25/09/2025
Na manhã desta quinta-feira (25), centenas de moradores de comunidades quilombolas e ribeirinhas de Bujaru e Acará, protestaram em frente ao Palácio do Governador, em Belém, contra a instalação de um aterro sanitário na zona rural de Bujaru.
O ato, pacífico e organizado, bloqueou uma das vias da Avenida Almirante Barroso.
Mais o ato pacífico ficou manchado através de agressões pelas partes da polícia recebendo ordens do governo para dispensar os manifestantes.
As comunidades denunciam que o projeto configura racismo ambiental, já que o empreendimento está sendo planejado a apenas 530 metros de territórios quilombolas, sem que as populações tenham sido consultadas.
Enquanto sete representantes foram recebidos por integrantes do governo estadual, os demais seguiram mobilizados do lado de fora.
A proposta ainda está em análise pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), responsável pelo licenciamento.
O projeto prevê que o espaço receba diariamente 1,6 mil toneladas de resíduos sólidos da Região Metropolitana de Belém e também do próprio município de Bujaru.
A obra será conduzida pela Revita Engenharia S/A, do Grupo Solvi, que pretende instalar o aterro em uma área de 200 hectares às margens da PA-483 (Alça Viária).
Para os moradores, a escolha da localização ameaça ecossistemas locais, compromete a qualidade da água e coloca em risco modos de vida de comunidades quilombolas e ribeirinhas.
Diante desse cenário, as lideranças afirmam que não irão recuar.