13/09/2025
JUSTIÇA DO TRABALHO CONDENA REDE DE FARMÁCIA A PAGAR R$ 56 MIL DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS SOFRIDOS PELA EX-FUNCIONÁRIA NOEMI FERRARI, VÍTIMA DE RACISMO EM SEU PRIMEIRO DIA DE TRABALHO
A gestora de saúde Noemi Ferrari, ex-funcionária da rede farmácias Raia Drogasil, ganhou na Justiça de São Paulo uma indenização de R$ 56 mil por ser vítima de racismo em seu primeiro dia de trabalho. O caso ocorreu em 2018 em São Caetano do Sul, na Grande SP, e a condenação, em 2024, mas o caso viralizou nas redes sociais nesta semana após a paulista expor o caso no TikTok.
A indenização foi recebida por Noemi somente em março deste ano. O ato de racismo foi gravado em vídeo por uma colega de trabalho de cargo maior (arraste para o lado para assistir).
Em entrevista ao gl, Noemi disse que ficou "anestesiada" no momento. Ela conta que continuou na empresa, pois acho que poderia "fazer a diferença", e chegou a ser promovida a supervisora em 2022. No entanto, em 2022 ela foi agredida verbalmente e quase fisicamente por um supervisor.
Na decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região, a juíza-relatora Erotilde Minharro afastou a tese da defesa da Drogasil, que disse ter sido um momento de "recreação".
A conduta "ofende a dignidade e a honra subjetiva da empregada, circunstância bastante grave e configuradora de dano moral".
Segundo a juíza, o chamado racismo recreativo "se configura em uma forma de discriminação disfarçada de humor, na qual características físicas ou culturais de minorias raciais são associadas a algo desagradável e inferior, mas em forma de 'piadas' ou brincadeiras".
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