02/07/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a suspensão parcial do envio de ajuda militar à Ucrânia, que enfrenta uma guerra contra a Rússia há mais de três anos – e tinha até então, nos Estados Unidos, um dos principais aliados. A decisão inclui a interrupção do envio de mísseis de defesa aérea e outras munições de precisão que estavam em trânsito ou armazenadas em depósitos, especialmente na Polônia, segundo comunicado da Casa Branca.
A subsecretária de imprensa da Casa Branca, Anna Kelly, afirmou que a medida foi tomada para priorizar os interesses dos Estados Unidos, após uma revisão do Departamento de Defesa sobre o apoio militar americano a outros países. Ela ressaltou que o poderio militar dos EUA continua “inquestionável” e que a suspensão visa garantir que a ajuda contribua para uma solução pacífica do conflito.
A decisão ocorre em meio à intensificação dos ataques aéreos russos contra a Ucrânia, que tem sofrido com o aumento do uso de drones de longo alcance.
O Kremlin comemorou a medida, com o porta-voz Dmitry Peskov afirmando que “quanto menos armamentos forem enviados à Ucrânia, mais rápido o conflito chegará ao fim”. Por outro lado, o governo ucraniano expressou preocupação, alertando que qualquer atraso na ajuda incentivará a Rússia a escalar o conflito, convocando ainda o vice-chefe da embaixada dos EUA em Kiev, para esclarecimentos.
A suspensão da ajuda militar acontece após uma série de atritos entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, incluindo uma reunião tensa na Casa Branca no início do ano. Trump justificou a decisão afirmando que os EUA precisam que seus parceiros estejam comprometidos com o objetivo da paz.