Memórias Botucatu

Memórias Botucatu Saudosismo através de fotos e vídeos. As memórias de nossas vidas, de nossas obras, de nossas ações.
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19/09/2025

Pardinho: Farmacêuticos e Seu Comércio

19/09/2025
Carro Funerário da empresa São José de Moacir Teixeira.Observação: O cortejo era feito a pé, e os comerciantes em respei...
18/09/2025

Carro Funerário da empresa São José de Moacir Teixeira.
Observação: O cortejo era feito a pé, e os comerciantes em respeito a família enlutada abaixavam as portas, e muito de seus proprietários seguiam o cortejo até o cemitério.
Acervo Caco Teixeira

17/09/2025

O Mito Das Três Pedras - Frei Fidelis
Capítulo 01

Foi criado para ser o que era: "Principe do Universo"! Um título inquestionad, pois o próprio Cristo reconheceu a sua le...
16/09/2025

Foi criado para ser o que era: "Principe do Universo"! Um título inquestionad, pois o próprio Cristo reconheceu a sua legitimidade. E o próprio Lucifer subentendeu isso quando, no monte, ofereceu a Cristo "todos os reinos do mundo e a glória deles".

Contudo, Lúcifer, não permaneceu fiel às ordens do seu Criador; revoltou-se contra ele. Por esse ato, segundo a razão humana, mereceria morrer! Mas, como a palavra de Deus é irreversível, é permitido a Lúcifer conservar o seu poder sobre o universo até o dia em que o fogo do céu haverá de dissolver os elementos de nosso tribulado mundo. Então, segundo as escrituras, será formado um novo Universo, que não mais será entregue e submisso a Lucifer.

E, na antevéspera de sua morte, Frei Fidélis termina o artigo afirmando que Lucifer será privado eternamente da visão beatífica do Deus trino.

O MITO DAS TRÊS PEDRAS

BOTUCATU, BOFETE E PARDINHO: UMA TRIANGULAÇÃO ESOTÉRICA?

Frei Fidélis desenvolve seus estudos sobre a região de Botucatu de 1952 a 1967, onde, sob a ótica suméria, idioma que estudou profundamente, defendeu tese sobre a manifestação dos "culto negros" na história, a lenda indígena sobre o Sumé (ou Hércules) e também sobre o "caminho do Peabiru".

Publicou trabalhos com o criptônimo de Peregrino Vidal e Da Mota. Usou esses cognomes, principalmente em publicações jornalísticas. Para Fidélis a palavra Botucatu possui outro significado em sumério: bot-uk-at-u, quer dizer "Templo da Serpente no Meio das Pedras" ou " Fortaleza da Serpente no Meio das Pedras", os quais detalharemos mais adiante, pois trata-se das "Três Pedras" de Bofete. Para Fidélis, essas formações rochosas eram templos construídos pelos filhos de Deus (o culto branco) ou levantadas pelos devotos de Sata (o culto negro). Fidélis parte do princípio de que o sumério, lingua do Grão-Sacerdote Sumé, é a origem de todos os outros idiomas. Através de gravações em pedras, grutas, que ele pesquisou, e no contexto da interpretação linguistica das lendas tupis e textos bíblicos, chegou a uma nova interpretação do povoamento da América.

O PEABIRU, SEGUNDO FREI FIDÉLIS

"A Estrada do Peabiru (Artigo publicado no jornal

A Gazeta de Botucatu)

No brasão da cidade de Botucatu, notamos ao lado das Três Pedras, uma, que os autores do escudo entendiam relacionada com um caminho que os Brasis denominavam "PEABIRU" ou Peabiyu, e que os jesuítas deram como "Caminho de São Tomé". Tradições várias abordam o dito caminho. Resumimo-las.

