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Sobre História da Alimentação, receitas e sabores do mundo Sou Machadiana de coração e apaixonada por Orgulho e Preconceito de Jane Austen.

Sou historiadora da Alimentação, mãe da Marji, professora apaixonada por histórias e cozinheira amadora com uma paixão imensa pelo mundo da cozinha. Sou uma eterna aluna da vida, adoro viajar, aprender, sou ansiosa e perfeccionista dada minha condição de geminiana. Adoro compratilhar o que eu aprendo e faço pra ser lida, sentida e degustada. Então, aproveita pra conhecer e aprender mais sobre História da Alimentação e Gastronomia.

E ontem foi dia do Dqsecome na COP30! E que painel maravilhoso no Banzeiro da Esperança: "Sabores que preservam: a cultu...
12/11/2025

E ontem foi dia do Dqsecome na COP30!

E que painel maravilhoso no Banzeiro da Esperança: "Sabores que preservam: a cultura alimentar amazônica como estratégia de bioeconomia". Uma atividade promovida pelo maniua e  caminhodamata.
Um debate rico, robusto e muito necessário.

Agradeço ao e Camila Lisboa do
Foi fantástico ouvir sobre a experiência do Léo a frente do Maniu e dos usos dos inusmos à partir da bioeconomia, Léo está fazendo um trabalho exemplar de valorização dos insumos e cultura alimentar paraense.
E do Quilombo Tipitinga, que preservam e mantém viva através do trabalho na sua comunidade os alimentos amazônicos como farinha d'água, farinha de tapioca, farinha com coco e a produção de licores, como vinho de açaí.

Conhecer o trabalho do Caminho da Mata e ver como a Camile Lisboa tem gestado com tanto empenho sobre a riqueza amazônica é realmente lindo.

E poder falar e compartilhar as minhas pesquisas em História da Alimentação na Amazônia, levando a academia literalmente ao barco. Foi tão maravilhoso para mim, que busco através deste canal produzir a democratização do conhecimento acadêmico.

E que público lindo esteve lá. E que debate potente tivemos falando e ouvindo, sobre nosso território, nossas raízes e nossa história.

Agradeço ao Léo pelo convite e oportunidade de partilhar deste momento. Eu saí de lá feliz e renovada! É sobre isso!!!!

10/11/2025

É realmente muito difícil listar apenas 7 comidas para provar em Belém,  mas, se você não tem muito tempo eu vou dar a dica que dou para amigos. 🍃

“Se você vem pra Belém… venha com fome!” 😋

🥣 Tacacá, 🌿 “Maniçoba, 🐟 “Filhote e pirarucu, 🍌 “Farinha d’água com banana e açaí, 🍇 “Açaí, 🍧 “E pra fechar, sorvete de cupuaçu, açaí, tapioca ou taperebá, e os  refrescos da floresta de bacuri, cacau ou taperebá.

✨ “Belém não é só para ver. É para provar, sentir e se apaixonar.”💚

📚✍️🏽 Referências.
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📽 Acervo pessoal da autora.

É justo e legítimo que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas seja realizada  no Pará. Lugar em qu...
07/11/2025

É justo e legítimo que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas seja realizada no Pará.

Lugar em que a relação om o território e a floresta se mantém vivos.
Lugar em que ancestralidade é vista/sentida no cotidiano de cada paraense, de povos originários, de ribeirinhos, de caboclos e de comunidades quilombolas.

06/11/2025

E você conhece o ariá?
Uma das delícias que tem gosto de infância,  de casa de vó e de família grande. O ariá é de consumo/cultivo ancestral por povos indígenas, ribeirinhas e caboclas. Em algumas feiras e mercados da capital e do interior é possível encontrar o Ariá, sendo vendido, em certas épocas do ano. Segundo A. J. Sampaio:"Ariá (Amaz.) marantacea, rizomas feculentas, comestíveis depois de cozidos" (1) E ainda, segundo o site slowfoodbrasil o " O ariá (Calathea allouia) é uma planta de folhagem densa e raízes tuberosas, como pequenas batatas, que podem ser consumidas como importante fonte proteica, pois possui altos níveis de aminoácidos essenciais em sua composição. Essas batatas são o principal produto para consumo, possuindo tamanho variado, em média de 10 cm, e de cor clara, variando do branco ao amarelo claro". (2) É muito saboroso e permite varios usos na culinária, por exemplo, em saladas.
💬 E você conhece o ariá? Me conta!

