Natália Dornellas

10/08/2022

Para quem andava com saudades dos conteúdos do ND, um pouquinho do O BOM DA VIDA!

26/07/2022

Hoje tem live especial de Dia dos Avós, às 19h, lá no Instagram . Vc vem?

18/07/2022

Oi pessoal!

Acabo de lançar meu projeto de curadoria e criação de conteúdo: O BOM DA VIDA, cuja cereja do bolo é uma newsletter semanal.

A proposta é compartilhar resenhas de restaurantes, filmes e séries; apresentar pessoas e marcas que encontro em meus garimpos; selecionar artigos e matérias que colegas escreveram e merecem ser lidas, além de compartilhar sentimentos e impressões sobre BEAGÁ e a vida, quando eles puderem ser traduzidos em palavras.

O BOM DA VIDA pode ser acessado e assinado gratuitamente no link (https://bit.ly/OBDVchegou) e também pelo perfil , no Instagram.

Você vem comigo?

Identidade visual Greco Design

Pijamão de flanela em noite de frio

30/06/2022

MÃE DA MÃE.

Se você também contempla o envelhecimento, muito provavelmente já viu essa imagem que rodou o mundo depois que o The New York Times a colocou na capa, no fim de 2020. A foto faz parte de uma série aleatória que a polonesa Magdalena Wosinska tem feito da mãe Wilhelmina, de 79 anos.

Professora renomada em seu país de origem, Wilhelmina, que vive hoje no Arizona, sempre foi a musa inspiradora da filha, mas, quando recebeu um duríssimo diagnóstico de demência, o processo se tornou mais intenso e virou uma forma de cuidado. Nas palavras de Madgalena, uma maneira de “glorificar e imortalizar sua existência”.

Ela poderia escolher indignar-se, como muitos familiares o fazem, mas optou por homenagear sua “mamusia”, e agradecer-lhe “por cuidar, se sacrificar, viver, ensinar, ouvir, rir, abraçar, lembrar, chorar, explorar e amar” a ela e a suas irmãs.

Acompanhe mais momentos dessa história no , no Instagram, e aproveite para relembrar os cuidados do fotógrafo Tony Luciani com a mãe Elia (link de matéria anterior https://claudia.abril.com.br/coluna/conversa-de-vo/o-pai-da-mae-o-amor-retratado-em-fotos), de que falei aqui em maio.

22/06/2022

UMA PERSPECTIVA SOBRE O ALZHEIMER

A grande maioria dos relatos imagéticos da velhice é tocante, mas poucos têm o poder de transformar como o “Para Dentro do Esquecimento” feito pela sueca .

É que, enquanto visitava um hospital geriátrico na França, a fotógrafa, que tem um forte flerte com a sociologia, se deparou com uma situação no mínimo intrigante: uma porta fechada, fortemente protegida por vigias. Quando questionou a equipe, lhe disseram que se tratava do acesso
à ala dos pacientes com Alzheimer, que ficavam trancados para que não fugissem. “Fiquei impressionada com a imagem daquela porta”, disse Daniels à National Geographic.

A porta foi o clique para a série que deixa clara a exclusão dos pacientes com a demência e chamou a atenção da classe médica. O material foi produzido durante três anos e saiu vencedor do troféu do Fundo Bob e Diane, uma bolsa fotográfica que estimula narrativas visuais sobre Alzheimer e demências.

Mas o mais bacana vem agora: em função das fotos, o hospital decidiu fazer mudanças e cobriu a porta com um papel de parede para camuflar a segregação e tirar o foco dos pacientes. Eles já não eram mais “prisioneiros”.

(TEXTO PRODUZIDO PARA MINHA COLUNA NA )

06/06/2022

LOUCA POR TATA E MIGUEL.

A história de longevidade de hoje é na verdade a dica de um doc que acaba de chegar à e merece muita atenção. Prepare seu lencinho e um sofá no seu coração para Miguel Ángel Muñoz e Luisa Anterio, a Tata, pois eles vêm chegando pra ficar.

Pouco conhecido no Brasil, é um artista espanhol que desde criança recebeu os cuidados de Tata, que é sua tia-bisavó e hoje, depois do doc e do perfil no Instagram (), é tão ou mais famosa que ele.

A dupla sempre esteve grudada, mas foi depois de perceber a possibilidade da partida de seu grande amor (Tata tem hoje 97 anos), por complicações de saúde, que Miguel decidiu fazer da vida dela uma grande aventura com viagens, perfil nas redes e um filme produzido por ele. O que não esperava era que a Pandemia se instaurasse e, de repente, ele tivesse que mudar toda a sua vida e ir viver com ela, num apartamento minúsculo de cerca de 35m2, pois toda a equipe profissional de cuidados precisava manter-se em quarentena.

