26/08/2025
Dois adolescentes de 17 anos, estudantes do 2º ano do ensino médio, tiveram um plano de massacre frustrado após a coordenação pedagógica da escola identificar movimentações suspeitas e acionar a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Segundo informações, os jovens vinham arquitetando um ataque contra colegas, marcado para 20 de setembro, data que eles chamavam de “dia zero”.
A dupla mantinha um site para propagar discursos de ódio contra mulheres, negros e pessoas LGBTQIAPN+, além de exaltar símbolos e ideologias nazistas. Para ampliar o alcance do conteúdo, utilizavam o TikTok, onde diversas contas chegaram a ser banidas devido ao teor de ódio.
Entre o fim de 2024 e junho de 2025, os adolescentes gravaram cerca de dez vídeos detalhando os preparativos para o ataque. As filmagens foram apagadas em junho, mas uma jovem argentina, que conheceu os dois em uma comunidade sobre crimes reais, conseguiu baixar e salvar os arquivos antes da exclusão. Após aprender português, ela percebeu a gravidade do material e compartilhou as provas com pessoas próximas aos envolvidos.
Nos registros, os jovens aparecem manipulando armas caseiras e explosivos de fabricação artesanal, além de ensaiarem ataques em terrenos baldios e no quintal de uma residência. Um deles sugere realizar o massacre no aniversário de 18 anos do comparsa: “Que tal fazermos no seu aniversário? O seu presente vai ser atirar em preto e matar gente”, disse em uma das gravações.