24/12/2025
CAMPONESES DA EMPRESA KONDA MARTA DENUNCIAM ATENTADO CONTRA A VIDA DO PRESIDENTE
Os camponeses associados à empresa Konda Marta denunciaram publicamente, esta terça-feira, 23 de dezembro, a existência de uma alegada “rede criminosa” que terá como objetivo atentar contra a vida do Presidente do Conselho de Administração (PCA), Daniel Neto, até ao dia 3 de Janeiro de 2026.
Segundo José Eduardo, afecto a área de Comunicação e Imagem da Konda Marta, citado pelo Albino Azer, a referida “rede criminosa” é liderada por um indivíduo conhecido pelo nome de “Sangue de Pomba”, supostamente ligado às Forças Armadas Angolanas (FAA).
A denúncia aponta para a existência de um plano de eliminação física motivado pelo histórico litígio de terras que dura há mais de uma década no município do Camama, imediações do Estádio Nacional 11 de Novembro.
Os camponeses alegam que o conflito envolve “interesses de generais” e altas figuras da hierarquia castrense do país. Durante a conferencia de imprensa, os trabalhadores manifestaram indignação com o que chamam de “má-fé das autoridades”.
“Esses bandidos não vão ganhar nada com isso”, afirmou a pastora Madalena de Faria, que recorreu a passagens bíblicas para pedir proteção. Citando o livro de Sofonias 3:15, a religiosa apelou à paz e ao fim das ameaças: “Não derramem o sangue de um inocente”, exortou.
Por sua vez, a camponesa Mimosa Alfredo Kamongo reforçou as denúncias de vigilância constante, alegando que membros da referida quadrilha se reúnem diariamente numa barraca no mercado 11 de Novembro para monitorizar os movimentos do PCA Daniel Neto.
“eles querem matar o senhor Daniel Neto”, resumiu.
A par das denúncias de ameaças de morte, o grupo de camponeses aproveitou a ocasião para exigir a libertação imediata de Joana Miguel Magita, diretora da empresa Konda Marta.
A gestora encontra-se detida, sob acusação de crimes de calúnia e difamação, num processo que os trabalhadores consideram ser uma manobra de intimidação ligada ao litígio de terras.