
26/06/2025
Em 2020, o mundo vai comemorar os 250 anos de nascimento de Ludwig van Beethoven, esse ícone supremo da música ocidental. Nascido em 1770, em Bonn na Alemanha, manifestou talento musical precoce. Aos 17 anos foi para Viena estudar com grandes mestres da época, incluindo Haydn e Salieri. Em pouco tempo, conquistou a fama de grande pianista virtuoso, improvisador e compositor. Mas a perda auditiva, doença cruel especialmente para músicos, deu os primeiros sinais em 1802 e culminou com a surdez total, situação que destrói a carreira de qualquer músico. No caso de Beethoven, ele resistiu, venceu as crises de depressão e deflagrou um incrível período de criatividade que resultou em suas mais famosas obras. Esse milagre foi possível graças ao ouvido interno, ou ouvido mental, que dispensa a existência do som físico, e permitia ao compositor ouvir no cérebro as mais complexas combinações sonoras e anotá-las na partitura. Quando faleceu, em 1827, recebeu no seu enterro as honras de um herói nacional. Sua obra soma quase 400 composições entre sinfonias, concertos, quartetos de cordas, uma opera, peças para piano e outros instrumentos, canções, e tantas mais.
Enquanto a maioria dos compositores conhecidos na época dele caiu no esquecimento, o prestígio de Beethoven subiu cada vez mais. Qual é o segredo dele? O compositor americano Leonard Bernstein, analisando a obra do autor da famosa nona sinfonia foi bastante crítico: “Do ponto de vista harmônico, melódico, instrumental e estilístico, Beethoven é bastante formal e pouco inovador. Mas apesar disso, ele é genial”. Beethoven como pessoa foi complicado, doente, impaciente, agressivo e até mal educado, inclusive com seus nobres patrocinadores. Mas a sua música é repleta de amor, de alegria e de fé na humanidade.
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