27/06/2025
Por Chico Alencar e Renato Aroeira
"Charges - A verdade nua e crua"
ACABOU O "AMOR"
O presidente Lula, conciliador, negocia com adversários políticos à exaustão. Vai além: entregou a partidos de direita, como União Brasil, PP, Republicanos, e ao autoproclamado "centro-direitista" PSD, vários ministérios.
É o tal "presidencialismo de coalizão". Moribundo. Já deu.
Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, lideram a oposição para inviabilizar boas iniciativas do Executivo, como justiça tributária (reajuste de impostos para algumas operações financeiras, bets e super-ricos).
Maioria congressual derruba veto de Lula na política energética e, assim, contribui para o aumento da conta de luz. E, hipocritamente bradando por "corte de gastos", aumenta o número de deputados, sem ninguém pedir (76% da população rejeita, segundo o Datafolha).
A grande preocupação da maioria (extrema direita + Centrão) é aumentar também o montante das emendas parlamentares, não sua transparência e rastreabilidade.
O golpe final numa relação decente entre Executivo e Legislativo se deu nessa semana, com sessões "urgentes", semi-presenciais - e surpreendentes, pois a promessa era de "pauta leve".
Bombas - não a de festejos juninos - explodiram na Câmara e no Senado, para detonar o interesse público, a Constituição, o governo.
O STF, guardião da Lei Maior, precisa ser acionado. E a opinião pública alertada: a tal "governabilidade de conciliação" ficou ingovernável.
Vejam o nível: a grande "motivação" de Alcolumbre seria derrubar o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e impor nomes para agências reguladoras. É o intestino grosso da pequena política!
O Brasil precisa de justiça tributária, programas sociais aprofundados, punição a golpistas, franqueza e austeridade nos poderes da República. E de um Legislativo que não fique de costas para o povo!
Não dá mais pra ceder, ter ilusões com um Parlamento eleitoreiro e movido a ódio.
Ao combate, nas ruas e redes!