Amazônia Latitude

Amazônia Latitude Revista científica que contribui para a ampliação do debate crítico sobre a Amazônia

Leonard Peltier voltou para casa. Após quase 50 anos atrás das grades, sob acusação de matar dois agentes do FBI em 1975...
29/09/2025

Leonard Peltier voltou para casa.

Após quase 50 anos atrás das grades, sob acusação de matar dois agentes do FBI em 1975, ele cumpre agora prisão domiciliar, junto à sua família e seu povo.

A história de Peltier é mais do que um caso judicial. É o reflexo de décadas de uma política estatal que buscou o apagamento das comunidades indígenas por meio da realocação forçada e da terminação. Ele se tornou um “guerreiro do povo” no Movimento Indígena Americano (AIM), resistindo ao projeto de destruição cultural imposto pelo Estado.

A escolha de Peltier como culpado o transformou em símbolo da luta pela sobrevivência indígena. Sua liberdade parcial é uma conquista, mas também um lembrete de que a resistência ainda é necessária para garantir direitos e justiça.

📲 Leia a coluna de Thaddeus Blanchette pelo link na bio: https://x.gd/hg3kK

📸 Shane Balkowitsch/Wikimedia Commons; Karpov; Powwow Times; Associated Press/Mille Lacs Indian Museum via Instagram.

Sete livros repletos de memória, resistência, imaginação e poesia. ✊🏾Nesta seleção, autores indígenas convidam o leitor ...
27/09/2025

Sete livros repletos de memória, resistência, imaginação e poesia. ✊🏾

Nesta seleção, autores indígenas convidam o leitor a mergulhar em histórias que nascem da tradição oral, das lutas de seus povos e da relação profunda com a terra.

São obras que transitam entre contos, poemas, reportagens e narrativas infantojuvenis, revelando diferentes formas de pensar, sentir e viver o mundo.

Qual desses você vai começar neste fim de semana? 📚

26/09/2025

A prisão de Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe não encerra a história do bolsonarismo.

Geografias do Bolsonarismo, de Bruno Malheiro, mostra que o fenômeno tem raízes mais profundas. Ele se sustenta em três frentes que se espalham pelo território: a expansão das commodities, o negacionismo e a fé evangélica empresarial. Juntas, essas forças moldam comportamentos, crenças e modos de vida que alimentam uma racionalidade autoritária.

Entender essa engrenagem é fundamental para impedir que ela se reinvente.

Para compreender a estrutura da máquina bolsonarista, acesse a versão digital de Geografias do Bolsonarismo, disponível gratuitamente em nosso site.

📲 Faça o download grátis pelo link: https://x.gd/ahAYF

Belém recebe quase 90 mil turistas no Círio de Nazaré. Ainda assim, acomodar 50 mil pessoas na COP 30 é um desafio. Embo...
24/09/2025

Belém recebe quase 90 mil turistas no Círio de Nazaré. Ainda assim, acomodar 50 mil pessoas na COP 30 é um desafio.

Embora a cidade conte com 53 mil leitos entre hotéis, Airbnb, residências e até navios ancorados, a diferença está na natureza do público: turistas do Círio geralmente têm familiares ou amigos na cidade, enquanto os participantes da COP vêm de 140 países, buscando hospedagem individual e organizada, o que exige soluções específicas.

Para atender a esse público diversificado, iniciativas comunitárias e solidárias surgem como alternativas. Igrejas e moradores oferecem hospedagem gratuita, criando redes de acolhimento que vão além da questão financeira, fortalecendo laços e facilitando a participação de pessoas e movimentos sociais na Conferência.

A experiência mostra como a hospitalidade e a solidariedade podem ser parte da resposta da Amazônia à crise climática, conectando visitantes e comunidades locais.

📲 Leia a reportagem completa pelo link na bio: https://x.gd/3iBiP

📸 Marcelo Souza, Rogério Uchôa e Bruno Cruz / Agência Pará.

Na seca que atinge o Médio Rio Solimões, famílias ribeirinhas enfrentam um cenário crítico: calor intenso, escassez de p...
22/09/2025

Na seca que atinge o Médio Rio Solimões, famílias ribeirinhas enfrentam um cenário crítico: calor intenso, escassez de peixes e a luta diária para garantir alimentos básicos.

Essa crise se agrava com a chamada “transição alimentar”, um processo que se acelerou a partir dos anos 1990 com a chegada de programas de transferência de renda. Embora tenham ampliado o poder de compra, esses programas trouxeram um fluxo de alimentos ultraprocessados. Agora, arroz, feijão e farinha competem com refrigerantes, biscoitos e macarrão instantâneo, minando as práticas tradicionais de pesca, caça e agricultura.

