12/11/2015
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Denúncia de carne contaminada
Os Serviços Provinciais de Veterinária do Huambo alertaram terça-feira a população para estar atenta na compra de carnes de animais, por muitas quantidades originarem de abates clandestinos e com probabilidades de estarem contaminadas.
O chefe de departamento da instituição, Jorge Almeida, que denunciou o facto, disse que as carnes são levadas aos mercados, após serem vendidas aos comerciantes por caçadores, sem qualquer avaliação.
Jorge Almeida aconselha a população da região a denunciar abates ilegais de animais, no sentido de se diminuir o consumo de carnes contaminadas e prevenir doenças como a tuberculose, carbúnculo, dermatoses nodular, entre outras enfermidades de origem animal.
O médico veterinário sublinhou que o abate clandestino de gado bovino, caprino e suíno em locais impróprios periga a saúde pública, por falta de controlo da sanidade desses animais.
O chefe de departamento dos Serviços Provinciais de Veterinária considerou que os municípios de Chinjenje, Ucuma, Longonjo, Caála e nalguns bairros periféricos da cidade do Huambo são os locais que mais preocupam as autoridades.A carne que está a ser comercializada nestas localidades é de inferior qualidade para o consumo humano, dai considerar de “um atentado à saúde”, advertiu Jorge Almeida, que referiu que as condições higiénicas em que são abatidas as espécies para a produção da carne levada ao consumo nestes locais clandestinos são claramente reprováveis à saúde.
Neste momento, disse o médico veterinário, a província do Huambo não dispõe de matadouro, referindo que existem locais oficiais de abates de animais. Jorge Almeida disse que a cidade do Huambo dispõe apenas de dois locais para o abate de bovinos e de outras espécies animais, estando os mesmos localizados nas zonas industriais da Cuca, no bairro da Chiva, e da Coalfa, em São Pedro.
O chefe de departamento explicou que as condições de um verdadeiro matadouro traduzem-se em três aspectos fundamentais, sendo o controlo da qualidade da carne em termos sanitário, tecnológico e higiénico.Disse que são estes três aspectos que levam ao processamento digno da carne para o consumo. “Durante o abate, a falha de um deles coloca em causa a qualidade do produto para os homens o consumirem.” Para contrariar o consumo de carne ilegal, Jorge Almeida refere que o Governo Provincial do Huambo, através dos Serviços Veterinários, está a criar uma série de medidas punitivas.Estas medidas punitivas passam pela proibição de chacinas de animais fora de locais oficiais, venda de carne nos mercados informais (praças e pracinhas).
Fonte- Texto Jornal de Angola.