31/08/2025
No último sábado, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, insuflou a militância petista — já marcada por episódios de violência — a vigiar Jair Bolsonaro, sob a alegação de risco de fuga para uma embaixada. Bolsonaro é um político que já sobreviveu a uma tentativa de assassinato e continua recebendo ameaças constantes, estendidas inclusive à sua filha menor.
No dia domingo, a casa onde estavam a mãe e os avós dos filhos dos Bolsonaro — ambos com mais de 80 anos — foi invadida, e eles foram mantidos reféns por mais de uma hora, sob a mira de armas.
O que quero deixar claro aqui não é fazer qualquer tipo de acusação ou ilação ligando um fato a outro, mas emitir um alerta: quando se normaliza a desumanização de um opositor, como tem sido feito com o presidente Bolsonaro, passa-se a justificar qualquer ato contra ele, sua família ou seus apoiadores.
Não é um risco teórico. Nos anos 1990, o deputado conservador britânico Ian Gow, próximo à premiê Margaret Thatcher, teve seu número de telefone e endereço residencial divulgados. Meses depois, uma bomba colocada sob seu carro explodiu enquanto ele saía de casa — resultando em sua morte.
Quem garante que esses dados não foram vazados por inimigos de Bolsonaro no alto escalão do poder? Porque esse tipo de violência contra pessoas ligadas do Presidente Bolsonaro não choca, como acontece com qualquer figura da esquerda?