03/05/2025
Trump, o eco de um império em decadência
Por Messias da Rocha
Desculpem-me a franqueza, mas Donald Trump é como um ruído fétido: barulhento, incômodo, mas vazio de conteúdo real e sem coragem para sustentar as consequências das próprias ideias. Seu discurso é explosivo, ofensivo e polarizador, mas, no fundo, carece da força moral e intelectual necessária para liderar uma nação com o peso histórico dos Estados Unidos. Ele vocifera preconceitos, inflama paixões nacionalistas e reforça estigmas — tudo isso, muitas vezes, sem sequer compreender a profundidade das crises que enfrenta ou alimenta.
Seu lema “America First” — que soa como um grito de alívio para milhões de americanos temerosos com a perda de empregos, identidade ou status global — nada mais é do que a expressão moderna de um egoísmo geopolítico que se espalha como erva daninha pelo mundo. A lógica do “se a farinha é pouca, meu mingau primeiro” não é exclusividade da loura cabeça de Trump. Ela também mora nas mentes de bilhões de seres humanos: indianos, chineses, brasileiros, russos, europeus e até povos menos visíveis no cenário internacional, como panamenhos ou groenlandeses. É uma lógica que se alimenta do medo e do ressentimento, e que, disfarçada de proteção nacional, na verdade mina os alicerces da convivência internacional.
O que Trump ignora — ou finge ignorar — é que a força de uma nação não se mede apenas por seu poder militar ou econômico, mas por sua capacidade de liderar com justiça, equilíbrio e solidariedade. O “America First” confronta diretamente o interesse coletivo global. Ele despreza o ecossistema de interdependência que sustenta o mundo moderno, especialmente em temas como meio ambiente, saúde, economia e direitos humanos.
Ao desprezar alianças históricas, atacar imigrantes, desinformar seu próprio povo e cultivar o ódio como arma política, Trump não está fortalecendo a América: está acelerando sua decadência. Como tantos outros impérios ao longo da história — romano, otomano, britânico — os Estados Unidos correm o risco de ruir não por causa da ameaça externa, mas por conta da corrosão interna provocada por líderes que confundem patriotismo com egoísmo, autoridade com truculência, e poder com prepotência.
Se o século XXI exige líderes que pensem coletivamente, Trump é o espelho distorcido de um passado que insiste em não passar. Um ruído fétido, um pum, é verdade. Mas, felizmente, o mundo tem ouvidos atentos e, mais que tudo, memória.Trump, o eco de um império em decadência
Desculpem-me a franqueza, mas Donald Trump é como um ruído fétido: barulhento, incômodo, mas vazio de conteúdo real e sem coragem para sustentar as consequências das próprias ideias. Seu discurso é explosivo, ofensivo e polarizador, mas, no fundo, carece da força moral e intelectual necessária para liderar uma nação com o peso histórico dos Estados Unidos. Ele vocifera preconceitos, inflama paixões nacionalistas e reforça estigmas — tudo isso, muitas vezes, sem sequer compreender a profundidade das crises que enfrenta ou alimenta.
Seu lema “America First” — que soa como um grito de alívio para milhões de americanos temerosos com a perda de empregos, identidade ou status global — nada mais é do que a expressão moderna de um egoísmo geopolítico que se espalha como erva daninha pelo mundo. A lógica do “se a farinha é pouca, meu mingau primeiro” não é exclusividade da loura cabeça de Trump. Ela também mora nas mentes de bilhões de seres humanos: indianos, chineses, brasileiros, russos, europeus e até povos menos visíveis no cenário internacional, como panamenhos ou groenlandeses. É uma lógica que se alimenta do medo e do ressentimento, e que, disfarçada de proteção nacional, na verdade mina os alicerces da convivência internacional.
O que Trump ignora — ou finge ignorar — é que a força de uma nação não se mede apenas por seu poder militar ou econômico, mas por sua capacidade de liderar com justiça, equilíbrio e solidariedade. O “America First” confronta diretamente o interesse coletivo global. Ele despreza o ecossistema de interdependência que sustenta o mundo moderno, especialmente em temas como meio ambiente, saúde, economia e direitos humanos.
Ao desprezar alianças históricas, atacar imigrantes, desinformar seu próprio povo e cultivar o ódio como arma política, Trump não está fortalecendo a América: está acelerando sua decadência. Como tantos outros impérios ao longo da história — romano, otomano, britânico — os Estados Unidos correm o risco de ruir não por causa da ameaça externa, mas por conta da corrosão interna provocada por líderes que confundem patriotismo com egoísmo, autoridade com truculência, e poder com prepotência.
Se o século XXI exige líderes que pensem coletivamente, Trump é o espelho distorcido de um passado que insiste em não passar. Um ruído fétido, um pum, é verdade. Mas, felizmente, o mundo tem ouvidos atentos e, mais que tudo, memória.