Paulo Silvestre - consultor de mídia,cultura e transformação digital

Paulo Silvestre - consultor de mídia,cultura e transformação digital Jornalismo, educação, tecnologia e as combinações disso tudo Foi gerente de produtos digitais na Editora Abril e no Estadão.

Paulo Silvestre é consultor e palestrante de mídia, transformação e cultura digital. É professor de cursos de pós-graduação da PUC de São Paulo, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, da ESPM, da Universidade Metodista de São Paulo e da Digital House. Jornalista apaixonado por tecnologia, está online desde 1987 e trabalha com jornalismo digital desde 1995, quando criou o primeiro site da Folha d

e S.Paulo na Internet. Possui extensa e refinada experiência executiva, tendo integrado o grupo pioneiro do UOL (Universo Online), e ajudado a trazer a AOL (America Online) ao Brasil em 1999, onde foi gerente de produtos. Criou e dirigiu a unidade de negócios de conteúdo didático digital da Editora Saraiva, participou da criação de aplicativos editoriais da Microsoft Brasil e foi gerente de e-commerce da Samsung. Em dezembro de 2016, foi eleito um dos brasileiros mais influentes no LinkedIn, pelo prêmio LinkedIn Top Voices. Nessa rede, já possui mais de 780 mil seguidores, sendo um dos brasileiros com mais “fãs” na plataforma.
É jornalista pela Universidade Metodista de São Paulo e mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP. Possui MBA em Gestão de Negócios pela Fundação Instituto de Administração. Site: paulosilvestre.com.br
Perfil online: linkedin.com/in/paulosilvestre
Currículo Lattes: lattes.cnpq.br/7183025347358813

28/07/2025

Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Por que os EUA afrouxaram a ética da inteligência artificial para vencer a China?

O plano de IA americano, divulgado na quarta passada, merece atenção. Apesar dos grandes avanços da China, os EUA ainda lideram nessa tecnologia. Assim, suas ações influenciam a IA no mundo. Além disso, mecanismos da proposta podem impedir o Brasil de acessar tecnologias de ponta. Mas o que mais preocupa é a escolha de uma política de desenvolvimento irresponsável e perigosa.

A nova Guerra Fria acontece em torno da inteligência artificial. No anúncio do “Plano de Ação de IA dos EUA: Vencendo a Corrida”, Donald Trump não economizou palavras para deixar isso claro.

O documento se concentra em três pilares: acelerar a inovação em IA, construir infraestrutura americana, e liderar a diplomacia e segurança internacionais no setor. Eles atendem diretamente a demandas das big techs, que combatem ferozmente qualquer restrição a seus produtos, nos EUA e principalmente no exterior.

Essas regras vêm principalmente da Europa, mas também estão sendo criadas ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Por aqui, o Marco da IA, aprovado pelo Senado Federal e francamente inspirado na Lei da IA europeia, está sendo discutido na Câmara. Por lá, Trump revogou a ordem executiva do governo anterior, que previa uma avaliação de risco no desenvolvimento de IA, e ameaça retirar recursos de Estados com leis mais restritivas.

A nova diretriz manda às favas a prudência recomendada pelos maiores especialistas em IA do mundo. É um documento mais político que técnico, acenando aos eleitores radicais de Trump e às gigantes de tecnologia, essenciais para seus planos.

A IA não pode ser vista como apenas “mais uma tecnologia”. Sua evolução desafia os próprios desenvolvedores e pode facilmente ser usada para criar severos danos à humanidade. Ao tratá-la de forma política, esses riscos crescem exponencialmente.

Para entender melhor os impactos dessas medidas, convido você a ver esse meu vídeo. E depois diga: elas são mesmo necessárias?