A sazonalidade do rio determina a sobrevivência: a cheia aumenta a dependência de supermercados, enquanto a seca encarece o transporte e intensifica a insegurança alimentar.

Esse cenário tem um impacto profundo na saúde, no ambiente e nos modos de vida locais. Diante disso, é urgente a criação de políticas públicas que valorizem os saberes tradicionais e promovam sistemas alimentares mais justos e sustentáveis na região.

📲 Leia o artigo completo: https://x.gd/Ks3pq

📸 Antônio Caldas/Amazônia Latitude; Aleksandar Pasaric; Daiane da Rosa.

“Grrr… que os grileiros não tomem esturro por miado, mesmo eu estando em desvantagem, fraca, faminta e frágil…” 🐆A narra...
19/09/2025

“Grrr… que os grileiros não tomem esturro por miado, mesmo eu estando em desvantagem, fraca, faminta e frágil…” 🐆

A narradora-onça do conto de Sandra Godinho atravessa a mata devastada enquanto carrega no corpo a fome, a perda e a raiva.

A voz animal é, ao mesmo tempo, denúncia e metáfora: a floresta saqueada, os rios morrendo e a violência dos homens transformam-se em feridas narradas com intensidade. A linguagem é pulsante, carregada de ritmo e imagens que entrelaçam lirismo e brutalidade, criando um clima de tensão permanente.

Ao fundir a perspectiva da onça à da própria terra, o conto mostra que a natureza não é passiva diante da exploração que desmorona carregando homens, casas e ilusões de progresso.

A fome da onça, a sede do rio e a revolta do solo se tornam uma mesma força vingadora.

📲 Leia o conto completo pelo link na bio: https://x.gd/g9IFM

📸 Maicol Albert / Revista Nómadas; Daniel Smith / Public Domain Pictures; João Carlos Medal / Wikimedia Commons; Edmar Barros / Amazônia Latitude.

Belém é o centro das atenções globais com a COP30. No entanto, longe dos palcos oficiais, a vida em Outeiro mostra outro...
17/09/2025

Belém é o centro das atenções globais com a COP30. No entanto, longe dos palcos oficiais, a vida em Outeiro mostra outro retrato da Amazônia.

Lá, moradores caminham diariamente entre poças e lama, improvisam reparos nas ruas e enfrentam a falta de saneamento básico, enquanto guindastes e tratores erguem o novo terminal portuário para receber transatlânticos de luxo.

Para a população da Ilha, a chegada da Conferência representa a ameaça de um desenvolvimento que atropela comunidades e apaga culturas ribeirinhas.

Nesta reportagem, você conhece as vozes locais que denunciam o abandono, apresentam alternativas sustentáveis e lembram que não existe justiça climática sem justiça social.

📲 Leia a reportagem completa pelo link na bio: https://x.gd/a4NHk

📸 Oswaldo Forte/Amazônia Latitude

O calor extremo marca a rotina de famílias imigrantes em Roraima, como a de David Malave, que deixou a Venezuela em busc...
15/09/2025

O calor extremo marca a rotina de famílias imigrantes em Roraima, como a de David Malave, que deixou a Venezuela em busca de sobrevivência e hoje enfrenta um segundo exílio sob temperaturas sufocantes.

Vivendo em barracos improvisados, sem ventilação ou saneamento, tentam driblar o sol na sombra de um caimbé ou molhando paredes de PVC, mas pouco adianta.

Crianças, gestantes e idosos sofrem ainda mais, e o sonho de uma casa de tijolos contrasta com a precariedade de quem trocou a fome na Venezuela por um cotidiano abrasador na fronteira amazônica.

A realidade da Vila Nova, onde vivem David, Maria Martinez e tantas outras famílias, expõe o racismo ambiental: os mais pobres, negros, indígenas e migrantes são os que mais sofrem os impactos da crise climática, sem acesso a políticas públicas ou às soluções da famosa (mas desconhecida) COP 30.

📲 Leia a reportagem completa: https://x.gd/Q9rgI

📸 Felipe Medeiros/Amazônia Latitude.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão por tentar dar um golpe de Estado.Mas os crimes que cometeu contra a Amazôni...
13/09/2025

Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão por tentar dar um golpe de Estado.

Mas os crimes que cometeu contra a Amazônia e os povos indígenas seguem sem julgamento.

Foram quatro anos de desmonte: ministérios sabotados, órgãos ambientais enfraquecidos, servidores perseguidos, garimpo e grilagem incentivados. O resultado é uma floresta mais devastada, rios envenenados e vidas de comunidades tradicionais destruídas.

