Jornal Contexto

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CONTEXTO - RETROSPECTIVAEDIÇÃO Nº 358 – 12/03/1994------------------------------------------------------------------A mu...
18/09/2025

CONTEXTO - RETROSPECTIVA
EDIÇÃO Nº 358 – 12/03/1994
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A mulher barbosense tem um dia exclusivo

A edição 358 do jornal Contexto circulou no dia 12 de março de 1994. Entre os destaques daquela edição estava que a mulher barbosense teria um dia exclusivo. Foi criado o Dia da Mulher Barbosense, que seria sempre em 10 de março. Na noite de quinta, depois de sessão que instituiu o Dia da Mulher Barbosense, ocorreu o primeiro Encontro da Mulher Barbosense. Outro destaque daquela edição era que a tempestade de granizo tinha deixado um rastro de prejuízos e destruição na cidade. A tempestade, acompanhada de fortes ventos, durou poucos minutos. Mas foi o suficiente para uma série de estragos. No esporte, a ACBF começava o trabalho de adaptação. O treinador da época acreditava também que a tabela dos jogos tinha f**ado boa para a ACBF, que deveria obter uma das seis vagas para a fase seguinte. A preparação física seria a prioridade nos treinos.

CONTEXTO - RETROSPECTIVAEDIÇÃO Nº 357 – 05/03/1994------------------------------------------------------------------URV ...
17/09/2025

CONTEXTO - RETROSPECTIVA
EDIÇÃO Nº 357 – 05/03/1994
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URV não altera rotina dos barbosenses

A edição 357 do jornal Contexto circulou no dia 05 de março de 1994. Entre os destaques daquela edição estava que o URV não estava alterando a rotina dos barbosenses. O povo dava provas de que já estava vacinado contra os planos econômicos. A inflação tinha sido de 50,29% em apenas 28 dias. O jornal Contexto seguia fazendo pesquisas de preços no supermercado e publicando no jornal em todas as edições. Destaque também naquela edição que a próxima edição do Festiqueijo seria de 15 a 31 de julho daquele ano. Uma reunião foi realizada para avaliar a edição passada, além de projetar a edição do futuro da maior festa de Carlos Barbosa. Na próxima semana seria definida quem seria a diretoria da próxima edição, a partir de nomes sugeridos por votação, e a partir daquele momento começariam os contatos com empresas de queijo e vinho, além de outros detalhes para a organização da festa.
No esporte, o Ajax se sagrou campeão do Citadino de Futsal de forma invicta. Em 15 jogos, foram 14 vitórias e um empate apenas. Também no esporte, a ACBF apresentava seu novo plantel. Cerca de 90 pessoas compareceram ao Restaurante Tramontina para acompanhar de perto a apresentação. Na natação, foi tempo de vibração na primeira etapa da Competição Municipal de Natação.

ASSINANTE DA SEMANA---------------------------------------------O casal de aposentados Claci Maria Haefliger e Valdir Ce...
17/09/2025

ASSINANTE DA SEMANA
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O casal de aposentados Claci Maria Haefliger e Valdir Cerutti carrega consigo uma longa história de vínculo com a comunidade. Os dois são moradores do bairro Vila Nova há mais de quatro décadas. Entre esses hábitos, está o gosto especial pela leitura do jornal Contexto, do qual são assinantes há mais de 20 anos. A paixão pelo jornal não se limita apenas às manchetes principais. “Gosto de ler tudo. Horários de missas, os jogos, ver os conhecidos, acompanhar as notícias. Gosto de olhar do começo ao fim”, relata. Aos sábados, a rotina já está estabelecida: enquanto tomam o inseparável chimarrão, Claci e Valdir aguardam ansiosos a chegada de mais uma edição impressa. Assim que o exemplar é entregue, a leitura começa de imediato. Para Claci, a assinatura do Contexto é uma forma de se sentir conectada e informada sobre tudo o que acontece no município. “A gente está por dentro das notícias, do que acontece no município. Gostamos de saber e f**ar por dentro. Gostamos muito do jornal”, confessa.