Nós já nos acostumamos a verif**ar as tabelas nutricionais nas embalagens de alimentos para sabermos o que há naquilo qu...
26/07/2025

Nós já nos acostumamos a verif**ar as tabelas nutricionais nas embalagens de alimentos para sabermos o que há naquilo que vamos comer. Inspirada no sucesso desse formato, a Motorola Solutions lançou nesta semana os “rótulos nutricionais de inteligência artificial”, etiquetas em suas embalagens que buscam detalhar ao público como a IA é usada naquele produto.

A empresa aposta na transparência para desmistif**ar onde e como essa tecnologia é aplicada. Além de informar, os rótulos buscam ampliar a confiança na adoção da IA em setores sensíveis como segurança pública e operações críticas.

A ação se antecipa a legislações em debate em várias partes do mundo, inclusive no Brasil e na União Europeia, que buscam estabelecer obrigações éticas do uso da inteligência artificial. A proposta é interessante, e gostaria de ver algo assim se ampliando para todo o mercado, mas isso não pode se tornar uma ação de marketing, tampouco um artifício de “ethics washing”.

Para entender melhor como ela funciona, convido você a ler esse meu artigo. E depois diga se acha que isso pode ajudar a entender melhor como a IA impacta nossas vidas.



Nós já nos acostumamos a verif**ar as tabelas nutricionais nas embalagens de alimentos para sabermos o que há naquilo que vamos comer. Inspirada no sucesso desse formato, a Motorola Solutions lançou nesta semana os “rótulos nutricionais de inteligência artificial”, etiquetas em suas embala...

O mercado de streaming de vídeo, que explodiu durante a pandemia de Covid-19, continua crescendo e ajudando a enterrar a...
25/07/2025

O mercado de streaming de vídeo, que explodiu durante a pandemia de Covid-19, continua crescendo e ajudando a enterrar a TV por assinatura.

É de se perguntar por que ainda assinar esses antigos pacotes. Eles insistem em duas características muito rejeitadas pelo público: programas interrompidos por (longos) comerciais e uma grade de programação fixa. Hoje as pessoas querem a liberdade de assistir ao que quiserem, na hora e no dispositivo que quiserem, e sem interrupções.

É o que comprova o módulo Tecnologia da Informação e Comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2024, do IBGE, divulgado no dia 24. O estudo mostra que o streaming já está presente em 43,4% dos lares brasileiros com televisão, somando 32,7 milhões. Em contrapartida, a TV por assinatura segue em uma trajetória de declínio, presente em 24,3% das residências com TV. O aumento do primeiro e a queda do segundo são consistentes e observados em todas as regiões do país.

A mudança é estrutural, e não apenas uma questão de preferência tecnológica. Trata-se de uma reconfiguração de hábitos culturais, impulsionada também por uma busca por melhor custo-benefício.

O acesso ao streaming está diretamente ligado ao poder aquisitivo. O rendimento médio mensal per capita nos lares que possuem assinatura de streaming é de R$ 2.950. Já nos domicílios com TV por assinatura, esse valor sobe para R$ 3.903. Enquanto isso, nos lares sem nenhum tipo de serviço pago de vídeo, a renda média é de R$ 1.390.

A substituição de TVs de tubo (sim, elas ainda existem!) pelas de tela fina continua. Em um ano, essas últimas passaram de 68,5 milhões para 71,3 milhões, enquanto as de tubo caíram de 6,8 milhões para 5 milhões.

Estamos testemunhando o declínio de um modelo que, por décadas, dominou a forma como consumíamos entretenimento. A TV por assinatura não soube se reinventar diante das novas exigências do público e está sendo atropelada por uma concorrência mais ágil, personalizada e democrática.

E você, já trocou a TV por assinatura pelo streaming? Qual a sua plataforma preferida?

Você já deve estar cansado de ouvir que “a inteligência artificial não ocupará o lugar das pessoas; elas serão substituí...
24/07/2025

Você já deve estar cansado de ouvir que “a inteligência artificial não ocupará o lugar das pessoas; elas serão substituídas por aquelas que usam a IA”.

Bem, isso é uma meia-verdade.