Isso sem falar das dificuldades financeiras da idosa, aposentada como doméstica, problema que muitas famílias brasileiras conhecem muitíssimo bem.

O doc “100 dias con la Tata”, que na Espanha chegou a centenas de salas de cinema, acompanha os mais de 100 dias em que eles moraram juntos e mostra os dramas de Miguel, que além de carregar o medo da perda de sua Tata, começa a ter problemas de sono e coluna, diante da rotina extenuante dedicando-se a ela, questão que a maioria dos cuidadores familiares enfrenta.

Apesar dos temores, das dificuldades financeiras e do cansaço, Miguel não deixa a peteca cair e faz dos dias de Tata uma festa. São sensacionais as lives que ambos fizeram durante o isolamento e é delicioso ver como ele consegue surpreendê-la o tempo todo, fazendo-a desistir da morte por mais um tempinho, todos os dias. Eu recomendo.

(Texto produzido para CLAUDIA Online)

19/05/2022

O PAI DA MÃE!

Como são lindas as histórias de cuidado, quando os papéis se invertem e viramos pais dos nossos pais. Eu mesma cuidei do meu paizinho por 2 anos, ele teve degeneração corticobasal e nos deixou em 2019, e foi por isso que me apaixonei definitivamente pela velhice.

Num mundo em que se vive cada vez mais - sim, nós ganhamos cerca de 30 anos de expectativa de vida no último século - cuidar de um parente mais velho é cada vez mais comum, caso do fotógrafo Tony Luciani, que assina a série “Mamma in the meantime” ().

Nos anos 2010, o artista canadense tornou-se um cuidador familiar, quando a mãe, Elia Clementa Celli , de 91 anos, quebrou o quadril e foi viver com ele.

Para não deixar que o tédio e a tristeza se instaurassem, Tony comprou uma câmera fotográfica para que ambos pudessem br**car.

"Mamãe suprimiu muitos sentimentos em sua vida, e essas fotos foram uma desculpa maravilhosa para revelar o que está dentro dela", disse ele em entrevista ao The Independent

Diagnosticada com Alzheimer, Elia passava uma fase em que só se lembrava da infância em Roma, por isso queria andar de skate e pular amarelinha, mas ficou incomodada com o tripé da câmera que bloqueava sua passagem. Suas reações absolutamente espontâneas resultaram nas primeiras fotos da série que foi terapêutica para ambos.

Elia faleceu em 2021, mas suas fotos ganharam o mundo eternizando sua passagem por esta vida e o amor trocado com o filho Tony.

(Coluna produzida para a )

12/05/2022

A HORA E A VEZ DE SISSI.

Se você também se encantou por Sissi, a imperatriz austríaca mais querida da “Sessão da Tarde”, vai adorar a resenha de hoje. Fuçando o menu da encontrei “Sissi”, série cuja primeira temporada tem seis episódios altamente devoráveis.

A atração é uma forma de o streaming do grupo Globo concorrer com produções de recorte histórico graúdas como “The Crown” e “Bridgerton” que definitivamente conquistaram a audiência.

Para quem viu a trilogia de filmes estrelada por Romy Schneider nos anos 1950, as novidades ficam por conta de um roteiro que mostra as várias camadas da personalidade da duquesa Elisabeth da Baviera, que tornou-se imperatriz da Áustria-Hungria ao se casar com Francisco José.

A série foca em como ela, que é conhecida como uma das mulheres mais bonitas da história, foi amada pelo povo, se tornando uma espécie de influenciadora europeia no final do século 19. Sua potência era tanta que chegava a influir nos rumos da política, atuando ao lado do marido em conflitos com a Hungria, por exemplo.

Nos episódios somos apresentadas à uma bela e atrevida princesa bávara, que a principio não seria a escolhida para casar-se com o imperador, mas acaba por conquistar seu coração. Após a união, ela começa a imprimir seu estilo à uma monarquia austera e cruel, tendo embates com o marido e a sogra, que é sua tia.

O papel da protagonista de “Sissi” foi dado à atriz suíça-americana Dominique Devenport e o imperador Franz Joseph 1º é vivido pelo bonitão alemão Jannik Schümann.

Exibida na Alemanha no final de 2021, “Sissi” foi sucesso tanto na TV quanto no streaming, o que fez a RTL encomendar uma segunda temporada - oba!