BICHO DA CASA----------------------------------------------O casal Nadir Alício Sganderla e Maristela Posoco Sganderla d...
16/09/2025

BICHO DA CASA
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O casal Nadir Alício Sganderla e Maristela Posoco Sganderla divide o carinho pelos seus companheiros de quatro patas: o cachorro Bóris, de 11 anos, e a gata Ritinha, de 3 anos e meio, que é cuidada pela filha do casal, Bruna. Bóris chegou à família através de uma ONG no interior de Garibaldi. Nadir lembra que saiu de casa já decidido: chamaria pelo nome de Bóris e o cão que respondesse seria o escolhido. Não deu outra: ao ouvir “Bóris”, o peludo se aproximou e foi levado para casa. Desde então, tornou-se um verdadeiro guardião do pátio. Dentro de casa, é tranquilo e dorme dentro de casa, mas no quintal ninguém entra sem que ele perceba. Fiel e apegado, não desgruda de Nadir, acompanha cada passo e demonstra uma lealdade emocionante.Já a Ritinha tem personalidade caçadora: passa o dia descansando e, à noite, costuma sair para explorar, voltando sempre para dormir com a Bruna.

Conheça a trajetória de pessoas que foram fundamentais para o desenvolvimento de Carlos Barbosa em uma série de reportag...
16/09/2025

Conheça a trajetória de pessoas que foram fundamentais para o desenvolvimento de Carlos Barbosa em uma série de reportagens exclusivas do Jornal Contexto.
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MARINÊS CHIES ONGARATTO
Dedicação e amor dentro da sala de aula