📚✍️🏽 Referências.
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📽 Sidiana Macêdo. Belém, 2025.
(1)A.J. SAMPAIO, A Alimentação Sertaneja e do interior da Amazônia. Companhia Editora Nacional. Rio de Janeiro, 1944, p. 284.
(2)Ariá. Arca do Gosto // Hortaliças e conservas vegetais. In:
https://slowfoodbrasil.org/arca_do_gosto/aria/

05/11/2025

Sabe quando você chegava na Mercearia ou supermercado de bairro e os produtos estavam todos com as etiquetas de preço? E que após a compra você recebia seu cupom? Você já parou para pensar que essas práticas tão comuns [para nós, na atualidade], já foi uma novidade e já representou a modernidade? Pois é, no caso de Belém essas mudanças começaram a ser sentidas nos anis 50, fo século XX.  Em 1956, a Mercearia Auto-Servico Guemba, localizada na Avenida Alcindo Cacela, n°685, trazia algo inédito a cidade de Belém: "acesso direto do cliente às prateleiras, onde todos os produtos tinham etiquetas com seus respectivos preços, e os cereais já estavam ensacados. Depois de servir, o cliente pagava a compra na saída, podendo checar a exatidão da fatura no comprovante impresso que lhe seria entregue. E havia ainda ótimo lugar para estacionamento de carros".(1)
Naquele momento começava em Belém a história dos supermercados. Segundo nos aponta Pinto era o início do processo de "substituição das antigas Mercearias" em Belém. A presença das gôndolas e/ou prateleiras também uma novidade para a época. Imaginem que a novidade era dar um passeio no supermercado, literalmente. É importante dizer que a "substituição" a que Pinto se refere não aconteceu por completo. As tabernas e Mercearias continuam ainda hoje como locais de resistência, de abastecimento, de relações entre moradores nos bairros da cidade de Belém.
Mas, aquela época a Merdearia Guemba inovaca ao trazer práticas comerciais inéditas. Até um estacionamento tinha disponível. Um prenúncio dos supermercados? Acredito que sim e mais do que isso, uma remodelação das Mercearias para não terem fim certo.
Essa é parte da História da alimentação de Belém e comércio do Pará. 🫖
💭✍🏽E você sabe qual foi o mais antigo supermercado da sua cidade? 💬
Referências.
📸 Criação à partir de Canva IA.
(1) Pinto, Lúcio Flávio. Álbum de Memória. Belém: Edição do autor, setembro de 2014. p. 80.

E povos originários? Consumiam doces? Um dos pontos de análise  no nosso curso on-line "Doçaria Paraense" é entender com...
04/11/2025

E povos originários? Consumiam doces?
Um dos pontos de análise  no nosso curso on-line "Doçaria Paraense" é entender como historicamente povos originários na Amazônia faziam uso de doces. Na fotografia, indígena "tirando mel de abelhas que nidificam no subsolo".(1)

✍️🏼Se você [pesquisador(a), confeiteiro(a) cozinheiro(a) e estudioso(a) tem interesse em conhecer mais sobre a História e formação da Doçaria Paraense vem estudar comigo no curso livre "Doçaria Paraense". 👇🏼

💻📱Curso livre e on-line: Doçaria Paraense.
🗓Quando: 25, 26 e 28 de Novembro.
⏰️ Horário: 19:30h às 21:30.

🛎 Corre que as vagas são limitadas.

📍O link para inscrição com todas informações encontra-se disponível na bio.

🍽 Historicamente,  como é formada a Doçaria Paraense?
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📸(1) Indígena "tirando mel de abelhas que nidificam no subsolo". In: Panorama da Alimentação Indígena Comidas, Bebidas & Tóxicos na Amazônia Brasileira. Nunes Pereira. Editora Livraria São José. Rio de Janeiro, 1974. Museu do índio, Paulo F. Cavalcanti, Lourival P. Salgado, Libero Luxardo, João Américo Peret e retiradas do arquivo do autor.

02/11/2025

Domingos à Mesa!!!

Um convite a reflexão sobre práticas alimentares e a História da Alimentação e Gastronomia Paraense.

A rosquinha de tapioca, era/é parte da Doçaria tradicional Paraense. Quitute, geralmente elaborado pelas mãos das famosa...
30/10/2025

A rosquinha de tapioca, era/é parte da Doçaria tradicional Paraense. Quitute, geralmente elaborado pelas mãos das famosas tacacazeiras da cidade de Belém, que além do tacacá, faziam doces e bolos que davam água na boca de quem nas tarde chuvosas ou não saiam de suas casas para "tomar seu tacacá" [E que nunca era somente um tacacá] Leandro Tocantins nos fala sobre as famosas rosquinhas de tapioca que "(...) em forma de rosa, é feito de farinha de tapioca, leite, manteiga, ovos, um pouquinho de sal, uma pitada de erva-doce,  e vai ao forno em tabuleiros untado de manteiga, até dourar. Uma gulodice!".(1) É um gulodice maravilhosa mesmo...e acompanhada de uma xícara de café fumegante, hummm de "encher" a alma de alegria.

