19/05/2025
CENTENÁRIO DE MALCOLM X, LUMUMBA, MOURA E FANON
Malcolm X, El-Hajj Malik El-Shabazz, nascido como Malcolm Little em 19 de maio de 1925, foi o eloquente porta-voz da Nação do Islã (NOI), fundador da Organização da Unidade Afro-Americana (OUAA) e a figura mais contundente e importante da luta de libertação negra nos EUA. Em 21 de fevereiro de 1965, Malcolm X foi assassinado por uma conspiração da CIA e do FBI, devido ao processo de radicalização das suas posições políticas na defesa do nacionalismo negro revolucionário e de um programa anticapitalista.
Patrice Émery Lumumba, nascido em 2 de julho de 1925 como Élias Okit'Asombo, foi o líder pan-africanista e anti-imperialista do Movimento Nacional Congolês (MNC) contra a dominação colonial belga no Congo. Eleito primeiro-ministro em 1960, foi derrubado pelo golpe de Estado de Mobutu, patrocinado pela Bélgica e os EUA. Preso, barbaramente torturado e por fim fuzilado em 17 de janeiro de 1961, o corpo de Lumumba foi desenterrado e dissolvido em ácido sulfúrico.
Frantz Omar Fanon, ou Ibrahim Fanon, no nome árabe que adotou, nasceu em 20 de julho de 1925 na Martinica. Fundamental pensador anticolonial, marxista revolucionário e principal teórico da negritude, se tornou militante da Frente de Libertação Nacional (FLN) e tomou parte na luta de libertação argelina. Faleceu em 6 de dezembro de 1961, em decorrência de problemas de saúde.
Clóvis Steiger de Assis Moura nasceu em 10 de julho de 1925 no Piauí. Intelectual negro e marxista, foi militante do Partido Comunista do Brasil, o PCdoB histórico, e um ativo apoiador das Forças Guerrilheiras do Araguaia. Autor fundamental para entender a formação social brasileira, foi pioneiro no estudo e sistematização das lutas e insurreições do povo negro no Brasil, definindo a quilombagem como a expressão da luta de classes entre escravos e senhores.
Artigos e livros de Malcolm, Lumumba, Clóvis Moura e Fanon podem ser encontrados em nosso site e nas próximas semanas vamos anunciar novas obras e lançamentos desses importantes revolucionários e referências fundamentais para a ação e o pensamento anticolonial.
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