16/09/2025
Foi criado para ser o que era: "Principe do Universo"! Um título inquestionad, pois o próprio Cristo reconheceu a sua legitimidade. E o próprio Lucifer subentendeu isso quando, no monte, ofereceu a Cristo "todos os reinos do mundo e a glória deles".
Contudo, Lúcifer, não permaneceu fiel às ordens do seu Criador; revoltou-se contra ele. Por esse ato, segundo a razão humana, mereceria morrer! Mas, como a palavra de Deus é irreversível, é permitido a Lúcifer conservar o seu poder sobre o universo até o dia em que o fogo do céu haverá de dissolver os elementos de nosso tribulado mundo. Então, segundo as escrituras, será formado um novo Universo, que não mais será entregue e submisso a Lucifer.
E, na antevéspera de sua morte, Frei Fidélis termina o artigo afirmando que Lucifer será privado eternamente da visão beatífica do Deus trino.
O MITO DAS TRÊS PEDRAS
BOTUCATU, BOFETE E PARDINHO: UMA TRIANGULAÇÃO ESOTÉRICA?
Frei Fidélis desenvolve seus estudos sobre a região de Botucatu de 1952 a 1967, onde, sob a ótica suméria, idioma que estudou profundamente, defendeu tese sobre a manifestação dos "culto negros" na história, a lenda indígena sobre o Sumé (ou Hércules) e também sobre o "caminho do Peabiru".
Publicou trabalhos com o criptônimo de Peregrino Vidal e Da Mota. Usou esses cognomes, principalmente em publicações jornalísticas. Para Fidélis a palavra Botucatu possui outro significado em sumério: bot-uk-at-u, quer dizer "Templo da Serpente no Meio das Pedras" ou " Fortaleza da Serpente no Meio das Pedras", os quais detalharemos mais adiante, pois trata-se das "Três Pedras" de Bofete. Para Fidélis, essas formações rochosas eram templos construídos pelos filhos de Deus (o culto branco) ou levantadas pelos devotos de Sata (o culto negro). Fidélis parte do princípio de que o sumério, lingua do Grão-Sacerdote Sumé, é a origem de todos os outros idiomas. Através de gravações em pedras, grutas, que ele pesquisou, e no contexto da interpretação linguistica das lendas tupis e textos bíblicos, chegou a uma nova interpretação do povoamento da América.
O PEABIRU, SEGUNDO FREI FIDÉLIS
"A Estrada do Peabiru (Artigo publicado no jornal
A Gazeta de Botucatu)
No brasão da cidade de Botucatu, notamos ao lado das Três Pedras, uma, que os autores do escudo entendiam relacionada com um caminho que os Brasis denominavam "PEABIRU" ou Peabiyu, e que os jesuítas deram como "Caminho de São Tomé". Tradições várias abordam o dito caminho. Resumimo-las.
O Peabiru era um caminho encontrado antes da vinda dos conquistadores europeus; caminho aberto miraculosamente pela passagem do Apóstolo São Tomé, o grande missionário das Índias; caminho largo uns oito palmos, a estender-se por mais de duzentas léguas, desde a Capitania de São Vicente, da costa do Brasil, até as margens do Rio Paraná, passando pelos rios Tibagy, Ivahy e Perequy.
O dito caminho, saindo de São Paulo, passaria por Sorocaba e pela fazenda dos Jesuítas, em Botucatu; dirigia-se a São Miguel, junto ao Paranapanema e, costeando esse rio pela esquerda, tocava em Encarnação, São Xavier e São Ignácio; em seguida, substituído por canoas, no Paraná, subia o Ivinhema até o Paraguay, pelo qual ia subindo. Pelos tributários do Paraguay, podia chegar até o Peru.
Aloisio de Almeida em "Estado de São Paulo", (20/5/18), sob o títu-lo "O Lendário Peabiru", diz que Montoya foi o primeiro que descreveu tal caminho, e cita a passagem do jesuíta: "Os habitantes do Brasil, todos dão como certo que São Tomé Apóstolo veio a pé para estas bandas, e o lugar primeiro onde chegou foi a vila de Santos, chamada que está para as bandas do Sul; no dia de hoje mesmo se vê a pegada do santo, onde ele tinha saldo em terra. Eu por mim não vi aquelas pedras, porém, a cem léguas de distância do mar, vi um caminho de cerca de oito palmos, que ele tinha trilhado. Por aquele caminho tinha crescido um capim tenro e fino, pela borda dele, porém, cresceu até a altura de meia vara. Aquele caminho vai bastante, e caminho de São Tomé chamam-no a gente por ali moradora. Os nossos filhos também declaram que aquele caminho era assim chamado".
Das palavras de Montoya podemos coligir que ele encontrou um trecho de caminho, a cem léguas de distância do mar, no atual Estado do Paraná (Campos Gerais) com oito palmos de largo e que os índios lhe disseram ser "O CAMINHO DO PAI SUMÉ".
A ele se refere E. Pereira em "Anhembi", volume XL, página 288: "O Peabiru, a primeira estrada das bandeiras, chamada por Anchieta - "Porta de inúmeras gerações de gentios", era para o gentio "Caminho do Pai Sumé": uma picada de duzentas léguas, que com duas varas de largura, ia ao litoral (São Vicente) até Assunção do Paraguay, passando por São Paulo. Passava na várzea da cidade, bifurcando-se no rumo das futuras Itu e Sorocaba. A Ferrovia Santos Jundiaí, representa o tronco do Peabiru, e as rodovias de Itu e Sorocaba, a forquilha. São Paulo pelo Peabiru, tinha em mãos as chaves do sertão".