Não aproveitar os recursos dessa tecnologia faz com que qualquer um perca posições na corrida da produtividade hoje. Mas a verdade dolorosa é que usá-la não garante automaticamente a vitória. E depois de dois anos e meio observando o impacto da IA em empresas e em carreiras, concluo que seu mau uso pode até mesmo piorar entregas profissionais e prejudicar o desenvolvimento dos indivíduos.

A raiz desse problema está no fato de que as pessoas não sabem até agora o que é a inteligência artificial, quais são suas vantagens e suas armadilhas. Usam todo seu poder como se fosse um buscador. E isso abre o caminho para muitos problemas.

Diante dessas observações como consultor e como pesquisador da PUC-SP, decidi organizar eventos para esclarecer esses maus usos, indicando boas práticas para diversos públicos. Na semana que vem, dia 1 de agosto, acontecerá mais um, e gostaria muito de contar com a sua presença.

Ele acontecerá no HackTown, o maior evento de criatividade e inovação da América Latina, conhecido como o “SXSW brasileiro”. O festival acontecerá na agradável Santa Rita de Sapucaí (MG), entre 31 de julho a 3 de agosto. É o segundo ano consecutivo em que palestrarei lá, o que me deixa muito feliz!

Apresentarei a minha palestra inédita “Nem oráculo, nem amante: como usar a IA de maneira produtiva, ética e segura na sua vida pessoal e profissional”. Ela acontecerá no dia 1 de agosto, às 10h, em um dos principais espaços do evento: o auditório Aureliano Chaves, no Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).

Se você já estiver inscrito no HackTown, anote na sua agenda! Se não estiver, ainda dá tempo! Vamos conversar pessoalmente.

E você, acha que está mais para dominar a IA ou ser dominado por ela? 😉

Você gosta de acelerar os vídeos a que assiste? Então leia este post com calma, pois ele deve lhe interessar muito.A prá...
24/07/2025

Você gosta de acelerar os vídeos a que assiste? Então leia este post com calma, pois ele deve lhe interessar muito.

A prática de assistir a vídeos reproduzidos em 1,5x, 2x ou mais se tornou um hábito comum, especialmente entre os mais jovens e profissionais que lidam com grandes volumes de informação. Mas isso pode ter um custo para o nosso cérebro.

Uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) investigou qual seria esse custo. Eles recrutaram 150 voluntários para assistirem a vídeos educativos em diferentes velocidades. Depois, testaram o quanto cada grupo havia retido do conteúdo.

O estudo concluiu que pessoas que assistiram aos vídeos em velocidades moderadamente aceleradas, como 1,5x ou 2x, conseguiram reter quase a mesma quantidade de informação que quem viu na velocidade normal. No entanto, quando o ritmo ultrapassava 2x, a compreensão despencava.

Os pesquisadores identif**aram também que, para pessoas com mais de 60 anos, a aceleração traz impactos muito maiores, com queda de 31% na compreensão já em velocidade 1,5x. O cérebro envelhecido precisa de mais tempo para processar estímulos rápidos, e forçá-lo pode prejudicar a aprendizagem.

Nosso cérebro tem uma capacidade de processamento limitada. Se um conteúdo for muito lento, podemos f**ar entediados e nossa mente divaga. Acelerar um pouco pode manter o cérebro mais focado. No entanto, em excesso, a velocidade sobrecarrega a nossa memória de trabalho, e a informação simplesmente se perde. É como tentar encher um copo com uma mangueira de incêndio.

A popularidade de acelerar vídeos vem do nosso estilo de vida atual. Queremos consumir mais conteúdo em menos tempo. Essa “produtividade” se impôs até mesmo ao entretenimento.

Vivemos pressionados pela escassez de tempo, mas também pela ansiedade de “não f**ar para trás”. A velocidade virou uma métrica de eficiência, inclusive no lazer. Só que isso tem um custo cognitivo e até emocional, que ainda estamos começando a entender.

E para você, quando vale a pena acelerar e quando a velocidade nos rouba a essência da aprendizagem?

