15/10/2025
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) concluiu o inquérito sobre a morte da médica veterinária Nathália Garnica, de 42 anos, e indiciou a mãe dela, Elizabete Arrabaça, de 68, como a autora do crime.A causa da morte foi envenenamento por chumbinho, substância ilegalmente utilizada para matar ratos. O caso aconteceu no dia 9 de fevereiro deste ano, mas só passou a ser investigado após a morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, cunhada de Nathália e nora de Elizabete.Elizabete está presa é a acusada por envolvimento na morte da nora. Segundo o Ministério Público, ela e o filho, o médico Luiz Antônio Garnica, marido de Larissa, agiram juntos no assassinato da professora.Garnica não chegou a ser investigado pela morte da irmã e nega participação no homicídio da esposa.Nesta quarta-feira (15), o delegado Fernando Bravo informou que vai submeter o inquérito policial ao Ministério Público.À CBN Ribeirão, ele disse que durante a investigação ficou comprovado que Elizabete agiu sozinha na morte da filha."Nós investigamos a família, investigamos todas as partes envolvidas e não ficou comprovado que alguém tivesse participação nesse crime. Sempre houve a negativa da Elizabete, mas os autos provaram que ela foi a autora e que a Nathália foi envenenada".Segundo o delegado, a motivação do crime também foi financeira, assim como apontam as investigações para a morte de Larissa.Ao g1, o advogado de defesa dela, Bruno Correa, informou que aguarda a análise do inteiro teor da investigação pelo Ministério Público."Do ponto de vista da defesa, embora se trate de uma investigação complexa, necessário lembrar que durante as investigações policiais não existe o contraditório, ou seja, investigado e defesa técnica não apresentam defesa, só prestam esclarecimentos, pois não é o momento processual adequado para tal. Neste momento a defesa técnica aguarda a análise do inteiro teor da investigação pelo Ministério Público de Pontal, seja em razão da representação pelo pedido de prisão preventiva, como também, de eventual nova denúncia contra Elizabete, para decidir pelos próximos passos do trabalho da defesa".Além destes dois inquéritos, a polícia também investiga a participação de Elizabete em outros casos de homicídio e tentativa de homicídio.Morte de Nathália GarnicaNathália Garnica morreu aos 42 anos, no dia 9 de fevereiro deste ano, em Pontal (SP), onde morava. Um dia antes, Elizabete Arrabaça esteve com a filha na casa dela. À época, o boletim de ocorrência chegou a ser registrado como morte natural.Quando as investigações sobre a morte da cunhada, Larissa Rodrigues, começaram, um laudo toxicológico apontou que a professora tinha sido envenenada com chumbinho. Elizabete e Luiz Antônio Garnica, irmão de Nathália, foram presos no dia 6 de maio, por suspeita de participação na morte de Larissa.Como o intervalo de tempo entre os dois casos era curto, a polícia passou a investigar também a morte de Nathália. No dia 23 de maio, o corpo dela foi exumado para ser analisado. No dia 17 de junho, o laudo toxicológico confirmou que Nathália também tinha morrido envenenada por chumbinho.Por conta da similaridade dos casos e também por ter sido a última pessoa a estar com as duas vítimas, Elizabete, que já era investigada pela morte da nora, Larissa, passou a ser investigada pela morte da filha, Nathália.
Fonte: g1
Nathália Garnica, Elizabete Arrabaça, Ribeirão Preto, SP — Foto: Reprodução/g1