15/07/2025
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FERMENTO DE UNIDADE
Para o povo cristão, a eleição de um novo papa é um evento maravilhoso. Da tristeza pela morte de seu antecessor, se passa para a alegria do reconhecimento de que Deus continua a nos amar e agir na história – não só apesar de nossos pecados e limites, mas até mesmo valendo-se deles. Esse foi o sentimento predominante entre os católicos, mas que contagiou o mundo não católico também, quando o até então Cardeal Prevost surgiu no balcão do Vaticano para ser anunciado como Papa Leão XIV.
Não é só uma questão sentimental. Os papas recebem uma graça especial do Espírito para poderem guiar a Igreja, mas não deixam de ser pessoas humanas como cada um de nós, com seus temperamentos, suas histórias, suas predileções… Deus nos dirige sua mensagem também por meio disso. A eleição de um pontífice é sempre a irrupção de um novo que porta a Tradição. Ele representa a continuidade do magistério católico, mas sempre nos convidará, com seu modo de ser e agir, a uma renovada conversão a Cristo.
Assim, iniciamos esta nossa nova caminhada procurando conhecer Leão XIV, entender de que formas o Espírito dialoga com cada um de nós por meio das palavras e dos gestos deste papa. Começamos esse trabalho conhecendo um pouco mais da pessoa de Robert Prevost, o padre agostiniano norte-americano que se tornou bispo no Peru, pelo relato de nosso amigo Dom Giovanni Paccosi, bispo italiano que o conheceu quando também ele era missionário em terras peruanas. Buscamos saber um pouco mais sobre Leão XIII e as razões por que o atual papa escolheu o mesmo nome desse seu antecessor. Por fim, escutemos suas palavras dirigidas especificamente aos movimentos e associações de fiéis, no discurso proferido em 6 de junho de 2025, quando nos convidou a viver a unidade e a missão, em união com o Papa.
Leão XIV nos lembra que já fazemos a experiência da unidade em nossas comunidades e movimentos, mas nos convida a “expandi-la por toda parte: na comunhão com os Pastores da Igreja, na proximidade com as outras realidades eclesiais, na proximidade com as pessoas que encontrais, para que os vossos carismas permaneçam sempre a serviço da unidade da Igreja e sejam eles mesmos fermento de unidade, de comunhão e de fraternidade”. E, neste ponto, a unidade se interliga com a missão. Leão XIV não fala de teorias, mas testemunha com sua própria vida: “A missão marcou a minha experiência pastoral e moldou a minha vida espiritual”. Unidade e missão: por meio das palavras do Papa, Deus nos chama mais uma vez a viver esses elementos fundamentais da vida cristã.
Retomamos também que Dom Giussani sempre nos admoestou a ver nas circunstâncias a presença e a companhia de Deus em nossa vida. Por isso, na introdução da Assembleia dos Responsáveis de CL no Brasil que compartilhamos nessa edição, fomos convidados a mergulhar cada vez mais nas circunstâncias – e daí caminharmos em nossa vocação cristã.
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