
06/08/2025
Reflexão: A Escassez de Gás Butano em Angola*
A escassez de gás butano em Angola, especialmente fornecido pela Sonangol, tornou-se mais do que um problema logístico — é um reflexo doloroso da fragilidade estrutural que afeta diretamente a vida do cidadão comum.
Em bairros como Cacuaco, Viana, Zango e muitos outros, famílias acordam de madrugada, enfrentam longas filas e, muitas vezes, voltam para casa de mãos vazias. O gás, que deveria ser um bem essencial, tornou-se um artigo de sorte. O impacto recai sobretudo sobre as mulheres, que lutam diariamente para cozinhar e alimentar suas famílias com dignidade.
A Sonangol, como empresa estatal, tem a responsabilidade de garantir a estabilidade no fornecimento deste recurso vital. A falta de transparência na distribuição, os preços inflacionados e a ausência de respostas concretas agravam ainda mais a crise.
Enquanto isso, o povo angolano resiste. Mas até quando? A escassez de gás é, na verdade, um sintoma de uma gestão que precisa urgentemente ser mais humana, eficiente e comprometida com as necessidades básicas da população.
Não se trata apenas de gás. Trata-se de dignidade.