Texto e foto: Vinícius Mieznikowski

Marinês Chies Ongaratto nasceu em Carlos Barbosa e sempre morou no bairro Ponte Seca, onde ainda existe a casa em que viveu sua infância. Com 61 anos de idade, ela olha para trás e enxerga uma trajetória marcada por afeto, vocação, vínculos profundos com a comunidade e uma dedicação quase vitalícia à educação. Marinês passou sua infância numa Carlos Barbosa que ainda estava se formando. A região era composta por poucas casas e plantações. Conviveu com os avós, tanto maternos quanto paternos – Armando Comin e Maria Marcolina Köche Comin, por parte de mãe, e Anna Mosena Chies e Afonso Chies, por parte de pai – e recorda com detalhes os gestos cotidianos que moldaram sua afetividade.
Quando fala dos pais, a emoção é visível. A mãe, Terezinha Comin, com quem ainda tem a benção de conviver está com 81 anos de idade. O pai, Algiro Ernesto Chies (in memoriam), é lembrado com admiração. “O meu pai era assim, eu acho que não poderia ter tido um pai melhor. Aquele pai que brincava com a gente, ajudava na escola, fazia brinquedos, carrinho de lomba... Ele era muito presente.” O irmão mais velho, José Roque, também fazia parte das brincadeiras de infância, que incluíam pular corda, andar de carrinho de lomba e colher frutinhas nos matos. Marinês estudou inicialmente na antiga Escola São Roque, uma pequena casinha de madeira azul. “Nós tínhamos a professora Rosane, esposa do falecido advogado Darcy Cauduro. Ela era minha profe. Era rígida, mas querida. Até hoje me dou bem com ela.” O contato com a escola foi intenso desde os primeiros anos, e o sonho do magistério nasceu ali. “A gente tinha uma porta de madeira no porão e brincava com carvão, escrevendo como se fosse um quadro. Desde pequena, eu queria ser professora. Sempre foi o meu sonho.”
Ao terminar o primeiro grau, passou pelo Colégio Santa Rosa e depois estudou no Assunta Fortini, em Barão. Finalizou o magistério no Colégio Irmã Teofânia, em Garibaldi. Quando se formou, sua entrada na rede municipal aconteceu rapidamente. “Eu terminei o curso e, no segundo semestre, fiz estágio na Escola Elisa Tramontina. Em março do ano seguinte (1986), a Ana Maria Guerra, que era secretária de Educação, me convidou para substituir uma professora que havia desistido. Comecei em Forromeco no dia 16 de março.” Era o início de uma jornada que já dura quase quatro décadas.
A experiência em Forromeco foi marcante. Como não havia transporte fácil e a estrada era precária, seu pai não permitiu que ela fizesse o trajeto diariamente. Marinês passou, então, a morar com a diretora da escola durante a semana. “Eu nunca tinha f**ado fora de casa. E ainda tinha que atravessar duas pinguelas para chegar à escola. Eu chorava todos os dias, com medo de cair, mas dizia: eu não vou desistir.” E não desistiu. Depois de dois anos em Forromeco, passou por outras escolas, como a da 1ª Seção de Castro, Prefeito José Chies, Padre Pedro Piccoli e Aparecida. Em 2002, chegou à Escola Santa Luzia, onde permanece até hoje.
“Santa Luzia é a extensão da minha casa. Eu me sinto em casa lá”, diz ela, com um sorriso largo. No início, a escola era composta apenas por um container – chamado de “brisoleta” – com duas salas de aula e uma biblioteca. A estrutura era precária, mas o ambiente humano era acolhedor. “A gente se entrosou, criou vínculos. É uma família. Se falta professor, a gente dá um jeito. Quando tem bingo ou festa, todo mundo ajuda. É a família Santa Luzia.” Marinês trabalha com o quinto ano, que ela define como a série do desmame. “Eles saem daquele mundinho com poucas professoras e vão para o sexto ano com 11, 12 professores. É um momento delicado. A gente prepara essa transição. Eu converso com os colegas do sexto ao nono ano para eles irem conhecendo os professores, entendendo as cobranças.”
Apesar de se considerar uma professora “à moda antiga”, ela valoriza a tecnologia e aprende com os alunos. “Eu não nasci na era da tecnologia. Tenho dificuldades. Mas eles dizem: ‘Profe, faz assim, mexe aqui’. Essa troca é muito bonita.” A rotina é intensa. Trabalha com a mesma turma no turno da manhã e da tarde. “Quando tu recebe a turma no início do ano, são meus, sabe? Tu conhece se o aluno está com febre, se não está bem. A gente passa o dia todo junto. É uma ligação muito grande.”
Além das atividades regulares, Marinês participa do CPM da escola e de ações comunitárias em Alpinada, onde também integra a diretoria do salão local. Já participou de grupos de teatro voluntário que se apresentavam em escolas do interior. “A prefeitura fornecia transporte. A gente ia com amor. Sem vínculo, só para levar cultura.” Um dos momentos marcantes dos últimos anos foi a visita do escritor Diogo Guerra à Escola Santa Luzia, durante a Mostra Municipal de Educação. “As crianças não viam a hora de conhecer o Diogo. Porque, assim, tu tem que motivar eles de alguma forma, o que hoje em dia não é tão simples.” Diogo foi convidado para falar sobre o pão na época da colonização, tema que fazia parte do projeto escolar. A expectativa foi tanta que Marinês ligou para o escritor em viva-voz, na sala de aula, para apresentá-lo aos alunos. “A gente viu livros dele, falamos sobre ele. Quando ele chegou, foi uma festa. Mas foi muito legal.” O impacto foi tão positivo que os alunos começaram a escrever histórias motivados pela visita. “Ele instigou eles a escreverem. O Diogo ficou de voltar para buscar as histórias.”
Marinês também é mãe de dois filhos: Lucas e Felipe. Com o marido, Gilmar, vive um relacionamento de mais de 30 anos. “Nos conhecemos num baile de fim de ano na Linha Doze. Casamos dois anos depois.” O casal tem um neto, Gustavo, de 14 anos, que é a paixão da família. “Ele não mora aqui, mas quase todo fim de semana está conosco.” Mesmo com a experiência de quem já viu várias gerações passarem por suas mãos, Marinês diz que aposentadoria não é uma palavra que figura em seu vocabulário. “Todo mundo pergunta quando é que vou me aposentar. Eu digo: não sei. Amo o que eu faço.”
Sua relação com Carlos Barbosa é de pertencimento profundo. Acompanha com emoção o desenvolvimento da cidade, mas lamenta a perda da memória. “É uma pena que muitos prédios desapareceram, que não se conservaram muitas coisas. Eu lembro do tempo da Felatte, das festas na rua, do cinema no salão paroquial. A cidade cresceu, mas perdeu partes da história.” É uma defensora da preservação da memória. Incentiva os alunos a guardarem moedas antigas, objetos, lembranças. “A gente fala isso para os alunos praticamente todos os dias. Se perder a história, se perde o elo com o passado”, comentou.