O Peabiru era um caminho encontrado antes da vinda dos conquistadores europeus; caminho aberto miraculosamente pela passagem do Apóstolo São Tomé, o grande missionário das Índias; caminho largo uns oito palmos, a estender-se por mais de duzentas léguas, desde a Capitania de São Vicente, da costa do Brasil, até as margens do Rio Paraná, passando pelos rios Tibagy, Ivahy e Perequy.

O dito caminho, saindo de São Paulo, passaria por Sorocaba e pela fazenda dos Jesuítas, em Botucatu; dirigia-se a São Miguel, junto ao Paranapanema e, costeando esse rio pela esquerda, tocava em Encarnação, São Xavier e São Ignácio; em seguida, substituído por canoas, no Paraná, subia o Ivinhema até o Paraguay, pelo qual ia subindo. Pelos tributários do Paraguay, podia chegar até o Peru.

Aloisio de Almeida em "Estado de São Paulo", (20/5/18), sob o títu-lo "O Lendário Peabiru", diz que Montoya foi o primeiro que descreveu tal caminho, e cita a passagem do jesuíta: "Os habitantes do Brasil, todos dão como certo que São Tomé Apóstolo veio a pé para estas bandas, e o lugar primeiro onde chegou foi a vila de Santos, chamada que está para as bandas do Sul; no dia de hoje mesmo se vê a pegada do santo, onde ele tinha saldo em terra. Eu por mim não vi aquelas pedras, porém, a cem léguas de distância do mar, vi um caminho de cerca de oito palmos, que ele tinha trilhado. Por aquele caminho tinha crescido um capim tenro e fino, pela borda dele, porém, cresceu até a altura de meia vara. Aquele caminho vai bastante, e caminho de São Tomé chamam-no a gente por ali moradora. Os nossos filhos também declaram que aquele caminho era assim chamado".

Das palavras de Montoya podemos coligir que ele encontrou um trecho de caminho, a cem léguas de distância do mar, no atual Estado do Paraná (Campos Gerais) com oito palmos de largo e que os índios lhe disseram ser "O CAMINHO DO PAI SUMÉ".

A ele se refere E. Pereira em "Anhembi", volume XL, página 288: "O Peabiru, a primeira estrada das bandeiras, chamada por Anchieta - "Porta de inúmeras gerações de gentios", era para o gentio "Caminho do Pai Sumé": uma picada de duzentas léguas, que com duas varas de largura, ia ao litoral (São Vicente) até Assunção do Paraguay, passando por São Paulo. Passava na várzea da cidade, bifurcando-se no rumo das futuras Itu e Sorocaba. A Ferrovia Santos Jundiaí, representa o tronco do Peabiru, e as rodovias de Itu e Sorocaba, a forquilha. São Paulo pelo Peabiru, tinha em mãos as chaves do sertão".

O termo peabiru sabe a sumério, PE-A-BI-RU nos diz: "entrada da viagem para o domínio dos sacerdotes". Domínio dos sacerdotes (Maias) e o Peru, que outrora abrangia o Peru, a Bolívia e parte do Equador e do Chile. PIRU, pode ser também: dominio do SOL, e tem equivalente em OPHIR, e contrasta com o nosso BER-A-ZIL, ou "domínio do templo negro" que cultuava Sată, na Lua, enquanto o Peru cultuava JEOVÁ, no SOL. As grandiosas ruínas da Fortaleza de OLEAN-TAITAMBO, a leste do Peru, representam os obstáculos que cortavam o Peabiru, e defendia a entrada do território dos Incas.

O Grande Maratá, SUMÉ, viajou pelo Peabiru, quando, perseguido pelos homens do culto negro, fugiu da Guanabara para o Peru, onde fundou o magnifico templo de Kusco (Kus-co-bri-lhante santuário). Em sua anterior estada no Peru, Sumé fundara nas vizinhanças do lado de Titicaca, a vila e o templo de Tiahuanaco.

O Peru, na antiguidade, então OPHIR, foi celebrado como país do ouro. Dele diz Genesis, II-11:"0 nome do primeiro rio é Phison, e é aquele que contorna toda a região de Hevilah (América), onde se encontra o ouro (e o ouro desta região é puro; encontra-se ali também o bdelio e a pedra ônix)".