Os recentes ataques de Donald Trump (foto) ao Brasil provocaram uma considerável união nacional contra as medidas, o pre...
23/07/2025

Os recentes ataques de Donald Trump (foto) ao Brasil provocaram uma considerável união nacional contra as medidas, o presidente americano e até os EUA. Além da violência intrínseca das medidas, a ameaça a conquistas brasileiras importantes e apreciadas, como a LGPD e principalmente o Pix, catalisaram esse sentimento.

Ironicamente, esse embate internacional pode nos ajudar a entender que precisamos resgatar a escuta de quem pensa diferente, sem ataques. E isso começa em cada um de nós. A polarização, que rachou a sociedade brasileira ao meio, só se sustenta se houver plateia para o confronto.

Nosso engajamento político, cultural e social deve sair do automático. A educação midiática precisa ser um projeto nacional. Sem isso, as tentativas de regulamentação podem parecer autoritárias para uma população que não entende por que isso importa.

O que ainda pode nos unir são valores compartilhados que sobrevivem à polarização, como o desejo de viver com dignidade, a rejeição à corrupção, o orgulho por inovações locais e o carinho por símbolos culturais. Paradoxalmente, as mesmas redes sociais que nos dividem podem reconstruir contatos. Mas isso exige que deixemos de ser meros usuários e passemos a ser cidadãos digitais conscientes.

A união nacional não virá “de cima”, de instituições, empresas ou governos, nacionais ou estrangeiros. Ela deve surgir de nós mesmos, quando soubermos olhar para o outro sem medo e sem ódio. E então poderá acontecer até ao defendermos juntos algo pontual, como o Pix, ou algo complexo, como a democracia.

Para entender melhor esses fatos e suas consequências, convido você a ler esse meu artigo: https://paulosilvestre.com.br/o-que-ainda-une-os-brasileiros-em-tempos-de-polarizacao-digital/

Depois deixe nos comentários suas percepções sobre os ataques de Trump e as reações dos brasileiros.

A soberania de qualquer país hoje exige que ele se posicione bem no meio digital. Em uma realidade globalizada pela próp...
22/07/2025

A soberania de qualquer país hoje exige que ele se posicione bem no meio digital. Em uma realidade globalizada pela própria virtualização, essa autonomia enreda profundamente usuários, empresas e governos. E, neste momento, o Brasil enfrenta interesses poderosos por sua soberania digital.

Ao contrário de todas as tecnologias anteriores, que atendiam passivamente as pessoas, as redes sociais e a inteligência artificial têm uma inédita capacidade de manipular as massas, um recurso incrível e assustador que permite às empresas que as criam se comportarem como Estados acima de leis nacionais, e os países onde estão suas sedes desequilibrarem a balança geopolítica.

O primeiro movimento de soberania digital brasileira foi a Lei da Informática, de 1984. Ela previa que, até 1992, somente empresas brasileiras poderiam fabricar, importar e comercializar bens de informática no país, para proteger nossa incipiente indústria tecnológica.

Mas as empresas brasileiras não inovaram. Muitas simplesmente copiavam projetos estrangeiros (foto), criando produtos ruins e caros. Isso atrapalhou a formação de profissionais e estimulou o contrabando. Governos estrangeiros, especialmente os EUA, reagiram com pressão diplomática e retaliação comercial.

Hoje o cenário se inverte. O que criamos aqui provoca ataques e alimenta campanhas difamatórias.

Os violentos ataques vêm ironicamente dos mesmos EUA. O presidente Donald Trump rotula o Pix de ameaça à economia do seu país. Criado pelo Banco Central, ele incomoda por ser público, gratuito e sem intermediação de empresas internacionais. Trump também acusa a LGPD de ser um entrave a esses conglomerados, e a tentativa de criar regras para as redes sociais como uma afronta à liberdade de expressão.