CONTEXTO - RETROSPECTIVAEDIÇÃO Nº 356 – 26/02/1994------------------------------------------------------------------Os c...
11/09/2025

CONTEXTO - RETROSPECTIVA
EDIÇÃO Nº 356 – 26/02/1994
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Os carros importados estão chegando

A edição 356 do jornal Contexto circulou no dia 26 de fevereiro de 1994. Entre os destaques daquela edição estava que os carros importados estavam chegando ao município barbosense. Com o crescimento da fabricação de veículos no país, cresceu também a reserva de mercado para o carro nacional. Com isso, poucos privilegiados arriscavam-se a comprar um modelo importado, o que virava um autêntico símbolo de status. Destaque também naquela edição que mais um assalto à mão armada foi registrado na cidade. As situações ocorriam com mais duas pessoas na cidade. No esporte, a ACBF apresentava seus jogadores à comunidade barbosense. O Citadino seria decidido na noite anterior do encerramento do jornal. No primeiro confronto terminou com uma goleada do Ajax por 8 a 1 em cima do Corinthians. No campeonato de futebol sete, o Ajax perdeu o título do Bolamar no último minuto de jogo, perdendo por 2 a 1.

CONTEXTO - RETROSPECTIVAEDIÇÃO Nº 355 – 19/02/1994------------------------------------------------------------------Tatu...
11/09/2025

CONTEXTO - RETROSPECTIVA
EDIÇÃO Nº 355 – 19/02/1994
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Taturana provoca morte de mulher em Garibaldi e assusta a população

A edição 355 do jornal Contexto circulou no dia 19 de fevereiro de 1994. Entre os destaques daquela edição estava que uma taturana tinha provocado a morte de uma mulher em Garibaldi, o que estava assustando a população. Eneide Maffei Fraport, residente no interior de Garibaldi, pode ter tido a morte causada por esse animal. Destaque também naquela edição que o horário de verão terminaria naquele sábado. A partir de meia-noite os relógios deveriam ser atrasados em uma hora. Outro destaque daquela edição era que alguns produtos aumentaram muito acima da inflação. O campeão de aumento no período de 15 dias foi o shampoo Wellapon, que na média subiu nada menos do que 132,7%. No esporte, jogos equilibrados esquentavam a segunda fase do Citadino de Futsal. O campeão da competição naquele ano seria conhecido na sexta-feira seguinte. Considerando os resultados das duas primeiras rodadas da segunda fase da competição, Ajax e Corinthians/Tradicional eram as equipes que apareciam em melhores condições para chegar à final. No futebol sete, o Ajax, equipe barbosense dessa categoria, entraria em quadra em Tramandaí para decidir o título do Campeonato de Futebol Sete de Praia, o Bolamar 94.

ASSINANTE DA SEMANA-----------------------------------------------O casal de aposentados Enides Paloski Guaragni, de 61 ...
10/09/2025

ASSINANTE DA SEMANA
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O casal de aposentados Enides Paloski Guaragni, de 61 anos, e Celso Guaragni, de 71 anos, mora na Comunidade de Cinco Alto. Os dois são barbosenses e gostam muito de morar na cidade. Assinantes do jornal Contexto há pelo menos dois anos, eles gostam de ler de tudo no jornal. “Eu gosto de tudo. Gosto do futebol, mas acabo lendo de tudo. Minha esposa também gosta de ler de tudo”, conta Celso. No sábado de manhã, os dois já acordam esperando o jornal e vão buscar assim que levantam. Celso conta que começa dando uma olhada nas notícias e depois, mais tarde, lê até o final. Inclusive chega a ler mais de uma vez os conteúdos, para poder ler com calma. “A gente lendo aprende um pouco mais, acaba vendo o que acontece. Gosto de ler e aprender coisas diferentes”, pontua Celso.