Santo Tomé é o grão-sacerdo-te SUMÉ!"

"Padre Manuel da Nóbrega, em "Cartas ao Brasil" e o Frei Vicente do Salvador, no século XVI, relatam episódios fantásticos sobre a vida de Sumé no Brasil. Os relatos desses jesuítas, da passagem de Sumé pelo Brasil, coincidem com as anotações de Frei Fidélis".

Obs.: Outras referências ao caminho do Peabiru podem ser encontradas no livro "História da Conquista do Paraguai, rio Prata e Tucumán", escrito por Pedro Lozano, padre jesuíta nascido em 1697. Na "Revista Comentário" nº 49 (1971) do historiador Hernani Donato e no livro "Peabiru - Os Incas no Brasil", de Luiz Galdino.

SOBRE OS MONUMENTOS

"Fala-nos Fidélis dos numerosos monumentos que existem no Brasil e, em especial, da inscrição da Serra de Itaguatiá, serra que se levanta nas proximidades de Ouro Preto, cercada pelo rio das Mortes e pelo Ingahy. Elas trazem uma perfeita correspondência com a descrição que Platão faz sobre a Atlântida. Ela nos fala principalmente sobre os treze povoadores da América.

Os monumentos, desafiando milhares de anos, ostentam os gloriosos fundadores da primitiva civilização americana,. No Sul, esses monumentos andam semeados em grande quantidade".

Fidélis afirma:

"-Resenhamos alguns desses monumentos, que comprovando a narração de Platão, nos falam, que a Atlântida do sábio grego é a própria América. Viu-se a América obrigada a prestar culto singular, mediante os seus monumentos como no Gigante que Dorme, na Serra de Botucatu. Juntamente com os treze fundadores, aparece também a figura majestosa e simpática dos Grão-Sacerdote, o chefe, que guiou para a America as três levas de povoadores ou repovoadores".

A TERRA

Segundo os geólogos, a maior parte dos terrenos da região de Botucatu formaram-se durante a era mesozóica (150-200 milhões de anos) e a mesma faz parte dos enormes planaltos sedimentares do sul do país, localizando-se na região de contato da Depressão Periférica com a elevação (Cuesta) para o Planalto Ocidental Paulista.

Essa "Cuesta" é uma escarpa com mais de 500 km de extensão e seus pontos mais altos chegam à 900 metros de altura formados por basaltos (rochas originadas de derrame de lavas vulcânicas) e de arenito avermelhado (rocha sedimentar), constituído à partir de dunas fósseis e grãos de areia compactados. Portanto, já foi no seu passado remoto um imenso deserto de dunas.

AS TRÊS PEDRAS

Inseridas neste contexto, estão as "Três Pedras", com uma extensão de mais de 600 metros de imponência rochosa formada pelo "Arenito de Botucatu", verdadeiros testemunhos geológicos das transformações no imenso deserto que existia na região da atual "Cuesta".

A primeira pedra possui por volta de 40 m de altura, é conhecida como "Pedra do Navio". É amaior de todas, em extensão. A "Pedra do Meio", tem cerca de 200 m de comprimento por 50 m de altura. A "Terceira Pedra" é a menor de todas, com 80 m de comprimento e aproximadamente 30 m de altura.

Para Frei Fidélis, assim como para outros pesquisadores, a Pedra do Meio é a que exerce maior fascínio. Além de ser considerada o Templo, por excelência, é a que está relacionada com inúmeros relatos sobre Ovnis e as estranhas formações luminosas, constantemente observadas por todos os moradores locais.

Da reflexão sobre os estudos de Frei Fidélis, e de outros estudiosos, muitas pessoas foram levados até as Três Pedras na tentativa de desvendar os mistérios que elas encerram.

