29/09/2025
“Quando vi a parede inteira no chão, meu coração afundou junto com os tijolos.”
Era para ser só mais um dia comum na obra. Acordei cedo, como sempre, peguei minhas ferramentas e fui confiante de que entregaria mais um serviço de qualidade. Mas obra é obra: sempre guarda surpresas.
O cliente queria levantar uma parede divisória. Simples, pensei. Comprei o material, fiz as medidas, alinhei tudo. Só que no meio do caminho, percebi que a base não estava firme. Apressado para não atrasar, ignorei aquele detalhe. “Vai aguentar”, disse a mim mesmo.
Não aguentou. Horas depois, quando já estava quase pronta, a parede desabou. O barulho ecoou como se fosse um trovão dentro da minha cabeça. Naquele instante, não caiu só a parede — caiu também a confiança que o cliente tinha em mim.
O prejuízo não foi só financeiro. Claro, perdi dinheiro com o material e tive que refazer tudo do zero. Mas o maior peso foi encarar o olhar desconfiado do dono da casa. Ele não precisava dizer nada: eu já sabia que tinha falhado.
Ali aprendi uma lição que nunca mais esqueci: pressa em obra sai caro. Mais caro que o tijolo quebrado, mais caro que o s**o de cimento perdido. O verdadeiro prejuízo é quando você mancha o seu nome.
Naquele dia, prometi a mim mesmo: nunca mais deixar a pressa falar mais alto que a qualidade. Porque no fim, o pedreiro que não mede duas vezes, acaba pagando o dobro.
Contos de um seguidor.
O que eu poderia ser feito para melhorar a imagem dele junto ao patrão ?