Se a democracia conseguiu condená-lo, a natureza ainda aguarda justiça!

📸 Bruno Kelly/Amazônia Real; Bárbara do Nascimento Dias; Hugo Loss/Amazônia Latitude; Lula Marques/Agência Brasil; Marcos Colón/Amazônia Latitude;Joédson Alves/Agência Brasil.

O livro Utopias Amazônicas, organizado pelo professor Marcos Colón, reúne artigos de 18 especialistas de diferentes área...
12/09/2025

O livro Utopias Amazônicas, organizado pelo professor Marcos Colón, reúne artigos de 18 especialistas de diferentes áreas e países da região.

Em resenha, Jotabê Medeiros destaca que a obra, concebida em um dos períodos mais conturbados da democracia brasileira, vai além da conjuntura imediata e propõe uma “ecologia de ideias” para imaginar o futuro da Amazônia, reinterpretando a noção de utopia e apresentando a floresta como território sustentado pela ancestralidade e pela sabedoria de seus povos.

As análises percorrem narrativas míticas, questões culturais, políticas e econômicas, como bioeconomia e mercados de carbono.

Textos de autores como Renan Freitas Pinto, João de Jesus Paes Loureiro, Alberto Chirif e Aurélio Michiles ampliam o debate sobre utopias indígenas, riscos da exploração predatória e potência cultural da região.

📲 Leia a resenha completa: https://x.gd/TU638

📸 Ateliê Editorial; Lela Beltrão e Oswaldo Forte/Amazônia Latitude.

A COP30, que será realizada em 2025 em Belém, é considerada um espaço crucial de debate, mas ainda limitado. Pesquisador...
11/09/2025

A COP30, que será realizada em 2025 em Belém, é considerada um espaço crucial de debate, mas ainda limitado.

Pesquisadores alertam para a ausência de protagonismo dos povos indígenas, a repetição de discursos já conhecidos e a dificuldade de enfrentar as raízes da crise, ligadas ao modelo econômico e ao consumismo.

As análises convergem para a urgência de ações concretas.

O climatologista Carlos Nobre reforça que “a COP30 tem que acelerar demais, tem que ser a mais importante das COPs”, sob risco de a emergência climática tornar parte do planeta inabitável.

Já a professora Cíntia Cornelius aponta para o desafio de alcançar o desmatamento zero, enquanto a botânica Maria Gracimar Pacheco chama atenção para a responsabilidade do comportamento humano, e os pesquisadores indígenas Gildo Feitoza e Justino Sarmento Rezende defendem a valorização dos saberes tradicionais.

Em carta estratégica, cientistas da Amazônia cobraram mais investimentos, superação de entraves históricos e protagonismo das comunidades da floresta para que a Conferência vá além dos discursos.

📲 Reportagem completa pelo link na bio: https://x.gd/VfflY

📸 Acervo Pessoal; Lucas Lacaz/SECOM EBC.

A Sumaúma da Praça Santuário, testemunha de séculos da história de Belém, caiu em fevereiro de 2023.Com mais de 25 metro...
08/09/2025

A Sumaúma da Praça Santuário, testemunha de séculos da história de Belém, caiu em fevereiro de 2023.

Com mais de 25 metros de altura e estimados 200 anos de vida, a árvore foi registrada em uma pintura de 1867 já na fase adulta.

Apesar da perda, a história não terminou ali.

Moisés Larrat que, por acaso, recolheu sementes da Sumaúma meses antes da queda, transformou sua varanda em um berçário improvisado. Das cerca de 300 sementes, mais de 200 já foram plantadas em praças, parques e municípios vizinhos, levando vida e sombra a novos lugares.

Para Moisés, cada muda é uma herança, uma continuidade que ultrapassa gerações, um gesto simples que transformará a natureza e a cidade.

📲 Leia a reportagem completa pelo link na bio: https://x.gd/A6nKq

📸 Divulgação/Acervo UFPA/Centro de Memória da Amazônia; Acervo Pessoal; Elielson Almeida/Amazônia Latitude.

Endereço

Belém, PA

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Revista digital independente, produzida em colaboração por estudantes de pós-graduação, professores e pesquisadores de várias instituições do Brasil e do exterior. Situada no campo das humanidades ambientais, somos uma plataforma crítica, que cultiva uma leitura interdisciplinar da Amazônia em seus processos históricos, socioculturais e políticos, com o propósito de examinar e demonstrar o desenvolvimento de uma violência lenta sobre as culturas e territórios da região.