O SACERDÓCIOFrei Fidélis foi historiador, antropólogo, linguista, teólogo, mas essencialmente filósofo.Nos seus sessenta...
16/09/2025

O SACERDÓCIO

Frei Fidélis foi historiador, antropólogo, linguista, teólogo, mas essencialmente filósofo.

Nos seus sessenta anos de sacerdócio, desempenhou impotantes cargos na Província dos padres Capuchinhos do Estado de São Paulo.

Foi professor do Seminário Diocesano de Taubaté em 1910 e 1911. Reitor do Seminário Seráfi-co em 1924. Exerceu o magistério no Seminário Seráfico de Piracica-ba e no Curso Superior do Ensino Teológico de Mococa e São Paulo.

Várias vezes ocupou o cargo de Superior e Guardião das Casas Religiosas da Ordem. Foi assistente do Conselho Superior da Província e em 1938, foi eleito Superi-or Maior dos Frades Capuchinhos do Estado de São Paulo.

EM BOTUCATU

Em 1952, transferiu-se para Botucatu, interior de São Paulo, onde foi agregado ao Santuário Nossa Senhora de Lourdes.

Em Botucatu, exerceu boa parte de sua extraordinária atividade sacerdotal. Na verdade, devotou o resto de sua vida à família botucatuense, onde deixava transparecer sempre o carinho e o zelo que tinha pela cidade e por seu povo, a ponto de algumas pessoas que o conheceram pessoalmente, afirmarem com convicção que o Frei tinha o cheiro de santidade.

Foi sempre bem quisto pela comunidade, onde atuava como pregador, como confessor, conseheiro, orientador e amigo, tanto de - autoridades, quanto do clero e do povo. Foi professor do Seminário

Diocesano de Botucatu e teve uma louvável atividade como jor-nalista e escritor.

Foi um dos idealizadores e o trabalhador mais entusiasta na construção do Auditório, hoje existente ao lado do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, em cujo andar térreo reúnem-se as associações religiosas daquela paróquia. Foi grande incentivador da permanente atividade da Ordem terceira de São Francisco e da Associação das Damas de Caridade de Nossa Senhora de Lourdes.

Como jornalista, colaborou com os principais jornais da cidade. Durante dez anos foi redator do jornal "La Squilla", editado pela colônia italiana de São Paulo e do periódico "Anais Franciscanos" órgão publicitário da Ordem Franciscana Capuchinha do Estado de São Paulo.

Como escritor deixou obras de cunho literário, histórico e catequético como "Capuchinhos em terra de Santa Cruz", "Fomos e Somos a Atlântida", Os Missionários", "A América Préhistórica e Hércules", "Pedagogia Catequética", "Noiva Morfética" (romance), "Por Minha Irmä" (romance), "Entre os Selvagens da Amazônia" (romance) e "Artigos Vários Sobre Bilinguismo Bíblico".

Elaborou um Dicionário Sumério-Português (o qual segue anexo a esta publicação, talvez o único existente em nossa língua).

Conheceu diversas línguas, entre as quais o sumério, o hebraico, o sânscrito, o grego, o latim, o tupi-guarani e as linguas neolatinas.

Suas pesquisas tem sido questionadas por uns, admiradas por outros e analisadas por bem poucos. Seus livros e publicações, apesar de raros, continuam sendo lidos, discutidos, admirados ou contestados.

CUMPRINDO COM O DEVER DE CIDADÃO

Apesar de não ser obrigado a votar, como a maioria dos cidadãos brasileiros, Frei Fidélis fez questão de tirar o seu título de eleitor. E o fez aos 78 anos de idade, no ano de 1963.

O seu título foi emitido pela Justiça Eleitoral de Penápolis em oito de julho de 1963, sendo ele votante na octogésima sétima zona, oitava secção. Nessa época ele estava em Penapólis e, segundo consta em seu título eleitoral, residia na Av. Luiz Osório.

