Manual de Redação

Manual de Redação Estudar com método inovador faz toda a diferença. Manual de Redação - nota 1000 em 6 passos

Técnica eficaz para Enem, Concursos, Vestibulares e todo tipo de redação. Para escrever bem é preciso expressar-se com eficácia, de maneira gramaticalmente correta, usando originalidade e criatividade. O MANUAL DE REDAÇÃO - NOTA 1000 EM 6 PASSOS - Ensina de forma gradual e eficaz como interpretar e escrever em menos tempo, como fazem os redatores profissionais.

# ̧ãodoe

nem # ̧ãonota1000

https://hotmart.com/pt-br/marketplace/produtos/manual-de-redacao-nota-1000-em-6-passos/N77192781I

16/06/2025

TRAPAÇA

Ah, esse amor traiçoeiro,
Que tantas vezes já me derrotou,
E virei um relógio sem ponteiro,
Que a roda do tempo silenciou...

Ah, esse amor galhofeiro,
Que tantas vezes de mim gargalhou,
Abandonando-me num cruel atoleiro,
Onde o meu desespero naufragou...

Ah, esse amor aventureiro,
Que aos maiores abismos me lançou,
Por causa de algum sorriso feiticeiro,
Que até ao inferno me levou...

Ah, esse amor trapaceiro,
Que por tantas vezes me enganou,
Disfarçando-se de mágico o tempo inteiro,
Mas no meio do espetáculo me serrou...

Vídeo relacionado: Elvis Presley - Please don't stop loving me
https://www.youtube.com/watch?v=bmbaTqM7Lnw

(De "O LUAR QUE EM TEUS OLHOS HABITA")

— Rubem Alves, no livro “Palavras para desatar nós”. (Ed. Papirus; 11. Reimpressão [2011]).
11/06/2025

— Rubem Alves, no livro “Palavras para desatar nós”. (Ed. Papirus; 11. Reimpressão [2011]).

01/06/2025

Enquanto eu não tinha mais do que uma cama e alguns livros, eu era livre — e feliz.
Mas bastou adquirir nove galinhas e um galo para minha alma ser corrompida. A propriedade me deformou. Tornou-me cruel.

Para cada nova galinha que comprava, amarrava-a por dois dias a uma árvore. Era meu método brutal de apagar da memória frágil do animal qualquer vestígio de afeto pelo antigo lar.
Remendei cercas, levantei barreiras, erigi muros não apenas contra as raposas — de quatro ou de duas patas — mas contra a própria ideia de vizinhança.
Tracei uma linha entre mim e o outro. Uma linha invisível, mas carregada de veneno.

Dividi o mundo: de um lado, eu — proprietário. Do outro, os que podiam me roubar. Inventei o crime. E com ele, nasceu em mim o medo.
Passei a lançar sobre o mundo um olhar hostil. O vizinho, antes indiferente, tornou-se ameaça.
Seu galo — mais velho, mais viril — pulou a cerca e roubou minhas galinhas. Atirei pedras. Reivindiquei os ovos.
Ele me odiou. Eu retribuí. Seus olhos agora espreitam a cerca como os meus: cheios de desconfiança.

Suas galinhas cruzaram a fronteira e devoraram o milho dos meus. Enfurecido, matei uma. Ele não aceitou dinheiro.
Retirou o cadáver como se fosse um mártir. Exibiu-o aos amigos. E o que era um desentendimento virou lenda: eu, o brutal.
Aumentei as cercas. Redobrei a vigilância.
O vizinho tem um cão. Eu, em breve, terei um revólver.

Onde está a paz de antes? Onde está aquele homem que lia, sonhava e dormia em silêncio?
A propriedade me envenenou.
Já não sou apenas um ser humano.
Sou um dono.
E o mal tomou conta de mim.

("Galinhas", do anarquista Rafael Barrett, Paraguai, 1910.)

24/05/2025

Esse texto de Luis Fernando Veríssimo trata, de forma humorística, da adequação ou não, por parte dos falantes, no uso da colocação pronominal.

Texto: Papos

- Me disseram...
- Disseram-me.
- Hein?
- O correto e "disseram-me". Não "me disseram".
- Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é "digo-te"? - O quê?
- Digo-te que você...
- O "te" e o "você" não combinam.
- Lhe digo?
- Também não. O que você ia me dizer?
- Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a
cara. Lhe partir a cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
- Partir-te a cara.
- Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
- É para o seu bem.
- Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender.
Mais uma correção e eu...
- O quê?
- O mato.
- Que mato?
- Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
- Pois esqueça-o e pára-te. Pronome no lugar certo e elitismo!
- Se você prefere falar errado...
- Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou
entenderem-me?
- No caso... não sei.
- Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Esquece.
- Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou
"esqueça"? Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
- Depende.
- Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não
sabes-o.
- Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
- Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso
mais dizer-lo-te o que dizer-te-ia.
- Por que?
- Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
(Luis Fernando Verissimo- Novas comédias da vida pública- A versão dos afogados )

20/05/2025

"Não faço visitas, nem ando em sociedade alguma - nem de salas, nem de cafés. Fazê-lo seria sacrificar a minha unidade interior, entregar-me a conversas inúteis, furtar tempo senão aos meus raciocínios e aos meus projectos, pelo menos aos meus sonhos, que sempre são mais belos que a conversa alheia. "

Fernando Pessoa

12/05/2025
leitura obrigatória
04/05/2025

leitura obrigatória

Freedom
23/03/2025

Freedom

😉
15/03/2025

😉

📖
12/03/2025

📖

Não existe
10/02/2025

Não existe

Endereço

Belo Horizonte, MG

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Manual de Redação posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com O Negócio

Envie uma mensagem para Manual de Redação:

Compartilhar