26/11/2025
Criado na década de 1920 pelo inventor russo Léon Theremin, o theremin se consolidou como um dos instrumentos mais enigmáticos e cativantes já desenvolvidos. Ele funciona sem qualquer contato físico: basta que o músico mova as mãos pelo ar. A proximidade das mãos com as antenas define o som — uma controla o tom, enquanto a outra ajusta o volume. O efeito resultante é um áudio etéreo, quase sobrenatural, que parece emergir do nada.
Pensado inicialmente para a música erudita, o theremin acabou ganhando notoriedade como símbolo das trilhas sonoras de ficção científica e do rock experimental. Seu timbre singular marcou produções como O Dia em que a Terra Parou (1951) e influenciou grupos que buscavam explorar sonoridades ousadas e futuristas. Assim, ele permaneceu como referência sonora de mistério e exploração científica.
O funcionamento do theremin está diretamente ligado à eletricidade. O instrumento cria campos eletromagnéticos que produzem o som, e qualquer movimento sutil das mãos altera totalmente a frequência. Dominar sua execução exige precisão e sensibilidade — cada gesto vira uma nota, cada pausa compõe a melodia. É como conduzir o próprio ar, convertendo o invisível em música.
Mesmo após mais de um século, o theremin continua despertando fascínio em músicos e entusiastas. Ele representa a fusão entre ciência e expressão artística, entre tecnologia e emoção. Um lembrete marcante de que a criatividade humana ultrapassa fronteiras — até mesmo a do toque.
Curiosidades Inovação
Musicista Carolina Eyck. Vídeo: Youtube