Também de acordo com o seu título, Frei Fidélis exerceu o seu direito de voto ainda em 1963, no dia 6 de novembro. Essa foi a primeira e a única vez que o religioso foi às urnas, pois, logo no ano seguinte, em março de 1964, com o advento do golpe militar, todos os brasilei-ros tiveram seus direitos políticos abolidos.

CIDADÃO BOTUCATUENSE

Em 23 de maio de 1967, por indicação do vereador Octacilio Paganini, a Câmara Municipal de Botucatu concedeu a Frei Fidélis de Primiero, o título de "CIDADÃO BOTUCATUENSE", pelos relevantes serviços que o religioso prestou a coletividade botucatu-ense.

Em sua justificativa, o vereador disse que, ao conceder o título ao Frei, pretendia "render homenagem a uma criatura que sempre soube, dentro de uma vida de impressionante e edificante humildade, repleta de belos exemplo, servir a Deus, sendo útil aos seus semelhantes".

Segundo ainda o edil, ele pretendia "aproveitar-se da oportunidade que o grato evento possibilitava, para homenagear também e por extensão, a Benemérita Ordem dos Frades Capuchinhos, tão querida e respeitada pelo povo botucatuense, cujos membros há 58 anos, vem prestando os mais relevantes serviços a Botucatu, tanto no campo religioso, quanto no assistencial".

A homenagem veio em momento proprício pois, menos de um ano depois, Frei Fidelis falecia.

A MORTE

Assim o jornal a Gazeta anunciou a morte de Frei Fidélis:

"Vítima de mal súbito, do qual foi acometido quando se preparava para celebrar a Missa matutina do Santuário de Nossa Se-nhora de Lourdes, faleceu no dia 19 de fevereiro do corrente ano (1968), Reverendíssimo Frei Fidélis de Primeiro, pertencente à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

Frei Fidélis era um dos nossos mais antigos e assíduos colaboradores, subscrevendo seus apreciados artigos sob o pseudônimo de "Da Motta". O seu constante tema era a história, a língua e os costumes dos "Sumérios", povo que, na mais remota antiguidade teria habitado a Atlântida e as Américas.

Dono de um estilo próprio, os seus trabalhos literários destacavam-se pelo extremo rigor de linguagem e pela originalidade de seu assunto, no qual Da Motta era autêntica autoridade.

Quando deixava seu tema preferido, Frei Fidélis abordava outros assuntos de interesse profundamente humano e de elevada espiritualidade, como se pode verificar de seu último trabalho que publicamos póstumamente nessa edição na 3ª página, intitulado "Por que Deus Não liquida o Diabo"? como sentida homenagem ao religioso piedoso, ao homem exemplar e ao intelectual brilhante.

Frei Fidélis nasceu em 06 de janeiro de 1885, na cidade italiana de Primiero, tendo vindo para o Brasil com poucos meses de idade. Pertencia a uma familia israelita e era filho de João Baptista Mott e de Joana Simeon. Ingressou na "Ordem Capuchinha" em 1900, tendo se ordenado sacerdote em 16 de junho de 1907. Em sua irmandade religiosa, Frei Fidélis ocupou vários postos de importância e durante dez anos foi redator do jornal "La Squilla", editado pela colônia italiana de São Paulo.

Em 1932, tomou parte da Revolução Constitucionalista, como capelão voluntário.

Residiu e exerceu o sacerdócio por muitos anos em nossa cidade, onde era extraordinariamente respeitado e admirado pelos seus excepcionais dotes pessoais e de cultura.

O sepultamento deu-se no dia seguinte de manhã, depois de celebrada missa de corpo presente por Dom Henrique, Arcebispo Metropolitano, tendo sido o féretro acompanhado até o cemitério local por grande número de pessoas, autoridades civis, militares e eclesiásticas, sacerdotes e representantes de irmandades religiosas.

"A Gazeta" fez-se apresentar por seu diretor, que expressou a Frei Ildefonso, superior local dos Capuchinhos, nosso sentido pesar pela irreparável perda que todos sofremos".

