação de computador.

Pelo menos dois dos bilionários tecnológicos de Silicon Valley estão investindo dinheiro em esforços para tirar os humanos da simulação em que eles acreditam que estamos vivendo.

Elon Musk acredita que as chances de não vivermos em uma simulação de computador tipo Matrix são bilhões para um.
Muitas pessoas em Silicon Valley ficaram obcecadas com a hipótese da simulação, o argumento de que o que experimentamos como realidade é fabricado de fato em um computador, escreve Tad Friend do The New Yorker.

Dois bilionários de tecnologia foram tão longe para envolver secretamente cientistas para trabalhar para nos tirar da simulação.

Mas Keanu Reeves acredita que os meninos de Silicon Valley estão fazendo algo errado ao tentar se libertar da Matrix. Ele tem um conselho para os bilionários da tecnologia.

Coloque suas carteiras de volta nos seus bolsos. Isso não tem nada a ver com dinheiro ou computadores. É uma mudança espiritual que precisa acontecer, não um hack.
Segundo Keanu, essa mudança espiritual está acontecendo. As pessoas estão cansadas de guerras desnecessárias, liderança totalitária e controle autoritário. As pessoas estão acordando para o que realmente é importante na vida.

Eu acho que as pessoas estavam realmente assustadas que o mundo acabasse, você sabe, muito recentemente.

Simplesmente sentia que as coisas estavam descontroladas. Perdemos toda a esperança de nos salvarmos das forças obscuras do mundo.

Mas apenas abra seus olhos por um minuto e olhe ao seu redor para o que está acontecendo. É incrível.

Pessoas como Trump estão levantando o véu em uma incrível rede de manipulação interligada.

Ame-o ou odeie-o, mas ele está permitindo que a humanidade acorde do seu sonho e veja que as mesmas poucas pessoas, as mesmas sociedades secretas, a Nova Ordem Mundial fidedigna, estão controlando ativamente nossas vidas e reprimindo nossa verdade dessa habilidade.

Mas as pessoas estão acordando lentamente. É hora de recuperar nosso poder infinito e abrir as portas da prisão mental que nos motivaram a construir em nós mesmos.

Não é uma coisa fácil de fazer, mas é hora de caminhar em direção à Luz da Liberdade.

Autor desconhecido.

"África no início do século XIX: problemas e perspectivas", de J. F. Ajayi:🌍 𝕬́𝖋𝖗𝖎𝖈𝖆 𝖓𝖔 𝕾𝖊́𝖈𝖚𝖑𝖔 XIX: 𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝕯𝖎𝖓𝖆̂𝖒𝖎𝖈𝖆𝖘 𝕴𝖓...
28/07/2025

"África no início do século XIX: problemas e perspectivas", de J. F. Ajayi:

🌍 𝕬́𝖋𝖗𝖎𝖈𝖆 𝖓𝖔 𝕾𝖊́𝖈𝖚𝖑𝖔 XIX: 𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝕯𝖎𝖓𝖆̂𝖒𝖎𝖈𝖆𝖘 𝕴𝖓𝖙𝖊𝖗𝖓𝖆𝖘 𝖊 𝕻𝖗𝖊𝖘𝖘𝖔̃𝖊𝖘 𝕰𝖝𝖙𝖊𝖗𝖓𝖆𝖘

Este texto introdutório oferece uma análise crítica do século XIX africano, período anterior à colonização europeia em larga escala, conhecido como “século pré-colonial”. Após a Segunda Guerra Mundial, estudiosos passaram a reavaliar a história africana, questionando a velha noção de que as mudanças no continente só começaram com a chegada dos europeus.

O século XIX africano foi tudo, menos estático. Revoluções internas, como as reformas de Muhammad ‘Ali no Egito, as jihad da África Ocidental, a reunificação etíope e os movimentos do Mfecane na África Austral, revelam sociedades em transformação ativa muito antes do domínio colonial.

O autor aponta dois grandes problemas de interpretação da história desse período:

1. A tendência de atribuir todas as mudanças significativas à influência europeia, ignorando as forças internas africanas.

2. A ideia de que a crescente integração da África ao sistema econômico mundial foi o evento central e explicativo do século XIX, como se esse século fosse apenas um prelúdio do colonialismo.

Ajayi convida o leitor a reconhecer a continuidade histórica africana, destacando que muitas transformações do século XIX são desdobramentos do século XVIII. Ele questiona as leituras reducionis
tas que veem a África apenas como reativa à Europa e propõe uma análise mais justa e profunda, que valorize as dinâmicas próprias das sociedades africanas.

A reflexão final é poderosa: compreender a África no século XIX é essencial para avaliar se a presença europeia foi um impulso para o desenvolvimento ou a causa central do seu subdesenvolvimento.

𝕱𝖔𝖓𝖙𝖊: 𝕳𝖎𝖘𝖙𝖔́𝖗𝖎𝖆 𝕲𝖊𝖗𝖆𝖑 𝖉𝖆 𝕬́𝖋𝖗𝖎𝖈𝖆 VI, 𝖊𝖉𝖎𝖙𝖆𝖉𝖔 𝖕𝖔𝖗: 𝕼𝖚𝖊𝖗𝖚𝖇𝖎𝖒

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