Mas o que está em jogo é a hegemonia de quem sempre dominou o jogo. A LGPD foi inspirada no GDPR europeu, referência global em proteção de dados. O Pix virou modelo para iniciativas semelhantes em dezenas de países. E as regulamentações das redes e da IA são essenciais quando algoritmos moldam eleições, discursos de ódio viram combustível político e desinformação mina democracias.

Pela primeira vez, um país do hemisfério sul deixa de ser consumidor passivo e se apresenta como criador de soluções digitais estruturantes. Aprendemos que proteger sem inovar não funciona.

É preciso reconhecer que isso não desafia só interesses econômicos, mas narrativas ideológicas. A ideia de que apenas alguns países estão qualif**ados para ditar regras do mundo digital é forte.

A soberania digital se constrói com códigos abertos, infraestruturas públicas e políticas transparentes. O Brasil deixa de ser o país que fecha as portas com medo do futuro, para se tornar aquele que abre caminhos. E, por isso, é atacado por quem sempre viveu de cobrar pedágio.

21/07/2025

Pílula de cultura digital para começarmos bem a semana 😊
Por que os ataques ao Pix reacenderam um sentimento de união nacional?

A sociedade brasileira hoje difere muito do que era há 20 anos. Sempre tivemos divisões enraizadas em nossa cultura, algumas profundamente nocivas para determinados grupos sociais e prejudiciais ao desenvolvimento da sociedade como um todo. Mas em tempos sem smartphones e principalmente sem redes sociais, aparentávamos viver em harmonia, ainda que mais frágil do que acreditávamos.

A completa disseminação desses produtos digitais criou, nos anos seguintes, uma profunda rachadura na sociedade que inviabiliza o debate entre aqueles que se posicionam nos extremos opostos. Caiu por terra o mito do brasileiro cordial e colaborativo, dando lugar à intensa polarização.

As causas disso sempre estiveram entre nós, nutridas no íntimo de extremistas antes contidos pelas regras da civilidade. Os algoritmos das redes sociais destravaram essas forças ao juntar quem tem os mesmos valores, e os smartphones passaram a reforçar essas ideias o tempo todo. Não demorou para que políticos de várias ideologias se apropriassem dessa polarização, criando uma espiral destrutiva da qual não saímos.

Resta algo que ainda une os brasileiros? Nem a seleção de futebol, antes uma unanimidade, consegue fazer isso hoje.

Nesse cenário, as absurdas exigências do presidente americano ao Brasil, feitas na semana passada, merecem atenção. Apesar de ter provocado forte indignação na maioria dos brasileiros, nem Donald Trump conseguiu unir a todos nós.

Ainda assim, vale analisar aquelas que defendem os interesses das big techs e atacam conquistas tecnológicas e de proteção aos cidadãos do Brasil. Afinal, o Pix, criticado por Trump, é uma unanimidade nacional.

Mas nada disso veio ao acaso. O ataque ao Pix esconde o apoio do atual governo americano ao projeto dessas empresas para se tornarem como Estados tecnológicos com poder geopolítico decisivo.

Para entender os motivos por trás de tudo isso, convido você a assistir a esse meu vídeo. E depois deixe nos comentários suas percepções sobre esses ataques ao Pix e a outros marcos civilizatórios brasileiros.

Você tem certeza de que é dono do seu próprio rosto, corpo e voz?Com o avanço da inteligência artificial generativa, est...
19/07/2025

Você tem certeza de que é dono do seu próprio rosto, corpo e voz?

Com o avanço da inteligência artificial generativa, está cada vez mais fácil reproduzir com perfeição a imagem de qualquer pessoa, famosa ou anônima, em fotos e até vídeos. Isso pode ser feito sem sua participação ou consentimento, o que levanta sérias preocupações, especialmente porque esses deepfakes podem ser usados em golpes e outras atividades criminosas.

O parlamento dinamarquês está disposto a proteger seus cidadãos. Por isso, está preparando uma legislação que penalizará big techs que não removam imagens com o pedido simples de uma vítima dessas falsif**ações. O governo local quer inspirar outros países da União Europeia a seguir seu exemplo.