Também o jornal "Ultima Hora" , de 23 de fevereiro de 1968, veicula notícia sobre a morte do frei.

"BOTUCATU, 23 (UH)- Foi sepultado, terça-feira última, na necrópole local, o Frei Fidelis Maria de Primiero, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Seu passamento causou consternação geral, pois era muito querido e gozava de alto prestígio na cidade, não só como religioso, mas também como escritor e colaborador de jornais. Pelas suas atividades em prol da coletividade a Câmara Municipal outorgou-lhe, em junho do ano passado, ocasião em que com-pletou 60 anos de vida sacerdotal, o título de "Cidadão Honorário de Botucatu".

O ÚLTIMO ARTIGO

Em 20 de fevereiro de 1968, ο jornal A Gazeta de Botucatu, publicou póstumamente o último artigo que Frei Fidéli s enviara à redação antes de sua morte, que havia se dado um dia antes, na madrugada de 19 de feveiro do mesmo ano.

No artigo, cujo título era Porque Deus Não Liquida o Diabo, Frei Fidélis indagava-se porque o Criador, que tudo podía no Universo, não liquidava de vez o Demo, o autor de todos os males humanos e, mais ainda, o inimigo fidagal de Jesus Cristo e de todas as suas obras, que só visavam toda a glória de Deus.

E, ao indagar para a sua razão, ele encontrou a seguinte resposta: isso não acontecia porque Lúcifer, apesar de ser o chefe das colunas infernais, também era criatura de Deus, que criou todas as coisas para a existência e para a imortalidade. Desse condão da criatura, beneficiavam-se também os títulos e os encargos confiados às mesmas criaturas. Sendo assim, Lúcifer, foi criado por Deus sendo quase outro Jeová, tanto em sabedoria, poder e beleza, exceto na divindade.

16/09/2025

O Medo do Cemitério

O SACERDÓCIOFrei Fidélis foi historiador, antropólogo, linguista, teólogo, mas essencialmente filósofo.Nos seus sessenta...
16/09/2025

O SACERDÓCIO

Frei Fidélis foi historiador, antropólogo, linguista, teólogo, mas essencialmente filósofo.

Nos seus sessenta anos de sacerdócio, desempenhou importantes cargos na Província dos padres Capuchinhos do Estado de São Paulo.

Foi professor do Seminário Diocesano de Taubaté em 1910 e 1911. Reitor do Seminário Seráfico em 1924. Exerceu o magistério no Seminário Seráfico de Piracicaba e no Curso Superior do Ensino Teológico de Mococa e São Paulo.

Várias vezes ocupou o cargo de Superior e Guardião das Casas Religiosas da Ordem. Foi assistente do Conselho Superior da Província e em 1938, foi eleito Superior Maior dos Frades Capuchinhos do Estado de São Paulo.

EM BOTUCATU

Em 1952, transferiu-se para Botucatu, interior de São Paulo, onde foi agregado ao Santuário Nossa Senhora de Lourdes.

Em Botucatu, exerceu boa parte de sua extraordinária atividade sacerdotal. Na verdade, devotou o resto de sua vida à família botucatuense, onde deixava transparecer sempre o carinho e o zelo que tinha pela cidade e por seu povo, a ponto de algumas pessoas que o conheceram pessoalmente, afirmarem com convicção que o Frei tinha o cheiro de santidade.

Foi sempre bem quisto pela comunidade, onde atuava como pregador, como confessor, conseIheiro, orientador e amigo, tanto autoridades, quanto do clero e do povo. Foi professor do Seminário

NASCIMENTOFrei Fidélis da Mota nasceu na cidade de Primiero, diocese de Trento, Itália, aos 6 de janeiro de 1885. Seus p...
16/09/2025

NASCIMENTO

Frei Fidélis da Mota nasceu na cidade de Primiero, diocese de Trento, Itália, aos 6 de janeiro de 1885. Seus pais, João Batista Mott e Joana Simeon eram descenden-tes de austríacos, do Tirol, que haviam imigrado para a Itália durante o Risorgimento, movimento que culminou com a unificação da Itália, em 1870.

