20/11/2025
ADMINISTRADOR DO CAUNGULA APELA À UNIÃO E REPUDIA “ONDA DE DIFAMAÇÃO” NA LUNDA-NORTE
O administrador municipal do Caungula, Gonçalves Francisco Júnior, manifestou publicamente a sua preocupação com o que descreve como uma “onda de difamação” dirigida contra quadros da Lunda Norte. A posição foi tornada pública através de uma nota divulgada no seu perfil do Facebook, onde deixou uma reflexão sobre o clima sociopolítico actual na província.
Na publicação, o administrador lamenta o que considera ser um ambiente de ataques pessoais e desconstrução da imagem de dirigentes locais, alegadamente protagonizados por indivíduos que, segundo o mesmo, “gastam as suas energias para proliferar calúnias” contra quem procura contribuir para o desenvolvimento da região.
“Onde é que nós queremos ir, que Lunda Norte queremos construir?”, questiona o governante, defendendo que a luta pelo progresso da província deve ser conduzida pelos próprios filhos da terra, num ambiente de apoio e não de destruição mútua.
O dirigente afirma que a difamação tem afastado jovens quadros da vida pública, por receio de ataques constantes, e alerta para o impacto social desse fenómeno. “Queremos uma Lunda em que ninguém se destaque? Onde exercer um cargo público significa pôr a reputação à prova?”, questiona.
O administrador denuncia ainda a criação de perfis falsos usados para atacar figuras locais, fenómeno que, segundo ele, tem prejudicado a imagem da província perante o resto do país. Reforça também que a Lunda Norte tem sido marcada pela ausência de solidariedade interna e pela “falta de união entre os seus melhores filhos”, destacando que províncias vizinhas, como a Lunda Sul, estariam a avançar na luta contra a desinformação.
“A nossa província é hoje palco do assassinato de caracteres… onde são bons apenas os que criam perfis falsos para difamar os irmãos”, lamenta.
O gestor municipal apela à reflexão colectiva, sublinhando que o progresso só será possível com unidade, empatia e reconhecimento das mentes brilhantes formadas na região. No seu entender, a ganância política estaria também a minar os esforços de desenvolvimento local.
“Precisamos rever o rumo que estamos a seguir”, conclui, apelando a um ambiente mais construtivo e solidário na Lunda Norte.