
18/09/2025
HOJE NA HISTÓRIA DO CRISTIANISMO PROTESTANTE
(18 de setembro de 1905)
Morte de George MacDonald (1824–1905), clérigo escocês protestante, é considerado o “pai” da literatura fantástica moderna.
Antes de Tolkien ou C.S. Lewis encantarem gerações com mundos imaginários, foi MacDonald quem abriu os caminhos, mostrando como a fantasia poderia ser mais do que mero entretenimento — poderia ser portadora de verdade, beleza e profundidade espiritual.
Seu legado ecoa poderosamente. C.S. Lewis confessou que nenhuma obra o tocou tanto quanto Phantastes (1858), chamando-a de um “batismo da imaginação”.
Tolkien, por sua vez, reconheceu em MacDonald um mestre que demonstrou como mitos e contos de fadas podiam transmitir realidades eternas.
G.K. Chesterton disse que a obra de MacDonald “batizou” sua infância, e Lewis Carroll encontrou nele uma inspiração para suas próprias explorações no fantástico.
Até vozes fora do círculo cristão, como Mark Twain, sentiram indiretamente sua influência.
Sua escrita não separava imaginação e fé. Para MacDonald, a fantasia era uma linguagem capaz de tocar o coração e a mente, comunicando verdades que muitas vezes o discurso direto não alcança. Ele afirmava que as histórias abriam portas para a alma reconhecer o eterno — sem alegorias simplistas, mas com símbolos que respiravam vida.
Entre suas obras marcantes estão Phantastes, Lilith e contos de fadas cristãos que uniam simplicidade e profundidade. MacDonald também pregava e escrevia sermões, sempre insistindo que a imaginação, longe de ser inimiga da fé, era uma dádiva de Deus para conduzir à Verdade.
Sua influência formou o coração e a pena dos Inklings e além deles, plantando sementes que floresceram em algumas das maiores obras do século XX. A literatura fantástica que hoje povoa nossa cultura deve muito ao clérigo escocês que ousou unir fé e imaginação, proclamando que toda verdadeira fantasia aponta para a realidade última: Cristo.