Quando estava com apenas um ano de idade, os seus pais vieram para o Brasil, fixando residência em São Paulo, capital da Província Paulista.

OS PRIMEIROS ESTUDOS

Estudou as primeiras letras no Liceu Coração de Jesus, dos beneméritos Padres Salesianos.

Após breve estadia na capital, seus pais foram residir em Itú. E daí, se deslocaram para a cidade de Piracicaba, onde o menino Bernardo teve o primeiro contato com os Padres Capuchinhos que, vidos de Trento, lá se estabeleceram no início de 1890.

Mais tarde, veio a estudar na Escola Seráfica dos Padres Capuchinhos, sediada em Taubaté.

VESTINDO O BUREL

Em 4 de fevereiro de 1900, ingressou definitivamente na Ordem Seráfica, revestindo-se do burel franciscano. A partir de então, deixou de chamar-se Bernardo Mott e tomou o nome de Frei Fidélis de Primiero, em homenagem a um outro Frei Fidélis de Primiero, que havia sido vitimado pelo ataque dos índios, em Barra do Corda, no Maranhão, e cuja vida e sacrifício aprendera a admirar durante os seus estudos na Ordem Seráfica de Taubaté.

Terminado o currículo filosófico e teológico, no dia 16 de junho de 1907, recebeu das mãos de Sua Reverendíssima Dom Duarte Leopoldo e Silva, a Sagrada Ordem do Presbiterato, que o consagraria para sempre como ministro de Deus.

OS PRIMEIROS ESTUDOS

Estudou as primeiras letras no Liceu Coração de Jesus, dos beneméritos Padres Salesianos.

Após breve estadia na capital, seus pais foram residir em Itú. E daí, se deslocaram para a cidade de Piracicaba, onde o menino Bernardo teve o primeiro contato com os Padres Capuchinhos que, vindos de Trento, lá se estabeleceram no início de 1890.

Mais tarde, veio a estudar na Escola Seráfica dos Padres Capuchinhos, sediada em Taubaté.

O CONSTITUCIONALISTA

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, Frei Fidélis a incorporou-se às tropas paulistas aquarteladas na cidade de Lorena, como Capelão Militar.

ENCONTRO COM O GRANDE MESTRE

Em 1951, um ano antes de des-locar-se para Botucatu, Frei Fidélis encontrou-se com o Rabino David Ben Yoseph, na cidade de Penapólis.

Esse grande iniciado era um verdadeiro "Judeu Errante" e estava em viagem de propaganda do Pan-Semitismo Ortodoxo, de que era apóstolo almejado, razão pelo qual fora excomungado pela Sinagoga de Jerusalém.

Segundo Frei Fidélis, foi esse grande religioso o seu "guru", aquele que o orientou na chamada "Língua dos Cantores do Templo".

Você sabia?Da modificação do curso d'água no rio Lavapés? (região final da Amando/Curuzú)Quem sabe nos dizer como era o ...
16/09/2025

Você sabia?
Da modificação do curso d'água no rio Lavapés?
(região final da Amando/Curuzú)
Quem sabe nos dizer como era o trajeto do rio antigamente...
Nessas fotos podemos observar dois moços sobre a ponte, a mesma onde se vê o início da rua Curuzu, ainda de terra... e o animal tranquilamente atravessando o rio conduzido por um menino!
Lavapés de nossas vidas...

Quem conheceu o Gugu?O pessoal da Demétria gostaria de algumas informações sobre ele...Saber da fundação do Bloco da Dem...
15/09/2025

Quem conheceu o Gugu?
O pessoal da Demétria gostaria de algumas informações sobre ele...
Saber da fundação do Bloco da Demétria etc.
Alguém conhece pessoas da família?

Endereço

Botucatu, SP
18.602.260

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