12/07/2025
Incrível, Piracicaba cortou investimentos na saúde
Barjas Negri
Ex-ministro da Saúde e ex-prefeito de Piracicaba por três gestões
Desde a aprovação da Emenda Constitucional nº 29, no ano 2000, tanto o Governo Federal quanto os governos estaduais e municipais passaram a investir mais em saúde pública, com o objetivo de ampliar a cobertura e melhorar o atendimento aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). Coube aos municípios brasileiros a responsabilidade de aplicar, no mínimo, 15% de suas receitas provenientes de impostos e transferências constitucionais em ações e serviços de saúde. Como a maior parte dos serviços básicos de saúde está sob responsabilidade das prefeituras, por estarem mais dentro da população e de serem diretamente cobradas por ela, em poucos anos os municípios passaram a investir bem acima do percentual mínimo exigido, ao mesmo tempo em que ampliaram significativamente os serviços oferecidos.
Com a nossa posse como prefeito em 2005, os equipamentos e serviços de saúde que já eram expressivos foram ampliados de forma significativa. Até 2020, Piracicaba já contava com uma rede pública municipal robusta, composta por dezenas de unidades de atenção básica e especializada, unidades de urgência e emergência, serviços de diagnóstico, farmácias, gabinetes odontológicos, clínicas, centros de referência, programas de atendimento domiciliar e consultórios de rua, entre outros. Essa estrutura foi sustentada por cerca de dois mil profissionais da área da saúde, além dos serviços ambulatoriais e hospitalares contratados pela Secretaria Municipal de Saúde.
Todo esse trabalho exigiu planejamento rigoroso, dedicação constante e, principalmente, investimentos consistentes de recursos municipais. O resultado desse esforço foi reconhecido em todo o país