11/09/2025
A chefe da Agência Federal de Medicina e Biologia (FMBA) da Rússia, Veronika Skvortsova, disse, na última semana, que uma vacina em desenvolvimento no país para câncer colorretal está “pronta para uso” após resultados positivos nos te**es pré-clínicos. A dose, no entanto, é vista com certo ceticismo na comunidade científ**a pela ausência da publicação de dados em revistas científ**as - todas as informações estão disponíveis apenas em comunicados do governo.
Segundo a agência de notícias estatal russa Tass, Skvortsova afirmou, durante o Fórum Econômico do Leste, na cidade de Vladivostok, que “a pesquisa (da vacina) durou vários anos, sendo os últimos três dedicados aos estudos pré-clínicos obrigatórios”, e que a dose “agora está pronta para uso, estamos aguardando a aprovação oficial”
— Quando temos um novo medicamento, primeiro fazemos estudos pré-clínicos em laboratórios e/ou animais e, se tiver potencial, iniciamos os estudos clínicos em humanos, que são divididos em fases 1, 2 e 3. Muitas vacinas, por exemplo, têm bons resultados nas etapas iniciais, mas não passam na fase 3, porque têm muitos efeitos colaterais ou não são ef**azes.
Sempre que temos um novo produto precisamos passar por esse rigor para demonstrar segurança e eficácia. É isso que norteia a maior parte das agências reguladoras do mundo todo — explica Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).