O termo peabiru sabe a sumério, PE-A-BI-RU nos diz: "entrada da viagem para o domínio dos sacerdotes". Domínio dos sacerdotes (Maias) e o Peru, que outrora abrangia o Peru, a Bolívia e parte do Equador e do Chile. PIRU, pode ser também: dominio do SOL, e tem equivalente em OPHIR, e contrasta com o nosso BER-A-ZIL, ou "domínio do templo negro" que cultuava Sată, na Lua, enquanto o Peru cultuava JEOVÁ, no SOL. As grandiosas ruínas da Fortaleza de OLEAN-TAITAMBO, a leste do Peru, representam os obstáculos que cortavam o Peabiru, e defendia a entrada do território dos Incas.
O Grande Maratá, SUMÉ, viajou pelo Peabiru, quando, perseguido pelos homens do culto negro, fugiu da Guanabara para o Peru, onde fundou o magnifico templo de Kusco (Kus-co-bri-lhante santuário). Em sua anterior estada no Peru, Sumé fundara nas vizinhanças do lado de Titicaca, a vila e o templo de Tiahuanaco.
O Peru, na antiguidade, então OPHIR, foi celebrado como país do ouro. Dele diz Genesis, II-11:"0 nome do primeiro rio é Phison, e é aquele que contorna toda a região de Hevilah (América), onde se encontra o ouro (e o ouro desta região é puro; encontra-se ali também o bdelio e a pedra ônix)".
Santo Tomé é o grão-sacerdo-te SUMÉ!"
"Padre Manuel da Nóbrega, em "Cartas ao Brasil" e o Frei Vicente do Salvador, no século XVI, relatam episódios fantásticos sobre a vida de Sumé no Brasil. Os relatos desses jesuítas, da passagem de Sumé pelo Brasil, coincidem com as anotações de Frei Fidélis".
Obs.: Outras referências ao caminho do Peabiru podem ser encontradas no livro "História da Conquista do Paraguai, rio Prata e Tucumán", escrito por Pedro Lozano, padre jesuíta nascido em 1697. Na "Revista Comentário" nº 49 (1971) do historiador Hernani Donato e no livro "Peabiru - Os Incas no Brasil", de Luiz Galdino.
SOBRE OS MONUMENTOS
"Fala-nos Fidélis dos numerosos monumentos que existem no Brasil e, em especial, da inscrição da Serra de Itaguatiá, serra que se levanta nas proximidades de Ouro Preto, cercada pelo rio das Mortes e pelo Ingahy. Elas trazem uma perfeita correspondência com a descrição que Platão faz sobre a Atlântida. Ela nos fala principalmente sobre os treze povoadores da América.
Os monumentos, desafiando milhares de anos, ostentam os gloriosos fundadores da primitiva civilização americana,. No Sul, esses monumentos andam semeados em grande quantidade".
Fidélis afirma:
"-Resenhamos alguns desses monumentos, que comprovando a narração de Platão, nos falam, que a Atlântida do sábio grego é a própria América. Viu-se a América obrigada a prestar culto singular, mediante os seus monumentos como no Gigante que Dorme, na Serra de Botucatu. Juntamente com os treze fundadores, aparece também a figura majestosa e simpática dos Grão-Sacerdote, o chefe, que guiou para a America as três levas de povoadores ou repovoadores".
A TERRA
Segundo os geólogos, a maior parte dos terrenos da região de Botucatu formaram-se durante a era mesozóica (150-200 milhões de anos) e a mesma faz parte dos enormes planaltos sedimentares do sul do país, localizando-se na região de contato da Depressão Periférica com a elevação (Cuesta) para o Planalto Ocidental Paulista.
Essa "Cuesta" é uma escarpa com mais de 500 km de extensão e seus pontos mais altos chegam à 900 metros de altura formados por basaltos (rochas originadas de derrame de lavas vulcânicas) e de arenito avermelhado (rocha sedimentar), constituído à partir de dunas fósseis e grãos de areia compactados. Portanto, já foi no seu passado remoto um imenso deserto de dunas.
AS TRÊS PEDRAS
Inseridas neste contexto, estão as "Três Pedras", com uma extensão de mais de 600 metros de imponência rochosa formada pelo "Arenito de Botucatu", verdadeiros testemunhos geológicos das transformações no imenso deserto que existia na região da atual "Cuesta".
A primeira pedra possui por volta de 40 m de altura, é conhecida como "Pedra do Navio". É amaior de todas, em extensão. A "Pedra do Meio", tem cerca de 200 m de comprimento por 50 m de altura. A "Terceira Pedra" é a menor de todas, com 80 m de comprimento e aproximadamente 30 m de altura.
Para Frei Fidélis, assim como para outros pesquisadores, a Pedra do Meio é a que exerce maior fascínio. Além de ser considerada o Templo, por excelência, é a que está relacionada com inúmeros relatos sobre Ovnis e as estranhas formações luminosas, constantemente observadas por todos os moradores locais.
Da reflexão sobre os estudos de Frei Fidélis, e de outros estudiosos, muitas pessoas foram levados até as Três Pedras na tentativa de desvendar os mistérios que elas encerram.