E por falar em Sissi, a também caiu nas suas graças e está preparando uma série original sobre ela, cujo nome é “The Empress”.

02/05/2022

BELA VELHICE

Acredito que a beleza é essencial para quebrarmos o preconceito contra os mais velhos. Por isso, vivo correndo atrás de fotógrafos que tenham um belo olhar sobre a velhice.

Recentemente, falei aqui do trabalho da portuguesa Sandra Ventura, uma fotógrafa de rugas, como ela mesma se define, e hoje apresento a canadense Arianne Clément, a papisa da fotografia preto e branca dos velhos do mundo e criadora do projeto "A Arte de Envelhecer".

Acostumada a apontar suas lentes para as margens e os invisibilizados desde o começo da carreira, a fotógrafa de 39 anos caiu na maturidade naturalmente. Em entrevista ao "The Guardian", ela confessou que no começo não havia uma direção clara em clicar mulheres velhas, simplesmente aconteceu.

“Comecei a capturar livremente todos os aspectos de suas vidas diárias, então percebi que ficar bem na frente da câmera era a única coisa com que todos se preocupavam. Essas mulheres e sua busca pela beleza se tornaram a peça central do projeto. Quando digo beleza quero dizer amor, respeito e aceitação de um corpo inexoravelmente marcado pela passagem do tempo”, disse.

Clément acredita que os últimos tabus restantes da sociedade são a nudez e a sexualidade dos idosos e por isso, logo depois, resolveu mostrar na série “A arte de envelhecer” que eles são, sim, sexies.

Entre as personagens da série que viralizou nas redes está Marie-Berte Paquette, de 102, que aceitou posar de lingerie, sem hesitar por um instante. Quando a sessão de fotos já chegava a duas horas, o filho, de 76 anos, exausto, interveio, mas Marie-Berte pediu para continuar, pois não estava nem um pouco cansada.

“Sexy aos 100” ganhou destaque durante a 18ª edição do European Festival of N**e Photography, na França, e logo depois ganhou ouro e prata em duas categorias no Moscow International Photo Awards.

Clicar casais e indivíduos, em momentos tão íntimos, não foi fácil. Segundo Clément, a maioria se recusava no início, mas Paul e Christine, um casal de amigos, estava interessado desde o início, e a foto dos dois na cama foi um sucesso tão grande que gerou uma onda de pedidos e novos candidatos.

Atualmente, Arianne viaja o mundo clicando os moradores das Zonas Azuis, as cinco regiões do mundo que concentram pessoas centenárias. Seguí-la no Instagram (.clement.photography) é uma boa maneira de se maravilhar com seu olhar único e confirmar o que vivo dizendo “Velho é lindo”.

28/04/2022

QUAL O SEU “SUPERPODER”?

Adam (Jared Leto) e Rebekah (Anne Hathaway) podem materializar coisas, encantar pessoas e investidores, se travestir de unicórnios e criar uma empresa de 47 bilhões de dólares, com a força do pensamento e muitas, muitas doses de tequila.

Sim, essa dupla dinâmica superpoderosa é o trunfo de “WeCrashed”, série que me fez virar fã e louvar a qualidade dos produtos da Apple TV. Que série, que elenco, que roteiro, que gente louca!

A produção de oito episódios se baseia no aclamado podcast “We Crashed: The rise and fall of WeWork”, do Spotify, que dá conta da ascensão e queda da “comunidade” We Work. Para quem chegou agora, o negócios deles é locar grandes espaços de escritório, nas principais capitais do planeta, e levar sua meta de “elevar a consciência mundal”, numa trip meio coach de fim de semana.

Leto, em performance irretocável, interpreta o magnético Adam Neumann por quem a gente se apaixona rapidamente, mas aprende a odiar logo em seguida. O israelense radicado em Nova York não tem dinheiro para o lanche do fim do dia, mas, com carisma e persistência, realiza o “sonho americano”, vira o unicórnio dos sonhos de quem vive no mundo das empresas escaláveis.

Antes de chegar à formula mágica da We, ele tentou emplacar vários projetos, sem sucesso, mas a magia - para usar um termo bem familiar à dupla - acontece quando ele conhece Rebekah (Anne Hathaway), uma professora de ioga por quem se apaixona perdidamente. Ela faz a linha good vibes, mas não convence nem a si mesma. Com pés descalços e pinta de namastê, ela derruba qualquer um que atrapalhar seu planos de sucesso e dominação do mundo.

A narrativa começa pelo fim, mais precisamente em 2019, quando o milionário descalço Adam é removido do posto de CEO de sua empresa dos sonhos.