Na prática, qualquer imitação digital realista criada e compartilhada sem consentimento explícito passa a ser ilegal. A vítima ganha o direito de exigir compensação financeira, e as plataformas que não cumprirem a regra enfrentarão multas severas.

Há exceções para proteger a liberdade de expressão, como no caso de sátiras, paródias e certos usos jornalísticos. Mas a lei deixa claro que sua identidade não é de domínio público, muito menos matéria-prima para experimentações tecnológicas sem consentimento.

Enquanto a Dinamarca avança para criar um escudo legal, os Estados Unidos enviam sinais contraditórios. Ao mesmo tempo que suas autoridades alertam publicamente para os perigos dos deepfakes, seus militares desenvolvem uma tecnologia altamente questionável para criar avatares ultrarrealistas para uso em operações de influência nas redes sociais. Essa dualidade expõe a enorme complexidade geopolítica e ética da era da IA.

Ainda há poucos mecanismos ef**azes de proteção. Mesmo com leis, o desafio técnico de detectar e remover deepfakes continua. Por enquanto, devemos manter o senso crítico, exigir transparência das redes sociais e pressionar por marcos legais que deem mais poder ao cidadão e responsabilizem essas plataformas.

Você acha que o Brasil deveria seguir o exemplo da Dinamarca? Sua identidade está segura na era da IA?

Você usa o ChatGPT e afins como um oráculo, a quem se pergunta qualquer coisa? Se estiver fazendo isso, cuidado: você po...
18/07/2025

Você usa o ChatGPT e afins como um oráculo, a quem se pergunta qualquer coisa? Se estiver fazendo isso, cuidado: você pode estar comprando gato por lebre.

Talvez use essas plataformas para fazer terapia. Isso é ainda mais grave...

Agora, se você é daquelas pessoas que se apaixonou por um avatar de inteligência artificial, para tudo! Você pode estar correndo riscos de verdade!

Tudo isso pode parecer curioso, engraçado até. Mas esses maus usos da tecnologia carregam o fato de que a maioria das pessoas não sabe, de verdade, o que é a inteligência artificial e como ela funciona. Como resultado, usam mal todo esse poder, colhendo resultados ruins ou não aproveitando tudo o que ela pode oferecer.

Não quer dizer que ela seja um bicho de sete cabeças. Depois que se entende o básico, tudo f**a mais simples e eficiente.

Como eu vejo muita gente ainda patinando com a IA, daqui a duas semanas estarei no HackTown ajudando a esclarecer essas dúvidas. Pelo segundo ano seguido, participarei desse que se tornou o maior evento de criatividade e inovação da América Latina, tanto que é chamado de “SXSW brasileiro”.

Junte-se a mim na agradável Santa Rita de Sapucaí (MG), onde apresentarei minha palestra inédita “Nem oráculo, nem amante: como usar a IA de maneira produtiva, ética e segura na sua vida pessoal e profissional”. Ela acontecerá no dia 1 de agosto, às 10h, em um dos principais espaços do evento: o auditório Aureliano Chaves, no Inatel.

O HackTown 2025 vai de 31 de julho a 3 de agosto. Ainda dá tempo de se inscrever! Venha conversar comigo pessoalmente.

E você, acha que está mais para dominar a IA ou ser dominado por ela? 😉

Quer ser mais feliz na sua profissão? Então responda: quanto dela representa o que você realmente é?Ainda na adolescênci...
17/07/2025

Quer ser mais feliz na sua profissão? Então responda: quanto dela representa o que você realmente é?

Ainda na adolescência, uma amiga começou a me chamar de Clark Kent. Segundo ela, eu me parecia com o ator Christopher Reeve, o Superman da época. O apelido acabou pegando, até porque eu já era o “jornalista da turma”.

