De olho na UFPR

De olho na UFPR Tem tanto coisa que vocês não ficam sabendo e que quero contar. Estou numa posição privilegiada e tenho muitos informantes.

Fique por dentro das eleições de reitor em 2024 na UFPR.

O QUE O SLOGANS DE CAMPANHA CONTAMTrês chapas e três slogans: Conexões para o futuro, UFPR pode mais e UFPR tá na gente....
06/08/2024

O QUE O SLOGANS DE CAMPANHA CONTAM

Três chapas e três slogans: Conexões para o futuro, UFPR pode mais e UFPR tá na gente. O que eles dizem?

Conexões para o futuro é um bom slogan, apenas levemente crítico à atual gestão, da qual a candidata faz parte. É um pouco “vamos esquecer o que passou e falar do que virá”. Graciela efetivamente tem muitos contatos, sobretudo com pesquisadores. É o “estilo gatinho”. Sua rede de relações é sua maior força e, por isso, “conexões” faz sentido.

A UFPR pode mais, do movimento UFPR, é claramente um slogan de oposição, o que inclui o nome do movimento. Remete à ideia de que a universidade ficou parada nos últimos 8 anos e que pode ir mais longe. Faz sentido pra chapa encabeçada por Sunye, que lidera o grupo que esteve e está efetivamente desde sempre na oposição.

UFPR tá na gente é uma releitura do slogan de 2016: UFPR é nossa vida. No contexto daquela eleição, o slogan tinha como objetivo vacinar a maior fragilidade de RM: a falta de vínculo mais efetivo com a UFPR, já que era professor 20 horas, cedido por ocupar um cargo, o de diretor de jurídicas.

Para quem está se esforçando para se descolar do padrinho com rejeição, repetir o estilo do slogan, a mesma agência da campanha, o mesmo marketeiro, não parecia uma boa ideia. Ainda mais com um slogan despolitizante, que confunde a instituição com o grupo. Partidos de extrema-direita são experts em fazer isso, tentam se passar pelo todo, tipo “Brasil acima de tudo”.

O reposicionamento feito no meio da campanha, para Avança UFPR, é sintoma. O slogan, bom em 2016, era o pior de todos. Alguns falavam de futuro, mudança; outro tentava se confundir com a instituição.

Avança UFPR é melhor, mas adota um tom crítico leve, como se não fosse a chapa da gestão. Vamos ver se cola.

A DIREITA DIVIDIDAA consulta para reitor de 2020 produziu duas mentiras: a primeira, que Ricardo Marcelo era um reitor t...
22/07/2024

A DIREITA DIVIDIDA

A consulta para reitor de 2020 produziu duas mentiras: a primeira, que Ricardo Marcelo era um reitor tremendamente popular, amado por 83% da comunidade universitária; a segunda, que a direita na UFPR se limita a 14%. Nenhuma das duas coisas é verdade.

RM e Graciela fizeram 83% na conjuntura das ameaças de Bolsonaro de indicar interventores ou candidatos não vencedores de consultas, como fez em outras IFES. Além disso, nem todo eleitor de direita votou em Horácio e Ana Paula, porque André Rodacki, professor da Educação Física, mesmo departamento de Mezzadri, e Graciela Bolzon são também quadros de direita e trouxeram votos conservadores para a cesta da chapa de situação, como já havia acontecido em 2016.

Ninguém vence a consulta para a reitoria na UFPR apenas pela via da esquerda. Os votos da direita e centro-direita são disputados nos bastidores, enquanto o discurso público tenta atrair os votos de esquerda e centro-esquerda.

Quadros de direita puxam votos para os três candidatos a reitor, cada um por um motivo particular. Rodacki é parceiro de primeira hora do colega de departamento Fernando Mezzadri, estão juntos em várias confusões faz tempo. Se Mezzadri for eleito, ele será pró-reitor, provavelmente na PRPPG. Cristina também é um quadro de direita.

Graciela é argentina macrista e antissindical. Ela própria tenta atrair para si os votos da direita e da centro-direita. Na seara da oposição, Sunye conta com o derrotado de 2020, Horácio e seus próximos, para puxar votos. Neste caso, por repulsa ao atual reitor, seja pela eleição de 2020, seja pelas sacanagens posteriores de RM com o desafeto.

SUNYE, COM O FÍGADO E A MEMÓRIA DE 2016Sunye sumiu por um tempo, deixou de ser diretor de setor, foi fazer pós-doc na Es...
15/07/2024

SUNYE, COM O FÍGADO E A MEMÓRIA DE 2016

Sunye sumiu por um tempo, deixou de ser diretor de setor, foi fazer pós-doc na Espanha, se apagou, mas a memória de uma quase vitória em 2016 (fez 48,3% dos votos ponderados) era suficiente para garantir-lhe o posto de candidato da oposição. Precisava de uma boa vice, mulher e que desse boa entrada no maior colégio eleitoral da universidade, o Hospital de Clínicas. Achou Camila Fachin, que além de tudo é uma garantia de que não haverá tentativas de golpes pós-consulta, por causa do pai da candidata, o ministro do STF, Luiz Edson Fachin.