BICHO DA CASA-----------------------------------------------Os moradores do bairro Triângulo, Sônia Maria Togni Erthaul ...
09/09/2025

BICHO DA CASA
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Os moradores do bairro Triângulo, Sônia Maria Togni Erthaul e Mário Roque Erthaul, compartilham a casa com uma animada turma de pets. A família é formada pelos cães Bella, uma pinscher já idosa e a menor da casa, seu irmão Bebeto, que soma 14 anos de vida, e o caçula Ziggy, de 5 anos, cheio de energia e sempre pronto para uma folia. Bella e Bebeto foram presenteados a Sônia quando ela completou 55 anos, tornando-se um dos maiores presentes da sua vida. Já Ziggy chegou mais tarde, dado por uma amiga, e logo conquistou espaço no coração da família. Além dos cachorrinhos, o lar também tem espaço para as gatas Bia, de 5 anos, e Nina, de 2 anos, que não estão na foto. Entre corridas no pátio, cochilos no sofá e muito carinho trocado, os pets são verdadeiros companheiros da família Erthaul. “Para nós, eles são um antidepressivo. A alegria da casa está em ver cada um deles nos esperando quando chegamos”, conta Sônia.

Conheça a trajetória de pessoas que foram fundamentais para o desenvolvimento de Carlos Barbosa em uma série de reportag...
08/09/2025

Conheça a trajetória de pessoas que foram fundamentais para o desenvolvimento de Carlos Barbosa em uma série de reportagens exclusivas do Jornal Contexto.
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SÉRGIO LORENZON
O queijo como história de uma tradição familiar

