24/04/2024
Brasileiros e estadunidenses, nos últimos anos estão lidando com atentados claríssimos contra o Estado democrático de direito. O filme Guerra Civil, de Alex Garland, que já está nos cinemas de Campos, trata dos resultados da ruptura desse estado democrático de direito.
E se Trump insistisse em não sair do cargo de presidente dos Estados Unidos? E se o golpe, supostamente orquestrado por Bolsonaro e seus asseclas obtivesse sucesso?
Obviamente que estamos conjecturando, mas é impossível não pensar nessas opções ao assistir Guerra Civil.
Quatro jornalistas atravessam o país atrás de uma matéria. São todos correspondentes de guerra, três deles experientes e um novato. E é sob a ótica dos jornalistas que a narrativa avança.
O resultado é um retrato assustadoramente real. Rápido, urgente, como requer uma matéria jornalística e terrivelmente imparcial. O brasileiro Wagner Moura é o jornalista que acompanha uma renomada fotógrafa interpretada por Kirsten Dunst. Se juntam aos dois uma fotógrafa novata interpretada pela jovem Cailee Spaeny e um jornalista veterano interpretado por Stephen Henderson.
Guerra Civil eleva ao extremo tudo o que a polarização política poderia causar à democracia. A ruptura do tecido social é um mergulho na barbárie. Assistir Guerra Civil é obrigatório.