Eu recomendo sem moderação.

25/04/2022

70 ANOS JUNTOS!

Não é exatamente uma raridade encontrar um casal que comemora muitas décadas de casamento. Aqui na coluna mesmo já contei algumas histórias de amores perenes, mas a de Melvin e Nancy Lubbers, juntos há 70 anos, tem um ensaio fotográfico com um detalhe especial (vá até o fim do texto e depois repare bem nas fotos).

Melvin e Nancy, de 91 e 86 anos, se conheceram numa pista de patinação em Mitchell, Dakota do Sul, quando eram adolescentes. E, como Anna descreveu, "eles definitivamente estavam 'caindo' um pelo outro naquela noite, tendo a ver com as patins ou não".

O pedido de casamento veio no estádio da cidade, onde ela disse alegremente 'sim!' e a família contou ao Bored Panda que ele br**ca até hoje que conseguiu seus anéis de casamento numa máquina de chicletes, embora fossem comprados da Knodel Jewelry.

O casamento aconteceu em 6 de janeiro de 1952, na Primeira Igreja Luterana, e Nancy usou um vestido e um véu comprados na Harold's Shop, peças que guardou até hoje e foram vestidos novamente para o ensaio feito pela neta Anna Behning.

22/04/2022

UMA SÉRIE CHEIA DE SAVOIR FAIRE

Cheguei tarde ao fã clube de F***y Herrero, a showrunner amada pelos francólicos, mas estou firme no propósito de me redimir. Em busca do tempo perdido, maratonei os primeiros seis episódios da temporada um de “Faz-me rir”, produção francesa lançada nos últimos dias na .

A série é a mais nova criação de F***y (em parceria com Hervé Lassïnce), nome por trás de “Dez por cento”.

Sim, é mais uma comédia, mas com pitadas de drama, pois acompanha quatro amigos que dão duro para ganhar a vida com stand-up na Cidade Luz.

Os personagens centrais buscam um caminho no humor profissional, fazendo rápidas apresentações no circuito alternativo que tem como base o Drôle, um club gerido pelo descendente de tailandeses Bling.

A lindíssima e competente Aïssatou (Mariama Gueye) é uma mulher preta que dá a sorte de fazer um esquete que debate as masculinidades e viraliza. Já Bling, o anfitrião, é vencido pelos vícios, enquanto que Nezir, argelino que cuida do pai com muito carinho, tem talento para texto, mas carece de um pouco de presença no palco.

A única privilegida por ali parece ser a divertidíssima Apoline (Elsa Guedj), uma burguesa cuja família espera ver brilhando no comando da Christie’s, casa de leilões mais famosa do mundo, e não no circuito de humor parisiense.

“Faz-me rir” é deliciosamente maratonável e ainda tem Paris como pano de fundo.

20/04/2022

TODA AVÓ MERECE UMA ALEXA

“Alex, eu quero saber das horas, quantas horas?”. Com essa pergunta feita bem baixinho pra não acordar o pessoal da casa é que começa o dia da dona Delé, uma avó que caiu de amores pela assistente virtual da Amazon desde que ganhou uma de presente da neta Jéssica (), no auge da pandemia.

Acostumada a passear pela vizinhança da casa onde mora em Betim, na Grande Belo Horizonte, Dona Delecina, de 88 anos, teve que ficar reclusa e viu na Alex (segundo sua neta, ela definitivamente não consegue falar Alexa! 😅) uma boa companhia.

Mãe de 10 filhos, avó de 30 netos e de tantos bisnetos que já perdeu as contas, vó Delé é fã de vários artistas, em especial de Leonardo e de Amado Batista, cujas músicas ela pede para a assistente várias vezes ao dia.

Para além das funções tradicionais de tocar música, informar horas e lançar desafios e perguntas que estimulam a memória e geram interação com os mais vividos, a Amazon anunciou, em outubro passado, que estava preparando funcionalidades para incluir a Alexa na rotina de hospital e lares de idosos.

Batizado de “Alexa Together”, o serviço que está disponível nos EUA, também pode ser utilizado em casa, para que os cuidadores consigam acompanhar de longe aqueles que estão sob sua responsabilidade.

A função de “Assistência Remota” permite que ajudantes gerenciem as listas de compra, enviem lembretes para seu dispositivo Echo, compartilhem serviços de música e outras tarefas para tornar suas vidas um pouco mais fáceis.

Muito bom, né?!TO

18/04/2022

Dono de olhos amorosos e encantando pelas rugas, Thiago Rosarii - Fotografia, 27 anos, faz fotos de baianos de todas as idades há cerca de 10 anos, mas na última semana recebeu um chamado especial: fotografar uma supercentenária de 111 anos.

