30/11/2025
Em nossa marcha ao longo do ano temos postado os olhos no Senhor; seu amável convite é formulado nos seguintes termos: “Olhai para mim e sereis salvos” (Isaías 45.22). Quando olhamos para o Senhor deparamo-nos com sua magnífica glória, ele é o soberano Deus, assentado sobre um alto de sublime trono (Isaías 6.1); santidade, glória e misericórdia transbordam de sua presença. Podemos, assim, ter um vislumbre de Deus em seu próprio ser.
Em sequência, temos sido instados a observar o agir do Senhor por intermédio de seu Reino, que está em nós; o novo nascimento nos confere a condição de ver o Reino de Deus, pois, se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus (João 3.3). Este aspecto realça o vislumbre de Deus em nosso coração. Aprouve ao Deus eterno, não só tabernacular conosco (João 1.14), mas habitar dentro de nós, por meio de seu Espírito Santo (João 14.17; Efésios 1.13).
Jungimos a visão da glória de Deus com a visão do Reino de Deus, isto é, de Deus em seu próprio ser com a presença de Deus em nós, a fim de desembocar na visão da missão de Deus, aquela da qual fomos incumbidos como novas criaturas, com o propósito de estender a abrangência do seu Reino no mundo. Há que se ter olhos bem atentos para perceber os campos que “já branquejam para a ceifa” (João 4.35).
Pela missão, Deus se revela por meio de nós. A visão da Glória, do Reino e da Missão de Deus forma um único conjunto de expressões que impulsionam nossa jornada em Cristo, levando-nos ao cumprimento dos desígnios do Senhor para conosco. A partir da percepção de quem é o Senhor, o Deus santo e glorioso, somos impactados por reconhecer que fomos convocados a cumprir com sua missão. A missão só se realiza a partir da visão de quem é o Senhor a quem servimos.
Além disto, saber que há um reino divinal presente neste mundo, do qual não apenas fazemos parte, mas ele faz parte de nós (Lucas 17.21), torna nosso compromisso missional mais efetivo, levando-nos a estender o raio de ação de Deus para cada vez mais longe, quer por meio de nossa pregação, quer por meio de nossa vida, como testemunho do que professamos. Discurso e vida perfeitamente integrados.
Fomos incumbidos de tornar conhecido o Evangelho de Deus, pois, este é o poder de Deus para a salvação de todo o que crê (Romanos 1.16). Os esforços humanos para granjear a redenção dos pecados acham-se completamente baldados, impossíveis da obtenção do perdão; “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Em outros termos, sem a manifestação da glória de Deus não há esperança para o homem.
É imprescindível que assumamos nosso papel testemunhal neste mundo, pois, aprouve ao Senhor redimir o mundo por meio da pregação da palavra da cruz. Não é o cumprimento da lei, não são os bons costumes, não é a justiça própria, mas a graça de Deus, recebida por meio da fé. “A palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus” (I Coríntios 1.18).
Neste sentido, nosso esforço para seguir rumo aos confins da terra não é em vão; o alcance de nossa tarefa é justamente este, ir a todo o mundo, levando o Evangelho. Principiando pelos espaços mais próximos, seguindo adiante, até alcançarmos os lugares mais remotos do planeta. Fazemos isto de maneira contínua e concomitante. Não aguardamos esgotar uma etapa para passar para outra, vamos avançando conforme as oportunidades se apresentam.
Cabe-nos prosseguir, incontinentes, no objetivo de fazer o amor de Deus conhecido de todas as criaturas. Para isto, esforçando-nos diligentemente até ver o Senhor Jesus reconhecido por todos os povos e nações. Que o Senhor nos faça prosperar neste ideário, para sua glória, o avanço de seu reino e cumprimento de sua missão.
Reverendo Juarez Marcondes Filho