Mas, você sabe qual a origem da rosquinha de tapioca?

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🍽 Historicamente,  como é formada a Doçaria Paraense?
📚✍🏽 Referências.
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📽 Sidiana Macêdo. Rosquinhas de tapioca. Belém,  julho de 2023.
(1)TOCANTINS, Leandro. Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Belo Horizonte: Itatiaia, 1987, p, 308.

Alfredo Oliveira, em suas memórias, lembrava saudoso de um dos seus prazeres gastronômicos, nos anos 50, do século XX: "...
29/10/2025

Alfredo Oliveira, em suas memórias, lembrava saudoso de um dos seus prazeres gastronômicos, nos anos 50, do século XX: "o bife a cavalo do Plaza".(1) O prato que consiste num bife ou filé com um ovo frito por cima é desejo gastronômico de crianças e adultos.
É também um prato atemporal. Mas, você já se perguntou a origem do nome?
Bem, segundo matéria do site UOL, o nome "(...) O nome engraçado é por conta do formato do ovo: para os antigos, ele lembrava uma sela de montaria em cima de um cavalo. Há quem diga que o apelido era, também, pela velocidade com o qual o prato poderia ser preparado e servido".(2) O bife a cavalo tem origem europeia, estudos apontam que seria originário da Inglaterra, mas, que se popularizou na França como "œuf à cheval";  O Bife a cavalo também aparece em Uma Blusa no Cais de Reginaldo Guimarães: "Ó gente boa! Estou onça,  quero um bife a cavalo".(3) O bife a cavalo, chega ao Brasil por influência portuguesa e se mantém como prato principal em vários restaurantes. Em Belém, dos restaurantes mais finos aos tidos como mais módicos o bife a cavalo sempre foi uma opção saborosa.
📚✍️🏽Referências.
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(1)OLIVEIRA, Alfredo Carlos Cunha de. Conflitos e sonhos de um aprendiz: memórias. Belém: [s.n.t.], 2015. p, 140.
(2) Do bife a cavalo ao bauru, veja as histórias por trás dos nomes de pratos Do UOL, em São Paulo 05/10/2016 18h21... - Veja mais: https://www.uol.com.br/nossa/cozinha/listas/do-bife-a-cavalo-ao-bauru-veja-as-historias-por-tras-dos-nomes-de-pratos.htm
(3) Apud: in: Cláudio Fornari. Dicionário-Almanaque de comes & bebes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. p, 57.

Belém, em outros tempos, contava com um serviço de restaurante popular do antigo SAPS, um programa do governo de assistê...
28/10/2025

Belém, em outros tempos, contava com um serviço de restaurante popular do antigo SAPS, um programa do governo de assistência, em1952, por exemplo, o restaurante funcionava das 11:30 às 14:30 todos os dias. No texto de hoje eu trago mais um cardápio servido no restaurante do SAPS e uma informação extra importante. Bem, corria o dia 13 de março, de 1952, quando o cardápio do restaurante SAPS restaurante popular,  era "Silveirinha de carne, feijão, arroz, leite, pão, goiabada e café. A refeição no local custava 5 cruzeiros. Mas, havia a opção de marmita, que saia por Cr$ 6,00", o referido restaurante funcionava aquela época na "praça Magalhães (ou Largo do Reduto) com a rua Municipalidade". (1) Mas, o interessante de observar também sobre a política de assistência do SAPS, nos anos de 1960 que passou a incluir  postos de venda de mercadorias de cesta básica para a população. Assim, "oito postos de venda de mercadorias no Pará, um em Marituba e sete em Belém: na Praça Magalhães (onde também ficava o restaurante popular), na Pedreira, no Telégrafo, nos mercados da Cremação, Jurunas e São Braz, e em Icoaraci". Neste postos, vendiam-se "cebola, "feijão do sul", azeite de oliveira Joanito,  arroz, charque,  batata Bombril,  açúcar, aveia Genser e sabão  pintado".(2) A partir destes itens podemos observar a preocupação em oferecer alimentos tidos de primeira necessidade como cebola, feijão, batata, açúcar e itens de limpeza como sabão e bombril para um público de orçamento mais modesto. E você sabia desta função do SAPS?
📚✍️🏽Referências.
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(1)(2)Pinto, Lúcio Flávio. Álbum  da Memória. Belém, edição do autor, setembro de  2014. p, 28; 125.

Endereço

Belém, PA

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