30/10/2025
A visita de ministros e parlamentares alinhados à esquerda ao Complexo do Alemão, nesta quinta-feira (30), revelou mais do que uma diferença de opinião — escancarou um abismo moral e ideológico sobre o conceito de segurança pública no país.
Enquanto o Estado do Rio de Janeiro tenta retomar áreas dominadas por facções há décadas, parte da classe política prefere lamentar a derrota do crime em vez de reconhecer o êxito de uma operação que devolveu à população o direito básico de viver sem o som constante dos fuzis.
Com semblantes de luto, os representantes do governo federal chegaram ao local para se reunir com lideranças comunitárias e reforçar o discurso de “violência policial” e “reconstrução social”. No entanto, a retórica humanitária soa deslocada diante da realidade: traficantes armados até os dentes, comunidades sitiadas e o domínio do medo.
A megaoperação, que mobilizou mais de 2,5 mil agentes e desarticulou núcleos estratégicos do Comando Vermelho, teve apoio massivo da população — o que reforça a percepção de que a sociedade já não tolera a inversão de valores que transforma bandidos em vítimas e o Estado em vilão.
Enquanto ministros pedem “reflexão e empatia”, o morador comum celebra o som do helicóptero da polícia como sinal de esperança. A visita da esquerda, portanto, não é apenas um gesto político — é um símbolo do divórcio moral entre quem governa dos gabinetes e quem vive o cotidiano da insegurança.
Num país onde o crime se organiza e o poder público se desculpa, a operação no Rio não é apenas uma ação policial — é um ato de afirmação da autoridade do Estado sobre o caos.
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Resumo:
➡️ A visita de parlamentares de esquerda ao Complexo do Alemão reacendeu o debate sobre segurança pública.
➡️ O contraste entre a retórica “humanitária” e a realidade do crime organizado expôs um abismo moral.
➡️ Para muitos, a operação representa a retomada da ordem — e a esquerda, mais uma vez, pareceu desconectada da realidade das ruas.
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