“Fui convidado por uma amiga que possui uma fazenda próxima à dela”, me contou o fotógrafo que, há cerca de 4 anos viu sua vida transformada ao ter as imagens que fez de sua avó Bezinha viralizadas. “Superei depresseão e sobrevivi a um enforcamento de suicídio. Minha avó foi minha fonte de força”, contou.

Como não teve filhos, Dona Aparecida é cuidada por um casal que trabalha na lavoura, ali por perto. O que se sabe sobre ela é pouco, mas todos contam que vinha gente de longe para receber suas bênçãos, pois sua benzeção é poderosa.

“As benzedeiras são patrimônio imaterial no Recôncavo”, afirma Thiago, cujo orgulho em registrar histórias de mulheres pretas e velhas é uma missão de vida.

Oxalá!

(Material publicado na CLAUDIA Online

14/04/2022

DOIS (FILMES) ARGENTINOS PRO SEU FERIADÓN.

A dica de hoje é para quem ama o cinema feito pelos hermanitos. Acaba de chegar à a comédia “Granizo” que conta a história de Miguel Flores (vivido pelo maravilhoso Guillermo Francella), um metereologista idolatrado na capital argentina, que, ao fazer uma previsão equivocada, é cancelado, imediatamente.

Diante da reação dos haters e da possibilidade de perder o emprego de uma vida inteira, Miguel resolve se refugiar em sua cidade natal, Córdoba, onde se dá conta que seus laços com a única filha estão frouxos e precisam ser refeitos.

Apaixonado por um peixe de estimação, e tendo como fiel escudeiro o produtor Max, Miguel é um otimista incorrigível, quase tóxico, que acredita que vai ficar tudo bem sempre e numa dessas acaba conhecendo um personagem que pode ajudá-lo a se redimir com a população portenha.

Divertidíssimo, com tintas de absurdo, o filme dirigido por Marcos Carnevale br**ca com o padrão brega da TV argentina e dá uma exagerada na sequência final, mas os excessos têm sua licença poética.

Indicação bônus: Aproveite que está no clima portenho e aperte o play em “Minha Obra-Prima”, protagonizado também por Guillermo Francella. Desta vez ele é Arturo Silva, um marchanD pouco escrupuloso, que tem uma relação complexa com Renzo Nervi (o impecável Luis Brandoni), um pintor decadente e temperamental. Juntos eles bolam um plano que só os roteristas argentinos conseguem tornar real. Este filme também está na Netflix.

11/04/2022

SR HENRIQUE, 88, DÁ AULAS GRATUITAS DE INGLÊS

Numa de suas passagens dominicais pelo centro de Curitiba, onde gosta de clicar, a fotógrafa se deparou com um senhor que segurava uma plaquinha anunciando aulas de idiomas gratuitas. Curiosa, ela não só o fotografou como foi saber quem era ele.

“Meu nome é Hikmat Daoud Hanna. No Brasil, todo mundo me chama de Henrique”, disse o simpático senhor que acabou virando um avô de muita gente, graças às redes sociais e à Fran.

Aos 88 anos, ele conta que é do Iraque (“nasci na antiga Mesopotâmia”), se formou em Filosofia em Roma, viajou pelo mundo e veio morar no Brasil, há 50 anos, depois de conhecer um grande amor.

Uma curiosidade: “Hikmat”, em árabe, quer dizer “homem sábio”. E o Sr. Henrique é, de fato, um sábado, fala nove idiomas, escreveu à mão dois dicionários e um livro de autoajuda, que agora irão para o prelo. Sim, já conto isso.

Foi durante a pandemia que Sr. Henrique - que agora tem o perfil - teve a ideia de devolver à sociedade o que recebeu quando aqui chegou e foi gentilmente acolhido. “Quero ajudar quem não tem dinheiro para pagar pelas aulas. Eu não quero acumular conhecimento”.

Desde o finalzinho de 2021, nosso personagem oferece aulas de inglês gratuitas, utilizando um método próprio, que não necessita de material didático e agora tem um canal exclusivo no YouTube.

Outras novidades sobre ele são que todos os três livros que já escreveu, anteriormente, serão publicados, assim como dois outros, que estão em curso.

E, como se isso não bastasse, existe uma vaquinha em curso no Voaa, do portal , para arrecadar recursos para que Sr. Henrique possa locar um espaço para dar aulas e viver com mais conforto. Hoje ele vive de aluguel.

(texto produzido para CLAUDIA Online