25/11/2025
ESCÂNDALO DAS EMPRESAS FAVORECIDAS: QUEM LUCRA COM A “INDÚSTRIA DA EMERGÊNCIA” NA CÂMARA
1- Delpho Construções Ltda.: contratada por cerca de R$ 25 mil para laudo estrutural/elétrico/hidráulico via dispensa, sem comprovação clara de registro em conselho, orçamentos concorrentes ausentes e empenho antes da homologação.
2- Salcom Telecomunicações e Tecnologia Ltda.: empresa de telecom que assume obra elétrica e lógica por dispensa emergencial; contrato e aditivo somam mais de R$ 600 mil, com aditivo acima de 30% e documentação técnica/financeira incompleta.
3- Trintin Engenharia Ltda.: responsável pelo PPCI por cerca de R$ 13,8 mil, também por dispensa; sede em condomínio residencial, ausência de registro comprovado em CREA/CAU e pesquisa de preços pouco transparente.
4- Moretto Variedades Ltda.: com poucos meses de existência, recebe sozinha reforma estrutural da Câmara por dispensa emergencial; valor inicial de cerca de R$ 842 mil, acrescido de ~R$ 238 mil em aditivo, com laudo de “emergência” assinado pelo mesmo profissional que depois assume a obra.
5- Lencina Publicidade Ltda.: vence licitação de publicidade de R$ 2 milhões em edital praticamente copiado de outro município, com forte aumento da verba de mídia e subcomissão técnica formada por pessoas com vínculos com o sócio da agência.
6- Araujo Segurança e Transportes Ltda.: contratada para escolta armada não letal por cerca de R$ 41,8 mil/mês (algo em torno de R$ 250 mil em seis meses), apesar da existência de contrato de vigia/portaria, com justificativa de urgência frágil e suspeita de sobrepreço.
7- AC Assessoria e Produção Ltda. (Live Eventos): produtora de eventos que passa a fornecer copeiragem por dispensa emergencial; recebe cerca de R$ 14,2 mil/mês (R$ 85 mil em 180 dias), sem concorrência efetiva e com custo por copeira quase R$ 3 mil acima do contrato anterior.
Segundo o relatório, o fio condutor entre todas essas empresas é o mesmo: uso abusivo de dispensa, pouca transparência, indícios de direcionamento e forte suspeita de violação à legalidade, moralidade, publicidade e economicidade no uso do dinheiro público.