Ainda sob o manto do novo filme do Homem de Aço, que estreou na quinta passada, lembrei dessa história e de como ela vai muito além de uma alcunha para mim. Para isso, vale explicar por que o ser mais poderoso do planeta escolheu o jornalismo entre todas as profissões.

Em primeiro lugar, há aspectos práticos. Como jornalista, Clark Kent f**a sempre por dentro dos acontecimentos urgentes, como crimes, desastres e situações de perigo. A profissão justif**a a sua presença em locais de crise e os seus sumiços frequentes, tornando menos suspeito o fato de Clark estar sempre envolvido nos grandes acontecimentos. E o ambiente jornalístico oferece oportunidades constantes para o personagem estar no centro das notícias e justif**ar sua vida dupla.

Mas há também motivações pessoais. Ele entende que o jornalismo permite que lute por justiça de outra forma, expondo criminosos, corrupção e defendendo os mais vulneráveis por meio da verdade e da informação, não apenas pela força. Clark também tem interesse genuíno por contar histórias, investigar e buscar a verdade. O jornalismo desafia sua inteligência e criatividade, e lhe permite desenvolver talentos que não dependem de seus poderes, mantendo-o conectado à humanidade.

Apesar do meu apelido, eu infelizmente não tenho os poderes do Superman. Mas esses pilares do jornalismo ajudaram a definir a minha personalidade na adolescência. E apesar de a vida real às vezes jogar contra nós, eu continuo acreditando e me pautando por eles até hoje.

Eu brinco dizendo que estudei para ser engenheiro, mas nasci jornalista. Por essa convicção, escolhi e me mantenho nesse caminho. E sou feliz com minha carreira.

Eu reconheço que muita gente se vê forçada a abrir mão de sonhos porque as contas insistem em bater à porta. E é duro quando o sonho não paga os boletos.

Também tive momentos assim. Fiz o que era necessário para manter tudo nos trilhos, mas nunca desisti das minhas convicções: elas sempre me guiaram.

Não quero parecer deslumbrado ou ingênuo, até mesmo porque passei por tudo isso, e sei como é difícil. Por isso, digo que vale a pena olhar para si e para o que você faz. Se não houver alinhamento e você se sente infeliz, planeje uma transição segura, com calma. Se necessário for, volte a estudar: isso sempre nos torna pessoas melhores!

Não precisamos ser o Superman para sermos felizes com o que fazemos. Faça os movimentos, pois nunca é tarde!

E então, você é feliz com sua profissão ou gostaria de mudar algo?

A essa altura, a inteligência artificial já faz parte do cotidiano profissional de muita gente. Mas o que eu observo é q...
16/07/2025

A essa altura, a inteligência artificial já faz parte do cotidiano profissional de muita gente. Mas o que eu observo é que a maioria das pessoas ainda usa mal tanto poder oferecido por essa tecnologia.

Isso signif**a não tirar proveito de tudo o que ela oferece e até fazer usos que podem ser antiéticos. E, na raiz deste problema, está o desconhecimento do que é, afinal, a inteligência artificial.

Ninguém tem obrigação de “nascer sabendo”, até porque essa é uma tecnologia diferente de qualquer coisa já vista. Mas isso não pode servir de desculpa para continuarmos alheios ao tema: todos nós temos que aprender, e podemos fazer isso.

Eu sinto uma grande alegria de compartilhar o que sei com quem estiver à minha volta. Por isso, nesta terça, fiquei feliz em poder trocar ideias com a equipe da Imagem Corporativa, parte dela presencialmente (foto), parte online, sobre como profissionais de comunicação podem fazer usos produtivos, éticos e seguros da inteligência artificial.

Obrigado aos amigos Danilo Valeta e Raphael Ferrari pelo convite para realizar esse encontro.

E na sua empresa, vocês estão usando bem a inteligência artificial ou apenas “acham que estão usando bem”? Vamos conversar sobre como tirar real proveito de tudo que ela nos oferece! É só me mandar uma mensagem ou chamar aqui nos comentários.

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Bela Vista, SP

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