Texto e foto: Vinícius Mieznikowski

Sérgio Lorenzon tem 62 anos e uma vida dedicada e conectada com a história do leite e do queijo em Carlos Barbosa. Sérgio é o atual mantenedor de uma tradição que atravessa seis gerações, desde os primeiros imigrantes italianos até os dias atuais, com a Queijaria Beija-Flor. Na paisagem montanhosa da Linha Vitória, no interior de Carlos Barbosa, a história da família Lorenzon se confunde com a produção de leite e queijo.
Com memória afiada e fala tranquila, Sérgio é o quinto filho de sete irmãos: Agenor, Claimar, Justina, Rui, César e Rogério. De todos os irmãos, Sérgio foi o único que permaneceu na atividade leiteira e na produção de queijo. “Todos eles passaram pela agricultura”, contou.
Os avós maternos de Sérgio, Antônio Bortolini e Rosa Bortolotto Bortolini, fazem parte dessa história que ele guarda com orgulho. “Bortolotto era uma raiz da Linha Brasília. Então, todos esses Bortolotto que têm em Barbosa são dessa raiz ali ainda”, explica. Do lado paterno, os avós Ambrósio Lorenzon e Ângela Augusta Carrer Lorenzon foram figuras fundamentais. Ambrósio começou e manteve viva a tradição queijeira da família ainda em Arcoverde, onde viveu por um determinado período. “Ali diziam que existia uma queijaria. E ele foi para lá porque aqui sempre faziam queijo. O meu bisavô ajuntava o leite de toda a vizinhança, daqui até Santo Antônio e proximidades.” O bisavô Giacinto Lorenzon, nascido em 1881 na localidade da família, era filho de Giovanni Lorenzon, que veio para o Brasil em 1880 e tinha como origem a região de Frontolo, na Itália.
A convivência com a avó materna marcou a infância de Sérgio. “Já a minha nona, por parte de mãe, eu conheci, porque era vizinha aqui, Bortolini, e eu convivi muitos anos com ela. Eu ia levar a puína para ela, a gente trocava o pão. Às vezes, faltava pão, então eu ia lá na nona buscar.” Essa rotina simples, porém rica em signif**ados, revela os laços comunitários e os valores transmitidos entre gerações.
Desde cedo, Sérgio aprendeu o valor do trabalho. Aos 10 anos, já ajudava o pai, Luiz Lorenzon, nas tarefas rurais. “Desde os 10 anos a gente já trabalhava. A disciplina e o respeito à autoridade faziam parte da cultura da época: “Naqueles tempos, se apanhava, assim, chegava de noite, quem tinha aprontado levava umas ‘vimada’.”
A educação formal de Sérgio começou na Escola Municipal Armando Peter Longo, localizada próxima de sua casa. Lá, estudou até a sexta série. “Então, nós tínhamos a escola logo acima da nossa casa, que hoje não existe mais. Fizemos até a sexta série aqui.” Em seguida, cursou a sétima e a oitava séries no Colégio Santo Antônio, dos Irmãos Maristas, em Garibaldi. “Era bastante rígido. Os irmãos cuidavam até se a gente sentava nos parapeitos no recreio.”
Aos 15 anos numa conversa com um colega da escola despertou o interesse de Sérgio por um curso técnico agrícola. Ao saber da existência da Escola Técnica de Agricultura em Viamão, ele não teve dúvidas. “Eu peguei uma paixão. Vim pra casa e disse pra mãe: eu só vou estudar se me deixarem ir lá.” Entre 1978 e 1980, cursou o ensino médio técnico, onde estudou zootecnia, bovinocultura e outras práticas do campo. “O que fez a minha vocação foi aquela escola ali. Por duas coisas: uma, a gente aprende a viver; e outra, porque a gente aprende a amar o que faz.”
De volta à propriedade, passou a trabalhar ao lado do pai na produção leiteira. “Voltei pra casa porque a maioria dos meus irmãos já estavam trabalhando por conta. Sobrou só eu, o meu irmão Rui e o pai. Nós estávamos tocando aqui a leiteria.” Embora o pai não tenha retomado a produção de queijo artesanal, manteve a prática para consumo próprio.
O ano de 2000 marcou a retomada da produção queijeira na família Lorenzon. A iniciativa surgiu da sogra de Sérgio, que repassou os clientes para a filha, Odete Schabat, esposa de Sérgio. “Ela passou para a minha esposa, que era filha dela, e disse: olha, se vocês fazem um queijo, tem os clientes ali.” A partir daí, a produção começou de forma tímida, mas logo encontrou seu caminho.
“Começamos a fazer desse jeito. Eu deixava o dinheiro para ela. Só que passaram uns dois anos e eu vi que ela f**ava mais forte do que eu. Ela ganhava bem com o queijinho e as gurizadas iam crescendo, e sobrava mais tempo. E daí percebi que ela tinha uma mão cheia para fazer queijo.”
De acordo com Sérgio, o conhecimento mais técnico para fazer o queijo, veio com Armindo Chies, um dos primeiros produtores de queijo da Cooperativa Santa Clara. “Quem botou nós no queijo mesmo foi o Armindo Chies. Ele saiu por todo o estado para divulgar como se faz queijo. A gente fez o queijo como ele ensinou.”
A partir dessa base, nasceu a Queijaria Beija-Flor, cujo nome resgata um rótulo antigo criado pelo avô. “A gente não sabe por que botaram Beija-Flor, mas, enfim, nós resgatamos essa história, mantendo o mesmo rótulo de 1927”, completou
Atualmente, a produção se concentra em dois tipos: o queijo colonial e o queijo coalho. “O queijo colonial é um queijo suave, macio, com sabor natural e característico da colônia.” Já o coalho é voltado para restaurantes. “O restaurante quer um queijo que fique que nem a polenta: bota na chapa e ele f**a intacto.”
Com produção anual de 24 a 25 toneladas, a queijaria atende clientes diretamente, sem depender de mercados. “Nós não fazemos entrega em mercado. Todos os dias vem gente aqui buscar. E na quinta-feira de manhã, o Gabriel dá uma rodada na cidade.”
Gabriel, filho de Sérgio, hoje comanda a queijaria ao lado do pai. Junto com eles, também trabalha o jovem Jorge Mânica, de 19 anos.
O plantel de vacas na propriedade conta com cerca de 75, sendo 34 em lactação. A raça utilizada é a sueca vermelha. “Ela tem bastante sólidos. Com menos de 7 litros, nós fazemos 1 quilo. Já a holandesa precisa de 12, 13 litros.”
A qualidade do produto levou ao reconhecimento nacional. Em 2023, o queijo Beija-Flor ficou entre os cinco melhores do Brasil em um concurso nacional de queijos artesanais. “Nós estamos entre os cinco melhores queijos do Brasil, do nosso tamanho.”
A história de Sérgio também acompanha a de Carlos Barbosa. “Eu acho que Carlos Barbosa começou agrícola. Nos anos 80, Barbosa foi uma das maiores produtoras de batata. E o leite, nem se fala. Todas as famílias aqui na Linha Vitória vendiam leite. Era a subsistência.”
Sua família também teve papel relevante na história da Cooperativa Santa Clara. “Meu pai foi conselheiro da Santa Clara durante 10 anos. Teve épocas em que a Santa Clara estava em crise, e sorte que se reuniram vários produtores mais fortes e conseguiram reerguê-la.”
A vida pessoal foi marcada pela parceria com Odete Schabat, sua esposa, que faleceu por questões de saúde. “Ela sabia fazer o queijo. Eu era o ajudante, o auxiliar dela. E ela estimulou bastante o Gabriel e eu a seguirmos.” Juntos, tiveram dois filhos: Natália, que mora na cidade, e Gabriel, seu companheiro de trabalho no dia a dia.
A essência do queijo Beija-Flor está nas práticas herdadas dos antepassados. “O que a gente quis segurar mesmo é a essência de como fazer o queijo, que ainda é dos nossos avós. Que põe o sal na massa. Hoje, a indústria põe o queijo dentro de uma salmoura. Já nós ainda colocamos o sal na massa. E muda. Muda o sabor, muda.”
O futuro da Queijaria Beija-Flor segue nas mãos da nova geração, mas sustentado pelos valores plantados: “A gente não precisa crescer mais, só precisamos fazer bem feito aquilo que a gente sabe fazer”, explica Sérgio ao falar sobre o prosseguimento dos trabalhos e também sobre a qualidade dos produtos, que fizeram a fama do queijo na cidade e região.