Sem cargo, contra um reitor sem pudor de usar a máquina, seria presa fácil se a administração fosse razoável. Mas o grande trunfo da gestão atual é que a UFPR não faliu nos anos Bolsonaro. Tudo isso é tremendamente potencializado pela adesão de uma infinidade de desafetos que Ricardo Marcelo colecionou ao longo de oito anos, pela sua incapacidade de ser minimamente republicano, pelos equívocos na condução da UFPR na greve.

Ex-quadros do atual administração, inclusive ex-pró-reitores, pessoas que foram perseguidas, de um amplo espectro ideológico, da direita que flerta com o negacionismo à esquerda, querem ver RM e seu ungido pelas costas.

Vão vestir a camisa e tornar o páreo muito duro.

GRACIELA: "MEZZADRI NÃO"Foram oito anos de gestão sendo boicotada pelo reitor. Graciela, quando lançou sua candidatura, ...
08/07/2024

GRACIELA: "MEZZADRI NÃO"

Foram oito anos de gestão sendo boicotada pelo reitor. Graciela, quando lançou sua candidatura, deu um grito de independência depois de tanto abuso. Confesso que gosto dela, o “estilo gatinho” ganha muitas simpatias. Apenas no último ano de gestão, a vice-reitora presidiu uma reunião inteira dos conselhos superiores, algo inédito na relação de reitores e vices, até onde sei.
Graciela odeia Ricardo Marcelo, mas não romperia se o candidato de situação não fosse Mezzadri. Eu vi de perto a mágoa, que ela contava pra todo mundo, com as movimentações de Paulinho Opuszka e Mezzadri imaginando eleger o segundo como vice-reitor, logo que a PF ou o TCU retirasse Graciela da vice-reitoria por conta da operação research. Se você não sabe o que foi, dá um google.
A partir dali, em muitos outros episódios, as mágoas de um com o outro só se aprofundariam. Graciela foi a primeira a lançar seu nome na sucessão da reitoria, poucos dias após saber que tinham escolhido Mezzadri e que ela sequer estava presente, porque estava internada.
Surgia a chapa mais de situação da história (Graciela está na gestão há décadas, passou por Zaki, Moreira e RM), com o projeto ambicioso de se colocar como chapa de oposição.
Mas a oposição mesmo não estava muito a fim de abrir este espaço assim. Conto em outro post.

COMO MEZZADRI FOI UNGIDO CANDIDATOFernando Mezzadri nunca foi a primeira escolha de Ricardo Marcelo para sucedê-lo. Ele ...
04/07/2024

COMO MEZZADRI FOI UNGIDO CANDIDATO

Fernando Mezzadri nunca foi a primeira escolha de Ricardo Marcelo para sucedê-lo. Ele preferia Maria Rita, a pró-reitora de assuntos estudantis. Na reunião no auditório da Química no final do ano passado, ele quase anunciou o nome dela. Eu estava lá, ouvindo enquanto ele se gabava de querer eleger a primeira mulher reitora. E não, não era sua vice, Graciela.

Mas Mezzadri jogou pelas beiradas, articulou com os diretores e se tornou o candidato do PT na UFPR. RM adiou ao máximo a definição de seu candidato, mas tudo se resolveu numa reunião no gabinete do reitor, quando Graciela não estava presente. Existem duas versões para essa história: ou Mezzadri convenceu RM, ou Maria Rita retirou sua candidatura.

O candidato foi escolhido no gabinete do reitor e vários diretores imediatamente o apoiaram. Com a máquina, os diretores e um reitor poderoso do seu lado, tudo parecia certo para mais uma vitória na eleição. Mas as coisas não seriam tão simples, pois a vice-reitoria, excluída de todo o processo, tinha outros planos.

Fiquem ligados para o próximo post, onde vou contar mais detalhes.

01/07/2024

TRÊS CHAPAS E DOIS GRUPOS DISPUTAM A REITORIA DA UFPR

Não deve ter muita gente ligada no que está acontecendo, a greve nas federais deixou tudo meio confuso, mas está rolando a eleição do novo reitor e vice da UFPR. Há três chapas na disputa: Graciela e Trovon, Mezzadri e Cristina e Sunye Camila.

São três chapas, mas como em eleições anteriores, apenas dois grupos no embate. A situação rachou e lançou duas candidaturas: o pro-reitor de Planejamento, Fernando Mezzadri, com amplo apoio do reitor, Ricardo Marcelo, e Graciela Bolzon, atual vice-reitora, rachando com a articulação dos homens da gestão. A máquina trabalha dividida.

Na oposição, apenas um grupo apareceu, o do candidato derrotado em 2016, Marcos Sunye, ex-diretor de Exatas, e da coordenador de Medicina, Camila Fachin.

Acompanhe minha página que farei uma análise de cada um, quem apoio, e quais as perspectivas de vitória.

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