16/10/2025
🔴 O menino Arthur foi encontrado, mas infelizmente sem vida.
Durante seis dias, uma família inteira esperou por um milagre. Durante seis dias, dezenas de bombeiros, policiais, mergulhadores e voluntários vasculharam cada metro de terra e água em Tibagi, no Paraná. Durante seis dias, o Brasil inteiro segurou a respiração, esperando que Arthur da Rosa Carneiro, de apenas 2 anos, fosse encontrado com vida.
Mas nesta terça-feira, 14 de outubro, a notícia que ninguém queria ouvir chegou. Um pescador encontrou o corpo do pequeno Arthur na margem do Rio Tibagi, a aproximadamente 20 metros do ponto onde sua mamadeira havia sido localizada no primeiro dia de buscas.
Arthur desapareceu na manhã de quinta-feira, 9 de outubro, de dentro de casa. Sua mãe, uma adolescente de apenas 15 anos, estava dormindo quando ele saiu. Quando acordou e percebeu que o filho não estava mais ali, começou o pesadelo que se estenderia por quase uma semana. Familiares, vizinhos, forças de segurança, toda a comunidade se mobilizou. Mas o rio, que f**a a 500 metros da casa, já havia levado Arthur.
A avó de Arthur, Rosa, que criava os netos sozinha, que trabalhava incansavelmente para sustentar a família, passou os últimos dias tomando três calmantes por dia, sem comer, sem dormir, esperando que seu netinho voltasse. Ela chegou a fazer um desabafo público, pedindo às pessoas que parassem de julgar, de criticar, de apontar dedos. Porque naquele momento, tudo o que ela precisava era de esperança. E de respeito.
Hoje, essa esperança se apagou.
O corpo de Arthur foi encaminhado para o Instituto Médico Legal para exames que determinarão as circunstâncias de sua morte. A Polícia Civil segue investigando se houve algum crime ou se foi uma tragédia — uma criança pequena que saiu de casa, se aproximou do rio e se afogou sem que ninguém percebesse a tempo.
Mas independentemente do que as investigações concluírem, uma verdade permanece: uma criança de 2 anos perdeu a vida. Uma mãe adolescente perdeu o filho. Uma avó perdeu o neto. E uma família inteira foi destruída por uma dor que nenhuma palavra consegue descrever.
Durante esses seis dias, milhares de pessoas compartilharam a foto de Arthur, oraram, torceram, acreditaram. E hoje, essas mesmas pessoas choram com a família, mesmo sem conhecê-la pessoalmente. Porque a dor de perder uma criança é universal. Porque todos nós entendemos que ali poderia estar qualquer um de nós.
Que Arthur descanse em paz. Que sua família encontre, de alguma forma, forças para seguir adiante. E que todos nós, que acompanhamos essa tragédia de longe, possamos aprender algo: cuide das crianças ao seu redor. Nunca subestime os perigos próximos de casa. E antes de julgar uma família em luto, lembre-se de que acidentes acontecem — e que a dor deles já é grande o suficiente sem que precisem carregar também o peso do julgamento alheio.
Nossos mais profundos sentimentos à família de Arthur da Rosa Carneiro. Que Deus conforte o coração de todos que o amavam.
Descanse em paz, pequeno Arthur. O Brasil inteiro chorou por você.