05/09/2025

Líquida Carlos Barbosa Outlet acontece nesta sexta, sábado e domingo! Confira como está o espaço!

Entre os dias 5 e 7 de setembro, o Pavilhão da Tramontina se transforma em vitrine de grandes marcas e em espaço de negócios diversif**ados. O evento promete atrair visitantes em busca de novidades e oportunidades exclusivas em diferentes segmentos, como moda, decoração, papelaria, joalheria, ótica, turismo, brinquedos, consórcios, artesanato e até pneus. A proposta é reunir em um só local opções para consumidores de perfis variados, incentivando tanto o consumo quanto a aproximação com empresas de destaque.

A programação está distribuída ao longo de três dias, oferecendo horários que se adaptam às diferentes rotinas do público. Na sexta-feira, o acesso será das 12h às 21h, enquanto no sábado os portões abrem mais cedo, às 9h, permanecendo até 21h. Já no domingo, último dia do encontro, o funcionamento ocorre das 10h às 17h.

Com ampla diversidade de setores representados, o evento no Pavilhão da Tramontina pretende ser mais do que uma feira de negócios: busca consolidar-se como espaço de relacionamento, descobertas e oportunidades para quem deseja acompanhar tendências e encontrar produtos diferenciados.

CONTEXTO - RETROSPECTIVAEDIÇÃO Nº 354 – 12/02/1994------------------------------------------------------------------Limi...
04/09/2025

CONTEXTO - RETROSPECTIVA
EDIÇÃO Nº 354 – 12/02/1994
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Limite de consultas pelo sus não existe, informa delegacia da saúde

A edição 354 do jornal Contexto circulou no dia 12 de fevereiro de 1994. Entre os destaques daquela edição estava que o limite de consultas pelo SUS na verdade não existia. Vários profissionais tinham entrado em contato com o Contexto falando que desconheciam o limite de consultas imposto pelos médicos. A delegada adjunta da saúde Sara Guazzelli Roveda disse que todas as pessoas tinham direito ao atendimento, desde que o limite de consultas de acordo com a carga horária dos médicos fosse respeitado. No esporte, duas goleadas ocorreram para a definição do grupo no Bolamar. No Citadino de Futsal, o nível técnico decaiu, o que fez com que o público fosse reduzido para a rodada. As seis equipes já estavam definidas para o hexagonal final. A segunda fase começaria depois do Carnaval e terminaria no dia 22. A lanterna daquele ano ficou com a Associação Santa Clara, que acabou perdendo todos os jogos.

Endereço

Carlos Barbosa, RS

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 08:00 - 12:00
13:30 - 18:00
Terça-feira 08:00 - 12:00
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Quarta-feira 08:00 - 12:00
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Quinta-feira 08:00 - 12:00
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Sexta-feira 08:00 - 12:00
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Telefone

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