19/09/2025
Turismo /Internacional
(TB de 19set2025)
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De Barra do Corda aos Estados Unidos
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Durante seis meses, o casal Perdigão Júnior e Evanda Freite viajaram como turistas pelo Estados Unidos. Faltando 15 dias, as duas filhas - Iana e Iami - juntaram-se aos pais e curtiram o passeio. Ao todo quase 7 mil quilômetros rodados pelos Estados Unidos.
A família, que desembarcou no Rio de Janeiro na sexta-feira (5 de setembro), está curtindo a Cidade Maravilhosa e arredores como Petrópolis, Teresópolis, Arraial do Cabo e Búzios. Ou seja, curtem turismo com diversão, história e cultura.
O TB entrevistou o Perdigão Júnior e a viagem pelos Estados Unidos.
TB: Em resumo, qual signif**ado da viagem?
Perdigão: A nossa vontade era fazer uma imersão na cultura e no idioma, propiciada por um período de permanência mais extenso, na condição de turistas.
Pretendemos continuar nossas incursões pelos EUA, possivelmente em 2026, percorrendo outros estados americanos, da costa oeste ou leste, mas, quem sabe, dessa vez, já na condição de estudante, o que nos demandará um tempo de permanência ainda mais alongado.
TB: A imersão na cultura e na língua inglesa foi boa? Voltam ao Brasil com o inglês na ponta da língua?
Perdigão: Foi uma ótima oportunidade para vivenciarmos a cultura e interagir com nativos em seu idioma. Claro que em um curso de curta duração de seis meses há muito ainda que aprender, mas os primeiros passos foram bem dados.
TB: Nos EUA, o que mais e o que menos chama a atenção?
Perdigão: O que mais nos chamou a atenção foi a organização social daquela nação, enquanto progresso, enquanto diversidade cultural e humana. Lá podemos conhecer sul-americanos, centro-americanos, árabes, asiáticos, todos em um mesmo espaço, isso é fantástico para quem gosta de compartilhar.
O que menos me chamou a atenção, e trouxe receios, foi a possibilidade concreta de atos de intolerância, visto que vivenciamos tempos de polarização política e guerras no mundo inteiro, e não sabemos onde irá ocorrer o próximo episódio de intolerância.
TB: - Quantos estados vocês visitaram e qual cidade que mais despertou atenção?
Perdigão: Fizemos toda a costa do Golfo do México, saindo de Austin, no Texas, Nova Orleans, na Louisiana, Miami e Orlando, na Flórida, Atlanta, na Geórgia, Memphis, no Tennessee, Tupelo, no Mississipi, Arkansas, e finalizamos em Dallas e Amarillo (Texas) e Santa Fé, no Novo México. Nesse roteiro passamos por algumas dezenas de cidades menores não menos interessantes.
A cidade de Atlanta, sede das Olimpíadas de 1996, é um grande atrativo. Pudemos conhecer o grandioso aquário da Geórgia, o Museu de Martin Luther King e o Museu da Coca-cola, além de seus parques estaduais de camping que são uma atração à parte.
TB: - No esporte, na culinária e teatro, vocês curtiram o quê?
Perdigão: Sobre esportes não tivemos a oportunidade de acompanhar, até mesmo porque não era o foco da viagem.
De igual forma não fomos ao teatro, mas podemos aproveitar bem as oportunidades de conhecer da história através dos museus como o de Martin Luther King e da Coca-cola, em Atlanta; da NASA, em Houston, Texas; e Cabo Canaveral, na Flórida.
Este último funciona no Space Kennedy Center, ao lado da Base Militar de Lançamento de Foguetes, a qual o acesso é restrito por se tratar de área de segurança.
Conhecer os prédios oficiais também é uma atração muito interessante, como os Capitólios [Congresso, Assembleia] de cada estado, porque eles guardam muita beleza de arquitetura e história.
TB: Sobre a cultura?
Perdigão: Sobre Cultura
O estilo de vida americano é o da praticidade, então a onda lá é fast-food, até mesmo nas grandes redes de mercados como Walmart tudo já está disponível pronto para o consumo, seja carne, saladas ou frutas, sem falar na preferência deles pelos enlatados e embutidos.
Mas passamos maior tempo no Texas, onde a cultura do country é a mais forte de todos.
TB: Sobre as autoestradas?
Perdigão: Fizemos a maior parte das viagens de carro próprio, o que nos permitiu explorar melhor os lugares desejados, muitas vezes acampando e pernoitando em praias ou parks de camping, que são um ótima opção para quem quer f**ar mais em contato com a natureza.
Entretanto, houve trechos que também fizemos de avião, como de Orlando para Austin, e também de trem, de Miami para Orlando, no Brigtline, que recomendo por ser uma experiência muito legal.
Para aqueles que escolherem pegar no volante, não se preocupem porque as estradas nos EUA são maravilhosas, muito amplas, bem conservadas e sinalizadas. Eu diria que chegam a ser até como um passeio em um jardim quando vocês estiver no Texas e na Flórida, de tantas paisagens coloridas de flores, palmeiras e pinheiros a sumir de vista, um verdadeiro espetáculo da natureza com a ajuda humana.
TB: Para alguém interessado em visitar os EUA como turista durante um mês, é preciso investir quanto em dólares?
Perdigão: Certamente que uma viagem para os EUA nos dias de hoje não f**a barato para nós brasileiros. A considerar que temos um câmbio variando 5,5 vezes, em média a menos entre o real e o dólar;
Mas vamos lá: Tudo começa com os trâmites de documentação, passaporte e visto americano, cuja entrevista é presencial e deve ser feita apenas em cidades onde há representação consular, a nossa ocorreu em Brasília;
Então inclua taxa de passaporte brasileiro, de visto americano e mais custo de viagem para a entrevista;
Vencida esta etapa, vamos para a viagem que inclui passagens aéreas internacionais, ida e volta, reserva de hotel para o destino escolhido e depois um Airbnb para o local onde escolher f**ar por mais tempo;
Os valores variam bastante porque será de acordo com o destino escolhido, período de alta ou baixa-temporada, e também o estilo de turismo que você escolher;
Nós fizemos um mix entre hotéis e também campings, que nos permitiu aproveitar cidades grandes com a facilidade de um serviço de quarto, mas intercalado com dias de acampamento, onde convivíamos com pessoas, vizinhas simpáticas e seus pets, que preferem levar a vida na estrada, como nós também sonhamos fazer um dia.
TB: - Valeu a pena a viagem? Daria pra escrever um livro?
Perdigão: A narrativa para o livro já está bem iniciada por tudo o que vivemos nestes últimos seis meses, mas decerto que pretendemos viver as novas experiências para os próximos capítulos que estão previstas para 2026, também nos EUA.
TB: Quando retornam a Barra do Corda?
Perdigão Júnior: Previsão de retorno até o dia 20 deste mês de setembro.
Sobre o casal:
Idaspe Perdigão Freire Júnior é Cirurgião-Dentista, e Evanda de Sousa Freire é Enfermeira, moram em Barra do Corda (MA).
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