16/07/2025
O que parecia um simples cuidado estético virou um drama na vida da aposentada Marise Teixeira de Araújo Amorim, de sessenta e seis anos, moradora de Goiânia. Após fazer as unhas em um salão novo, ela desenvolveu uma infecção grave no polegar direito, passou por quatro cirurgias e ainda lida com limitações na mobilidade da mão.
Marise, que sempre gostou de manter as unhas bem cuidadas, nunca imaginou que aquele dia de fevereiro se transformaria em um pesadelo. Poucas horas após o atendimento, começou a sentir uma dor intensa no dedo. A manicure usou instrumentos próprios do salão e acabou causando um pequeno ferimento ao lixar a unha, mesmo sem remover a cutícula. A dor piorou rapidamente, e, já no dia seguinte, ela procurou ajuda médica.
Corrida contra o tempo para salvar o dedo
Mesmo com o uso de antibióticos e anti-inflamatórios, a situação se agravou. O dedo inchava cada vez mais, e a dor era tão intensa que quase provocou um desmaio. Após consulta com um angiologista, a urgência de uma cirurgia ficou clara. Cinco dias depois de fazer as unhas, Marise já estava no centro cirúrgico.
A primeira operação retirou o tecido infeccionado. Desde então, três outras cirurgias foram realizadas, com enxerto de pele retirado do dedão do pé para recompor a área afetada. A quinta cirurgia, agora de caráter reparador, está agendada para agosto.
Ela também já enfrentou mais de setenta sessões de fisioterapia, e ainda luta para recuperar funções básicas, como segurar objetos ou escrever. A dor e o inchaço persistem, e a sensibilidade do dedo ainda não voltou completamente.
A ameaça invisível nos salões
O médico Frederico Faleiro, especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, que acompanha o caso, explica que Marise sofreu de paroníquia, uma infecção comum nas unhas, mas que pode evoluir para um quadro grave.
Segundo ele, o uso de instrumentos mal esterilizados rompe a barreira protetora da pele, permitindo que bactérias invadam a região interna do dedo, o que pode levar à necrose e, em casos extremos, à amputação.
“Infelizmente, esses casos acontecem mais do que se imagina. A maioria das pessoas não tem noção dos riscos de uma cutícula mal manipulada ou de instrumentos compartilhados. A prevenção é sempre o melhor caminho”, alerta o especialista.
Como se prevenir?
Use instrumentos próprios para manicure e pedicure.
Evite procedimentos agressivos, principalmente se você for diabético ou imunossuprimido.
Mantenha as mãos sempre limpas e secas.
Prefira salões que sigam regras de biossegurança e higiene.
Ao menor sinal de dor, vermelhidão ou inchaço após um procedimento, procure atendimento médico imediatamente.
Uma nova rotina com limitações
Para Marise, o episódio mudou completamente sua rotina. O polegar direito ainda não realiza o movimento de pinça e tarefas simples, como segurar uma caneta, exigem esforço e paciência. Apesar disso, ela se sente grata por não ter perdido o dedo.
“Foi um susto. Algo que parecia tão banal me levou a um hospital. A gente nunca acha que uma ida ao salão pode terminar em cirurgia. F**a aqui o meu alerta: cuidem bem da saúde das mãos e exijam higiene sempre”, desabafa.
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📌 Crédito: Bruno Bucis – Metrópoles