
02/04/2025
Fato ocorrido na EE Victorio Fornasaro em Carapicuíba
“A Dor de Robson: Violência e Desrespeito no Dia Mundial do Autismo”
Hoje, no Dia Mundial do Autismo, um episódio revoltante e doloroso nos lembra o quanto ainda precisamos evoluir como sociedade. Robson Ryan, um menino autista de ap***s 11 anos, sofreu uma agressão brutal dentro da própria sala de aula, um espaço que deveria ser de aprendizado e acolhimento.
Durante a aula de Geografia, uma pequena confusão ocorreu entre os alunos. Em vez de intervir com paciência e compreensão, o professor Gilson da Conceição ordenou que Robson saísse da sala. O menino, obediente, virou-se para atender ao pedido, mas foi surpreendido com um ato de pura crueldade: o professor, sem qualquer justificativa, acertou sua nuca com um livro.
A cena é difícil de imaginar sem sentir indignação e tristeza. Um adulto, responsável por educar e orientar, usando da força contra uma criança indefesa, que já enfrenta desafios diários para se adaptar a um mundo que, muitas vezes, não lhe dá espaço nem voz. E tudo isso justamente no Dia Mundial do Autismo, uma data que deveria reforçar a importância da inclusão, do respeito e da empatia.
Crianças autistas possuem dificuldades específicas de comunicação e interação social. Precisam de paciência, de apoio, de acolhimento – não de violência. O que aconteceu com Robson não é ap***s um ato isolado de agressão, mas um reflexo de um sistema que ainda falha em garantir que crianças neurodivergentes sejam tratadas com a dignidade que merecem.
A escola deve ser um ambiente seguro, onde cada aluno se sinta respeitado e protegido. O que Robson sofreu foi uma grave violação dos seus direitos, um ato covarde que não pode ser ignorado. A indignação precisa se transformar em ação: é urgente que professores e profissionais da educação sejam treinados para lidar com alunos com necessidades especiais com sensibilidade e humanidade.
Neste Dia Mundial do Autismo, a dor de Robson deve servir de alerta. Não podemos permitir que crianças autistas continuem sendo vítimas de ignorância, preconceito e violência. Precisamos lutar por uma educação verdadeiramente inclusiva, onde cada criança, independentemente de suas particularidades, tenha seu espaço garantido e protegido.
Que a voz de Robson ecoe. Que sua dor não seja esquecida. E que essa indignação nos mova a construir um mundo mais justo para todas as crianças.